Um rapaz de 19 anos reaparece duas horas depois de ser "enterrado" na cidade de Jaraguá do Sul (SC), nesta terça-feira (7). Gabriel Birr foi dado como morto no sábado (4) e ainda teve o corpo reconhecido pela própria mãe, Lídia Krischonski, 39 anos, nesta segunda-feira (6). O corpo sepultado permanece sem identificação, segundo o Instituto de Medicina Legal (IML) da cidade.
Gabriel disse ao G1 que soube de seu sepultamento ao ouvir uma rádio da cidade. “Fiquei assustado, porque eu estava vivo. Fiquei com receio de sair na rua e alguém achar que estava usando o documento de um morto e ter problemas por aí.”
Ele afirmou ainda que saiu para ver se encontrava logo algum conhecido para explicar que ele estava vivo. “Felizmente eu achei uma vizinha e pedi para ela avisar minha família que estava vivo. Logo em seguida, encontrei um primo e fomos falar com minha mãe.”
O rapaz disse que nunca imaginou que poderia ter sido confundido com um morto. “Olha, foi uma felicidade, uma emoção muito grande reencontrar minha mãe. Ela ficou bem aliviada e eu também.”
Corpo errado
O drama da família começou no sábado, quando o corpo de um jovem foi encontrado em um terreno atrás do parque da cidade. “A gente tinha dúvidas de que era ele (Gabriel) mesmo. Eu mesma não reconheci o corpo como sendo dele, mas a mãe fez o reconhecimento, então, tratamos de enterra-lo”, disse a madrinha de Gabriel, Relindes Henklein Zapella, 57 anos.
Segundo ela, o enterro do afilhado foi realizado às 8h30 desta terça-feira. “Nem tínhamos saído direito do cemitério e tivemos a feliz notícia de que tinham encontrado o Gabriel vivo. De início, ninguém sabia o que fazer. Só acreditamos quando o encontramos”, disse Relindes.
A madrinha afirmou que Gabriel tinha saído de casa havia seis meses, por dificuldades de relacionamento com padrasto. “Ficamos sem notícias dele desde essa época. No sábado, quando soubemos que o corpo encontrado poderia ser o dele, esperamos até domingo para saber se ele votaria. Se não fosse votar, o corpo seria dele mesmo. E ele não foi votar”, lembrou Relindes.
Sol e praia
Gabriel disse que não foi votar porque não teve vontade. “Fiquei esses seis meses fora de casa e trabalhei em uma campanha política, mas o candidato não se elegeu”, afirmou o jovem, que não quis especificar se atuou em uma campanha para vereador ou prefeito.
Depois da confusão envolvendo sua vida, Gabriel disse que vai passar uns dias na praia. “Vou descansar um pouco e aproveitar o sol que está fazendo por aqui. Depois, acho que vou ficar um tempo na casa de minha madrinha”, disse ele.
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