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segunda-feira, 28 de abril de 2008

SINDSERM - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina

Agentes de Saúde pressionam e obrigam diretoria a realizar Assembléia
Por José Professor Pacheco - advogado e professor.

Pressionada pelos Agentes de Saúde de Teresina, a atual direção do SINDSERM viu-se obrigada a realizar a segunda Assembléia da categoria, nesse ano. A Assembléia, que reuniu ACSs e ACEs, aconteceu às 9 horas da última sexta feira (25/04), no Teatro de Arena, oportunidade em que foram discutidas questões relacionadas aos interesses da categoria, tais como: implantação da Gratificação de Incentivo à Produção SUS, inscrição dos dependentes na Assistência à Saúde do IPMT, Insalubridade e outros.

Os debates transcorreram num clima bastante inflamado, revelando nitidamente uma incompatibilidade existente entre a categoria e atuais diretores. De um lado, os cerca de trezentos agentes presentes no Teatro de Arena, declararam-se indignados com o tratamento que recebem da PMT e impacientes com a inércia do SINDSERM. As lideranças orgânicas desse segmento de servidores manifestaram disposição para deflagração de uma greve e ameaçaram romper com o SINDSERM para criar outra entidade específica dos agentes de saúde do município de Teresina, caso suas demandas não sejam encaminhadas com empenho e autonomia pela diretoria.

De outro lado, a direção do SINDSERM demonstrou um forte desconforto com a situação. O Presidente, Solstícios Melão, chegou a dizer num extenso e confuso discurso que “existem pessoas incomodadas com o novo”, insinuando que seu grupo representa uma maneira “diferente” e inovadora de fazer sindicalismo. Celso Henrique, Secretário Geral do Sindicato, exaltou o evento, dizendo que estava “orgulhoso, pois aquela já era a 2ª assembléia a pedido dos agentes, um verdadeiro exemplo de democracia”, tentando amenizar o fato de as referidas Assembléias não terem sido iniciativa da direção do SINDSERM, que foi atropelada pela pressão da própria categoria. Por fim, ironizou: “estamos no Sindicato apenas há três meses” e acrescentou: “só haverá eleições para renovação da diretoria talvez em 2010”.

Como já era de se esperar, essa segunda Assembléia dos Agentes de Saúde foi concorridíssima, até por quem, normalmente, não participa das Assembléias, a exemplo de Edmo, presidente do Clube do Gari e um dos principais responsáveis pela eleição da atual diretoria. Além do grupo da administração municipal, outros, encabeçados por ex-integrantes da diretoria passada do SINDSERM, também estiveram por lá. Pessoas que, quando diretores, atuavam nos bastidores, numa oposição camuflada.

João Gervásio apresentando-se como representante da Diretoria anterior, por ele chamada de “ex-diretoria”, ofereceu-se para ensinar Direito e Sindicalismo aos “neo-sindicalistas” e tencionou a categoria para uma greve.

Francisco Sinésio, marcou presença votando numa Assembléia Específica de Agentes de Saúde e distribuindo um insípido panfleto do seu grupo “Avançar Com Lutas”, de conteúdo pífio, cuja tônica é aconselhar a atual diretoria do SINDSERM a convocar uma Assembléia Geral, urgente!

Maria Luíza, ex-vice-presidente do SINDSERM, por sua vez, curiosamente, assumiu a tarefa de secretariar o coordenador oficial da Assembléia - ASCÂNIO (foto abaixo)- um histórico militante do PSDB que não é diretor do Sindicato, nem servidor municipal.

Sem falsa modéstia, além de algumas intervenções dos próprios agentes (a exemplo de Ezequias e Britão) o ponto alto da Assembléia, foi a nossa participação, o que pode ser medido por sinais bastante visíveis: primeiro, as inquietações dos adversários com a nossa presença e, em particular, com os registros (fotos e imagens) feitos pela Janete, uma ação que, além de documentar detalhes do evento, permitiu à mesma deslocar-se por todo o espaço físico, fazendo contato com praticamente todos os presentes; segundo, a

correria de várias pessoas da base para pedir informações ou para um simples e respeitoso cumprimento; e terceiro, pela fala esclarecedora que tive a oportunidade de fazer, trazendo informações atualizadas: da ação judicial que requer a implantação da Gratificação de Incentivo à Produção SUS (já em grau de recurso no TRT, com sentença favorável aos agentes); do Dissídio de Greve (pronto para julgamento, com parecer do MPT, favorável à categoria); do Dissídio Econômico (em fase de instrução, transcorrendo prazo para a FMS se manifestar); e da cobrança retroativa da Gratificação SUS (mais de 500 processos julgados, todos com sentença favorável).

Na oportunidade, também exibimos documentação, comprovando que foram repassados aos atuais advogados do SINDSERM e à diretoria, todos os processos de interesse da categoria, bem como documentos e equipamentos do Sindicato, desfazendo os boatos e as desculpas esfarrapadas dos atuais dirigentes de que “não estão agindo, por que a diretoria anterior não repassou nada, além de ter deixado o sindicato sucateado”.Veja o vídeo http://br.video.yahoo.com/video/play?vid=2476544

Apesar de uma extensa pauta, os encaminhamentos foram restritos à questão do pagamento da gratificação de incentivo à produção SUS. Dia 29.04.2008, haverá paralisação e participação na reunião do Conselho Municipal de Saúde e, se dia 05.04.08 não for confirmado o pagamento, a categoria pretende deflagrar uma nova greve.

ESTÁ NO O GLOBO - O caso Isabelas: as últimas notícias

Defesa dos Nardoni não descarta pedir habeas corpus preventivo para evitar nova prisão Publicada em 28/04/2008 às 18h14mCBN, O Globo Online, O Globo, Bom Dia São Paulo
SÃO PAULO - A defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá já começa a preparar a estratégia para um possível pedido de prisão preventiva do casal, únicos suspeitos da morte da menina Isabella Nardoni. O advogado Ricardo Martins afirmou que não descarta o pedido de um habeas corpus preventivo à Justiça . O recurso, se concedido, impediria que o casal fosse preso novamente em caso de decretação da prisão preventiva. Nesta terça-feira, o inquérito que apura a autoria da morte da menina será entregue à Justiça e a prisão preventiva do casal deve ser pedida.
- Não foi impetrado. Mas esse recurso poderia evitar a preventiva e um eventual constrangimento para eles - afirmou Martins.
O pedido de habeas corpus preventivo não foi impetrado ainda, segundo o advogado Rogério Neres, porque a defesa não foi informada sobre um possível pedido de prisão. Ele disse ainda que a defesa poderá contestar a reconstituição feita neste domingo.
- Tudo o que foi produzido na fase do inquérito, sejam provas periciais ou documentais, pode ser submetido ao crivo contraditório. A defesa pode, através de uma postura técnica e ética, questionar. Isso sem ataques pessoais aos delegados ou ao promotor - disse Neres.
Nesta terça, os advogados foram até o 9º distrito policial, onde o inquérito está sendo conduzido, para ter acesso à parte conclusiva.
O advogado afirmou ainda que assistiu partes da reconstituição do crime, que ocorreu neste domingo, pela televisão. Martins, no entanto, não quis comentar se a defesa agiu corretamente ao optar por não levar Alexandre e Anna Carolina à encenação.
- Não vou te dizer que foi errada ou acertada a decisão. Vou te dizer que nossos clientes têm o direito constitucional de não estarem lá. Dentro do que a lei permite, nós utilizamos a possibilidade de não levá-los - afirmou Martins.
O advogado também não quis comentar uma das informações do laudo da perícia que apontou a presença de vestígios da tela de proteção por onde foi jogada na roupa de Alexandre. Esse seria um indício da participação direta do pai na morte da filha.
- Nós só vamos nos manifestar sobre todas as partes técnicas posteriormente. São partes integrantes dos laudos que foram juntadas no inquérito e cujos laudos nós tivemos acesso apenas na semana que passou. O inquérito policial tem aproximadamente pouco mais de 600 folhas. É um volume bastante considerável e nós estamos estudando tudo isso. Só vamos poder falar sobre isso com mais propriedade posteriormente - disse.
Inquérito deve ser encaminhado à Justiça nesta terça
O inquérito que apura a morte de Isabella Nardoni está sendo concluído e deve ser encaminhado à Justiça até esta terça-feira. A polícia deve pedir a prisão preventiva do pai da menina, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá. A delegada Renata Pontes está finalizando nesta segunda um relatório de 50 páginas que será entreguie à Justiça junto com o inquérito. O casal já foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar), triplamente qualificado (motivo torpe, cruel e sem possibilidade d defesa da vítima). O promotor Francisco Cembranelli terá 15 dias para denunciar os dois. Ele já avisou que vai indiciar o pai e a madrasta por homicídio e deve enviar o inquérito à Justiça depois do feriado de 1º de Maio.
Com a reconstituição do crime, neste domingo, os peritos concluíram que a menina caiu 11 minutos depois que a família chegou ao prédio, o que reforça a tese da acusação - de que uma terceira pessoa não teria tido tempo para praticar esse crime. O trabalho reforçou a convicção da perícia, dos policiais e do Ministério Público de que os dois estão diretamente envolvidos no crime na morte de Isabella. O apartamento onde a reconstituição foi feita já está liberado.
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Inquérito que apura a morte de Isabella deve ser encerrado nesta segunda
SÃO PAULO - O inquérito que apura a morte de Isabella Nardoni deve ser encerrado nesta segunda-feira e encaminhado à Justiça até amanhã. A polícia deve pedir a prisão preventiva do pai da menina, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá. O casal já foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar), triplamente qualificado (motivo torpe, cruel e sem possibilidade de defesa da vítima). O promotor Francisco Cembranelli terá 15 dias para denunciar o casal. Ele já avisou que vai indiciar o pai e a madrasta por homicídio.
Com a reconstituição do crime, neste domingo, os peritos concluíram que a menina caiu
11 minutos depois que a família chegou ao prédio, o que reforça a tese da acusação - de que uma terceira pessoa não teria tido tempo para praticar esse crime. O trabalho reforçou a convicção da perícia, dos policiais e do Ministério Público de que os dois estão diretamente envolvidos no crime na morte de Isabella.
A reconstituição da morte de Isabella, atirada pela janela do apartamento do pai, no sexto andar do edifício London, durou mais de sete horas neste domingo. Nem mesmo a escolha da polícia de não jogar pela janela a boneca com tamanho e peso iguais aos de Isabella diminuiu o impacto da cena vista pelas autoridades que acompanharam a encenação.
(veja fotos da reconstituição)
Os peritos tiraram a rede de proteção do quarto de Isabella e a colocaram na janela do quarto dos irmãos, de onde ela foi jogada. O buraco na rede foi feito - ficou bem maior do que o usado pelo assassino - e um dublê simulou a ação do assassino.
O "monstro" que assassinou Isabella teve de olhar para o rosto da menina o tempo todo enquanto segurava suas mãos e se preparava para lançá-la de uma altura de 20 metros, do sexto andar. A boneca foi colocada para fora da janela aos poucos. Inicialmente, seus joelhos dobraram e os pés tocaram o parapeito da janela ainda do lado de dentro. Em seguida, a boneca foi segurada pelas duas mãos e com o rosto virado de frente para o perito. Primeiro foi solta uma das mãos do manequim. Esta mão teria então deixado marcas na parede do prédio, que neste domingo foram assinaladas com fita adesiva pela perícia. Em seguida, a outra mão foi solta.
Ao contrário de Isabella, a boneca não despencou por 20 metros. Comprada por US$ 2.500 - o equivalente a R$ 4.167 - ela estava presa a uma corda e pendeu na parede até ser puxada novamente para o interior do apartamento.
Mesmo sabendo a cena que iriam ter na simulação do crime, houve comoção entre autoridades e policiais. É possível imaginar o grau de comoção se tivessem jogado a boneca do sexto andar, como foi feito com Isabella. A cena foi descrita como "impressionante" por várias pessoas que a viram.
- Dificil heim... - foi a observação da delegada Seccional Norte, Elizabeth Sato, que acompanhou a cena ao lado do representante do Ministério Público e do delegado que comanda o inquérito, Calixto Calil Filho, do 9º Distrito Policial.
- Foi bem alto de onde ela caiu - disse Calil Filho, enquanto o promotor Francisco Cembranelli balançava a cabeça inconformado.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que a boneca não foi jogada porque trata-se de um manequim forense e pode ter seu peso alterado.Como é cara, será usada outras vezes. Foi encomendado também um boneco de tamanho adulto, que teria sido usado na reconstituição dentro do apartamento do pai de Isabella, mas ele não apareceu em nenhum momento.
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não compareceram. A lei brasileira prevê que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Mas nem mesmo os advogados de defesa estiveram no local para acompanhar os trabalhos, o que seria comum acontecer.
O
advogado Ricardo Martins, que representa o casal, afirmou que a presença da defesa não alteraria os rumos da reconstituição, pois os advogados teriam de acompanhar sem interferir nos trabalhos. Também o avô paterno de Isabella, Antonio Nardoni, a a tia dela, Cristiane Nardoni, não compareceram. Os dois estão sendo investigados e são suspeitos de alterar a cena do crime.
Alexandre e Anna Carolina podem ter voltado à casa de Antonio Nardoni. Há uma semana eles estavam hospedados na casa do pai de Anna Carolina, em Guarulhos, mas na madrugada de domingo Cristiane esteve lá. Na saída, roupas em cabides, que vedavam as janelas do carro, fizeram surgir a desconfiança que o casal mudou novamente de endereço.
Longa encenação
A simulação da morte de Isabella começou às 9h40m. Sem a presença de Alexandre e Anna Carolina, os peritos tiveram a versão do pai e da madrasta para o crime apenas com base nos depoimentos dos dois. Os dois dizem que alguém entrou no apartamento e atirou Isabella pela janela. Nesta versão, Nardoni diz que levou Isabella até a cama primeiro e voltou ao carro para buscar a mulher e os outros dois filhos, que também dormiam.
O promotor Francisco Cembranelli afirmou que esta era uma versão fantasiosa e os peritos chegaram à conclusão que um assassino desconhecido teria 4 minutos para entrar no apartamento usando uma chave, agredir e asfixiar a menina por 3 minutos, limpar seu rosto, fazer o buraco na rede e atirar pela janela. E teria ainda de ter limpado a cena do crime antes de fugir sem ser visto e sem deixar vestígio.
Na versão da polícia, a história é diferente desde antes de chegar à garagem. Isabella teria sido machucada no carro e a família teria subido junta para o apartamento, onde Anna Carolina esganou a menina e Alexandre a atirou pela janela.
Vizinho fala da reação de Alexandre e Anna Carolina
A encenação sobre os acontecimentos depois da queda de Isabella, quando seu corpo já estava no jardim, foi orientada principalmente por Antonio Lúcio Teixeira. Morador do primeiro andar e testemunha, ele orientou a posição da boneca e deu detalhes sobre a posição das pernas e da cabeça da menina. Chegou a dizer que a boneca não tinha a flexibilidade necessária, pois o corpo parecia grudado à grama. Diante da insistência dos peritos para que prestasse atenção aos detalhes, Teixeira desabafou:
- Estou emocionado e nervoso.
Mesmo assim, deu detalhes de como Alexandre Nardoni chegou direto ao jardim e foi colocar o ouvido no peito da filha para ouvir se o coração ainda batia. Teixeira diz ter perguntado a Alexandre o que havia acontecido e ouvido dele a mesma versão dada à polícia: "Arrombaram meu apartamento, rasgaram a tela de proteção e jogaram a minha filha".
O vizinho contou que Anna Carolina Jatobá chegou depois com um bebê no colo, logo deixado no colo de uma moradora do prédio e que teria passado a falar palavrões e dizer que o prédio era inseguro, "uma porcaria".
Depois disso, a madrasta de Isabella teria se afastado e falado ao celular perto da cerca do prédio, de onde o conteúdo da conversa não pode ser ouvido. Os palavrões que as testemunhas dizem ter sido proferidos por Anna Carolina no térreo do prédio não foram repetidos pela dublê, que não disse sequer uma palavra, apenas ocupou as posições da madrasta de Isabella, indicadas pelas testemunhas, e apontou para o porteiro.
Teixeira contou ainda que Alexandre chegou a pedir ao porteiro que fosse até seu apartamento e que ele mesmo disse que não seria necessário, pois o prédio só tem duas saídas. O resgate e a polícia já haviam sido chamados por ele.
Sem o casal, a polícia usou dublês inclusive para a discussão que vizinhos dizem ter escutado no apartamento. Peritos testaram o som do prédio ao lado, para verificar se era possível ouvir alguma coisa. Até mesmo repórteres que estavam no prédio em frente disseram que podiam ouvir conversas no edifício London.
Apesar do empenho dos peritos, o trabalho de reconstituição foi criticado por peritos. Segundo eles,
a encenação do crime teria de ser feita num sábado à noite, com luminosidade e barulho semelhantes ao do dia da morte de Isabella , e não em um domingo ensolarado e durante o dia. A reconstituição, que começou às 9h40m, foi encerrada quando começou a escurecer, às 17h15m.

ESTÁ NO O GLOBO - Abusos de Jovens e Crianças

Austríaco confessa ter mantido filha presa em porão por 24 anos
AMSTETTEN, Áustria - Um austríaco de 73 anos confessou que manteve sua filha no porão de sua casa por 24 anos e teve sete filhos com ela, informou, nesta segunda-feira, a polícia austríaca. Josef Fritzl foi preso no domingo, quando sua filha, Elisabeth Fritzl, de 42 anos, contou às autoridades que foi levada ao porão pelo pai em 1984, na casa em que moravam, em Amstetten - cidade rural a cerca de 150 quilômetros da capital, Viena. Ele teria drogado e algemado a filha antes de aprisioná-la. O porta-voz da polícia austríaca, Franz Polzer, disse que Fritzl admitiu ter estuprado Elisabeth diversas vezes.
- Fritzl disse que prendeu sua filha por 24 anos e que ele teve com ela sete filhos e prendeu-nos no porão - disse Polzer, que lidera as investigações sobre o caso.
Exames de DNA serão feitos para confirmar a paternidade dos filhos de Elisabeth, tida como desaparecida desde 1984, quando tinha 18 anos. Seu caso foi descoberto depois que uma de suas filhas, de 19 anos, precisou ir ao hospital.
Três de seus sete filhos foram criados por Fritzl e sua mulher, Rosemary, depois de terem sido deixados na porta da casa onde moram, com um bilhete atribuído a Elisabeth, em que ela afirmava não ter condições para ficar com as crianças. Outros três, que teriam hoje entre 5 e 18 anos, foram mantidos presos desde que nasceram e nunca viram a luz do sol ou receberam educação, segundo a polícia.
Fritzl também teria contado à polícia que um dos sete filhos que teve com Elisabeth morreu, e seu corpo foi queimado em um forno na própria casa. A polícia acredita que a mulher do austríaco não sabia qual era o verdadeiro paradeiro de sua filha. Depois de seu desaparecimento, os pais teriam recebido uma carta de Elisabeth em que ela pedia para não ser procurada. Porão tinha porta de concreto e sistema eletrônico de segurança
O estreito porão sem janelas onde Elisabeth foi mantida com os filhos chocou a polícia. Algumas partes do local não tinham mais de 1,7 metro de altura. A entrada para o porão era escondida atrás de estantes. A porta de concreto reforçado teria ainda um sistema de abertura eletrônico e o código era conhecido apenas por Fritzl, segundo a polícia.
Elisabeth está "muito perturbada", segundo as autoridades. Ela concordou em detalhar sua situação à polícia após receber garantias de que não teria mais contato com o pai, que teria abusado sexualmente dela desde que tinha 11 anos.
A história de Elisabeth foi retratada pela imprensa local como o "crime do monstro".
O caso é semelhante ao da jovem Natasha Kampusch, que em 2006 chocou o país ao conseguiu escapar de seu raptor depois de ter passado oito anos trancada no porão de uma casa em um subúrbio de Viena, onde também sofreu abusos sexuais.

sábado, 26 de abril de 2008

ESTÁ NO O GLOBO - O caso Isabella - investigações

Polícia usará dublês de casal em reconstituição de morte de Isabella
SÃO PAULO -Com a decisão do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, indiciados pela morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, de não participar da reconstituição do crime, a polícia vai usar dublês - pessoas com o mesmo porte físico dos acusados - para reproduzir tudo o que aconteceu no dia 29 de março. A simulação, que deve começar às 9h deste domingo, na Rua Santa Leocádia, na zona norte da capital, vai reproduzir desde a entrada do carro da família no prédio até o momento em que a menina foi socorrida por uma ambulância. Uma boneca com o peso e o tamanho de Isabella será usada na encenação.
A reconstituição feita por peritos será acompanhada por advogados e pelo promotor. Quatorze pessoas foram convocadas para participar: o porteiro, testemunhas, a mulher do subsíndico, o avô paterno, Antonio Nardoni, e a tia Cristiane Nardoni. A mãe da criança, Ana Carolina Oliveira, também foi chamada.
O movimento de curiosos na rua já era grande neste sábado e, por isso, a polícia aumentou o efetivo na região. As pessoas não poderão se aproximar do local da reconstituição e a imprensa ficará na calçada em frente ao prédio London, onde Alexandre morava com a Anna Carolina e dois filhos do casal. Isabella era filha de um relacionamento anterior de Alexandre.
O delegado Calixto Calil Filho, responsável pelo caso, afirma que a ausência do casal não vai afetar o procedimento. De acordo com o delegado, sem o casal, a reconstituição será feita somente com base nos laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal. A idéia inicial era que o casal interpretasse também a sua versão dos fatos. O casal nega qualquer envolvimento na morte da criança. Leia ainda: Presidente Lula se diz preocupado com pirotecnia em torno do caso
Interrogatório
Segundo a polícia, em depoimento na semana passada, o casal foi surpreendido com detalhes do laudo. Alexandre não soube explicar vômito encontrado em sua camiseta. Perícia diz que vômito teria sido provocado pela asfixia da menina. Anna Carolina também negou que marca de sangue encontrada sobre seu sapato seja da menina.
A revelação desses novos dados durante o interrogatório causou polêmica neste sábado. Para o advogado de defesa Rogério Neves de Souza, o casal não poderia ser questionado sobre informações desconhecidas da defesa e da "própria autoridade policial" na época do interrogatório. Segundo Souza, os policiais não tinham em mãos, durante o interrogatório, os resultados finais do laudo pericial, que poderia servir como base para as perguntas.
Neste sábado, novos detalhes do interrogatório foram divulgados no Jornal Hoje. Segundo a polícia, resíduos da tela de proteção por onde Isabella foi jogada foram encontrados na camiseta de Nardoni. Em seu primeiro depoimento, Alexandre disse que se aproximou da janela com o filho Pietro no colo. Mas a perícia revelou marcas de resíduos próximas à gola e na altura dos ombros da camiseta. De acordo com os peritos, seria impossível haver marcas neste local se ele houvesse se aproximado da tela com uma criança no colo.
" Alexandre não soube explicar vômito encontrado em sua camiseta. Perícia diz que vômito teria sido provocado pela asfixia da menina. "
O pai de Alexandre Nardoni, o advogado Antônio Nardoni, ainda afirmou que já leu boa parte dos laudos da perícia sobre o crime e afirmou que há vários indícios que favorecem o casal. De acordo com ele, os laudos não comprovam que o sangue encontrado no carro da família era mesmo de Isabela, como afirma a polícia.
Ausência
Foi Nardoni quem informou, na noite desta sexta-feira, que seu filho e sua nora não estarão na reconstituição neste domingo.
- Foi uma decisão (a de não participar) técnica da defesa. Avaliaram que seria melhor para eles não ir. Acho que é um fato normal. Por lei, nem eles nem ninguém é obrigado a comparecer - afirmou Nardoni na noite de sexta-feira, ao sair do escritório de Marco Polo Levorim, advogado da família. O pai de Alexandre afirmou que a polícia já havia sido informada da decisão.
- Acredito que essa decisão não os prejudica. Sempre se colocaram à disposição da polícia, estão em lugar conhecido, e não têm criado nenhuma dificuldade para as investigações - disse Nardoni. " Eles têm a versão deles. É uma opção que a lei dá, e como pai também acho que não devem ir. Seria produzir provas contra eles, disse Nardoni "
Segundo ele, se o casal fosse à reconstituição, ajudaria a polícia a provar a tese de que o pai e a madrasta mataram a menina, o que eles negam.
- Eles têm a versão deles. É uma opção que a lei dá, e como pai também acho que não devem ir. Seria produzir provas contra eles. Não acho correto que eles sejam levados e expostos a uma situação dessa - completou.
Reconstituição
A movimentação de pessoas pela Rua Santa Leocádia será controlada pela polícia a partir de 23h30 deste sábado. Os curiosos ficarão distantes do local do crime. Moradores da rua já foram cadastrados e apenas eles e pessoas autorizadas poderão passar pelo bloqueio policial. O tráfego aéreo na região também será fechado durante a reconstituição, num raio de 1,5 quilômetro ao redor do edifício onde a família morava. O juiz Maurício Fossen concordou com a argumentação da polícia, que pediu a interdição do espaço aéreo na Justiça, de que o silêncio será fundamental para a encenação do que aconteceu no prédio no dia 29 de março.
A Aeronáutica havia informado que só poderia fechar o espaço aéreo mediante autorização judicial, já que a interdição por questão de segurança pública para reconstituição de crime não está incluída entre as 28 possibilidades previstas pelo regulamento. Com a decisão favorável do juiz, a passagem de aeronaves, como helicópteros da imprensa, pelo local ficará proibida durante 14 horas.
Com a medida, a polícia espera comprovar se testemunhas poderiam ter ouvido realmente discussões dentro do apartamento do casal ou mesmo gritos de socorro de uma criança. Todas as testemunhas do caso já foram ouvidas e o prazo para a polícia terminar o inquérito sobre o crime é terça-feira.
A Associação de Advogados Criminalistas diz que a reconstituição pode ser anulada se a defesa entrar na Justiça, já que o crime aconteceu durante a noite e a simulação acontece durante o dia, o que provocar discrepâncias.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

JOSÉ DE FREITAS-PI - Educação em Greve

Professores(as) paralisam atividades por melhores salários

Professores(as) da rede Municipal de José de Freitas estão em greve desde a última quarta-feira (23.04). A categoria, através do SISMUJOF (Sindicato dos Servidores Municipais de José de Freitas), tenta negociar uma Pauta de Reivindicações com prefeito Robert Freitas, desde o início de janeiro.

Vários tentativas de negociação foram feitas. Em vão. Na terça-feira, véspera do dia marcado para a deflagração da greve, o prefeito convocou uma reunião com os(as) diretores(as) e professores(as), oportunidade em que ameaçou cortar ponto, retirar segundo turno, descontar salários, demitir e substituir grevistas, além de ter proferirido agressões verbais contra diretores(as) do Sindicato.
Essa atitude acirrou os ânimos. No primeiro dia de greve, os(as) grevistas acamparam durante toda a manhã no prédio da Prefeitura. Na quinta-feira, segundo dia de greve, receberam a visita do Advogado do Sindicato, Dr. José Professor Pacheco, que anunciou o ingresso de uma Ação Cautelar visando a impedir retaliações aos grevistas.
Em seguida, acompanhou o comando de greve em visita a uma escola, onde conversaram com professores(as) que hesitavam em aderir ao movimento.

A greve continua por tempo indeterminado. Os(as) Professores(as) de José de Freitas reivindicam, dentre outras coisas, reajuste salarial, cumprimento do Plano de Carreira da categoria, fim das contratações temporárias e realização de concurso público e o repasse imediato ao sindicato das contribuições associativas mensais dos(as) associados(as).

ESTÁ NO O GLOBO - Caso Isabella - Quem adulterou a cena do crime?

Promotor diz que há provas de que Isabella não foi deixada sozinha no apartamento
SÃO PAULO - A versão de Alexandre Nardoni, 29, de ter deixado Isabella Nardoni, 5, no quarto enquanto voltava ao carro para buscar a mulher e os dois filhos, que dormiam, pode estar perto de ser totalmente desmontada pela polícia. O promotor Francisco Cembranelli afirmou que há elementos que provam que a família subiu junta para o apartamento ao chegar no edifício London na noite do crime. Desde o primeiro depoimento à polícia, o pai de Isabella afirma que um assassino entrou no apartamento e matou sua filha. (leia a íntegra do depoimento de Alexandre)
- Há elementos de provas de que a família toda subiu junta e estava no apartamento no momento em que Isabella foi atirada - disse o promotor.
Segundo ele, o inquérito será encerrado dentro do prazo, na segunda-feira, após a reconstituição do crime marcada para este domingo. Para ele, o assassino de Isabella escolheu o lugar de onde jogar a menina e o quarto dos irmãos foi considerado melhor porque o corpo cairia num lugar mais macio, no jardim. Se fosse da janela do quarto dela, Isabella teria caído em chão de granito.
O promotor confirmou que algumas provas do crime foram apagadas do apartamento com a finalidade de encobrir os assassinos. - Tentaram remover e removeram algumas. O trabalho da perícia indica que o local foi alterado. Se tentou maquiar a versão verdadeira - afirmou Cembranellli.
De acordo com Cembranelli, já se sabe até mesmo o que motivou o crime, mas isso só será revelado no momento oportuno.
Antonio Nardoni e Cristiane Nardoni, avô paterno e tia de Isabella, estão sendo investigados pela polícia, que quer saber se foram eles que alteraram a cena do crime. Nardoni foi ao apartamento nos dois dias seguintes ao crime , o domingo e a segunda-feira, e afirmou à polícia que esteve lá para pegar roupas. Cristiane disse que entrou apenas para apagar as luzes e a polícia investiga a compra de uma tintura para cabelo, um dia após a tragédia, feita numa farmácia. A tintura vem com uma luva, que poderia ter sido usada para apagar provas, limpando o apartamento do casal e lavando uma fralda e uma toalha de rosto sujas com sangue de Isabella.
O promotor afirmou que a perícia confirmou a existência de sangue de Isabella no carro do casal e que sabe exatamente até qual a posição da menina no carro e que isso será importante para aliar a outras informações já coletadas.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

ESTÁ NO O GLOBO - O caso Isabella e as novas investigações

Polícia investiga avô de Isabella e quer descobrir quem alterou cena do crime
SÃO PAULO - O advogado Antonio Nardoni, avô de Isabella, está sendo investigado. A polícia quer saber se ele ou outras pessoas da família do pai da menina, Alexandre Nardoni, 29, alteraram a cena do crime para mascarar ou destruir provas. De acordo com investigações, alguém limpou o chão do apartamento e lavou uma fralda e uma toalha de rosto usadas para limpar o sangue que escorria da testa da menina.
Antonio Nardoni pode ter entrado no apartamento pelo menos duas vezes antes da interdição pela polícia. Uma delas teria sido, segundo testemunhas, no domingo, horas depois da morte da menina. A segunda teria ocorrido na segunda-feira, dia em que Isabella foi enterrada.
Jornal Hoje obteve o livro de registro de entrada e saída de visitantes do edifício London.
Isabella foi enterrada às 9h40m do dia 31 de março, uma segunda-feira. Duas horas e vinte minutos depois de acompanhar o enterro da neta, dois carros da família Nardoni teriam chegado ao prédio. Antonio Nardoni entrou com parentes, pela garagem.
O livro de registros do prédio confirma a entrada dele. O avô paterno de Isabella ficou cerca de 15 minutos no edifício. Logo em seguida interfonou do apartamento de Alexandre, de número 62, para a portaria e disse que um cunhado dele estava descendo para pegar a chave do apartamento 63, que pertence a Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, e que estava ainda em reforma.
A polícia investiga se o pai de Alexandre e as pessoas que estiveram no apartamento com ele alteraram a cena do crime.
O advogado prestou depoimento nesta quarta-feira ao lado da filha, Cristiane Nardoni. Ele negou que tenha mexido no apartamento ou orientado Alexandre e Anna Carolina Jatobá a criarem uma versão para o crime. Cristiane também negou ter lavado uma fralda encontrada pela polícia com sangue de Isabella. A fralda foi achada num balde. Ela negou também ter dito qualquer frase que pudesse complicar o irmão, contestando depoimento de dois funcionários de um bar que disseram ter ouvido dela "meu irmão fez uma besteira". Pai e filha deverão comparecer à reconstituição do crime, marcada para domingo.
Antonio Nardoni confirmou no depoimento que esteve no edifício no dia do enterro, mas disse que foi apenas retirar roupas para o casal e os filhos. Ao ser questionado, o pai de Alexandre negou ter destruído provas do crime. Cristiane também negou ter destruído provas quando entrou no apartamento na noite do crime. Em entrevista ao Fantástico, ela havia dito que apagou o abajur do quarto de Isabella e dos irmãos dela e outras luzes do apartatamento, fechou e saiu. "O abajur estava aceso e eu apaguei o abajur. Apaguei o abajur do quarto dos irmãos, que também estava aceso. Apaguei o apartamento, fechei e saí. Não consegui ficar entrando. Aquela cena foi muito dolorosa, de ver o quartinho dela, as bonequinhas dela, o abajur aceso porque ela estava dormindo ali. Para mim foi muito difícil", disse Cristiane.
Na terça-feira, um dia antes do depoimento de pai e filha, duas testemunhas prestaram depoimento no 20º Distrito Policial e disseram ter visto o avô de Isabella entrando no apartamento de Alexandre e Anna Carolina Jatobá no domingo, dia seguinte ao crime. Ele teria ficado lá por uma hora e meia. Os nomes delas foram mantidos em sigilo. O apartamento não estava lacrado, pois só foi interditado pela polícia quatro dias depois do crime. Não há informações se ele confirmou ou não ter estado no local neste dia.
O Código Penal brasileiro, no artigo 347, prevê pena de 6 meses a quatro anos de prisão a quem altera cena de crime.

ESTÁ EM O GLOBO - O Caso Isabella

Pai nega ter orientado casal a montar versão sobre o crime Publicada em 23/04/2008 às 21h54mO Globo Online Plantão

SÃO PAULO - Terminou por volta das 21h o depoimento do avô de Isabella Nardoni, Antônio Nardoni. Ele negou ter ido ao apartamento do pai e da madrasta de Isabella, Alexandre e Anna Carolina Jatobá, um dia depois do crime e disse que não ajudou o casal a montar a versão do crime. A tia de Isabella também prestou depoimento no 9º Distrito Policial. Cristiane disse que foi até o apartamento apenas para apagar a luz. Os dois deixaram a delegacia por volta das 21h15m. Um popular tentou jogar uma pedra no carro da família. João Mendes da Silva foi detido para averiguação.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

ESTÁ NA REVISTA VEJA DESSA SEMANA: O CASO ISABELLA

Frios e dissimulados
Pai e madrasta mataram Isabella, numa seqüência de agressões que começou ainda no carro, conclui a polícia Juliana Linhares
O "monstro" que matou a menina Isabella e que seu pai, Alexandre Nardoni, em carta divulgada à imprensa, prometeu não sossegar até encontrar estava, afinal, diante do espelho. E a mulher, que também em carta afirmou ser a criança "tudo" na sua vida, ajudou a matá-la com as próprias mãos. Tal é a conclusão a que chegaram os responsáveis pelo inquérito policial que apura o assassinato de Isabella Nardoni, de 5 anos, ocorrido no dia 29 de março. A polícia está convencida de que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá combinaram jogar Isabella pela janela na tentativa de encobrir o que supunham já ser um assassinato. Para os investigadores, Anna Carolina Jatobá asfixiou Isabella ainda no carro, no trajeto entre a casa dos pais dela e o apartamento da família. A menina ficou inconsciente e o casal achou que ela estava morta. Na sexta-feira, vinte dias depois da morte de Isabella, Nardoni e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso e co-autoria de homicídio. A investigação que culminou no indiciamento do casal foi realizada por investigadores do 9º Distrito Policial de São Paulo. Ela não ficou a cargo da Delegacia de Homicídios porque se achou por bem manter no caso os policiais que a iniciaram. Com isso, ganhou-se em precisão. "Fizemos um trabalho sem pressa e sem pressão, privilegiando o aspecto técnico do caso", diz o delegado Aldo Galiano, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

"ASSASSINOS!"Sob gritos e xingamentos da multidão, Anna Carolina e Nardoni saem para depor

Não se sabe ainda o que motivou o crime, mas é certo que a brutalidade a que Isabella foi submetida no dia de sua morte teve início mais cedo do que se pensava até agora. Por volta das 21 horas do dia 29 de março, poucas horas depois de Nardoni e a mulher, aparentemente tranqüilos, terem sido filmados com os filhos fazendo compras em um supermercado de Guarulhos, a família compareceu a uma festa no salão do prédio onde moram os pais de Anna Carolina. Isabella correu e brincou na companhia de outras crianças, conforme imagens registradas por uma das dezesseis câmeras instaladas no edifício. Em determinado momento, como disseram à polícia testemunhas presentes à festa, a menina fez algo que enfureceu o pai. Nardoni, então, gritou com ela e lhe deu um safanão. Isabella caiu no chão e começou a chorar. Nesse momento, Nardoni, segundo as testemunhas ouvidas pela investigação, disse à filha: "Você vai ver quando chegar em casa". A ameaça começou a ser cumprida já no carro. No assoalho e no banco de trás do Ford Ka de Nardoni, a polícia encontrou marcas de sangue compatíveis com o de Isabella. Segundo os investigadores e os peritos, ela foi espancada e asfixiada pela madrasta no interior do veículo. Como sangrava ao chegar ao prédio, o casal usou uma fralda de pano para embrulhar e levar a menina desacordada até o apartamento, evitando, assim, que o sangue pingasse no chão da garagem e do elevador. No apartamento, o casal discutiu sobre o que fazer com Isabella. Por acreditarem que ela estava morta, ambos chegaram à decisão de simular um assassinato cometido por um invasor. O rosto sujo de sangue da menina foi limpo com uma toalha. Nardoni, então, cortou a tela de proteção da janela de um dos quartos e arremessou a filha para a morte. Quando foi lançada, Isabella estava viva, em estado de letargia por causa da asfixia sofrida no carro. Em seguida, o casal deu início a seu espetáculo de frieza e dissimulação.

ESCOLTASete carros policiais acompanharam o casal à delegacia

Alexandre Nardoni, de 29 anos, sempre teve uma vida confortável. Quando era estudante de faculdade, tinha um Vectra último modelo, comprado pelo pai, e uma moto esportiva Honda CBR 900 RR (hoje avaliada em 60 000 reais). Era dono de uma concessionária de motos e fazia estágio no escritório do pai, o advogado tributarista Antonio Nardoni. Apesar de ter se formado em direito em 2006 pelas Faculdades Integradas de Guarulhos, Nardoni ainda está impedido de exercer a advocacia, já que fracassou nas três tentativas de passar no exame da OAB: em abril e em agosto de 2007 e em janeiro deste ano. Em todas as ocasiões, foi reprovado ainda na primeira fase das provas. Nardoni se apresentava como "consultor jurídico" e dizia trabalhar no escritório de Antonio Nardoni, localizado no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo. Mas tanto funcionários do prédio onde fica o escritório quanto um vizinho de porta do advogado afirmaram nunca ter visto Alexandre Nardoni por lá. Amigos dizem que o sustento do rapaz e de sua família ainda provinha do pai. O apartamento na Zona Norte de São Paulo em que Nardoni morava com a mulher e os dois filhos – com três quartos, piscina, sauna, quadra poliesportiva e sala de ginástica, avaliado em 250.000 reais – também foi presente de Antonio Nardoni.

Na época em que Alexandre Nardoni começou a namorar Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, tinha 21 anos de idade e fama de "filhinho de papai", como dizia, em tom jocoso, a mãe de Ana Carolina, Rosa Maria Cunha de Oliveira, que no princípio não aprovou o namorado da filha. Três anos depois, durante a gravidez de Ana Carolina, Nardoni entrou na faculdade e conheceu Anna Carolina Jatobá, com quem passou a manter um romance paralelo. Em depoimento à polícia, a mãe de Isabella afirmou que a relação com Nardoni terminou em 2003 porque ela "teve a certeza e a convicção" de que o namorado a estava traindo. Com a madrasta de Isabella, Nardoni sempre teve uma relação tumultuada. Amigos e vizinhos relatam episódios de ciúme e agressão entre os dois. Se Nardoni tinha fama de briguento, Anna Carolina é freqüentemente descrita como "esquentada". Algumas vezes, era ela quem começava a bater no marido, segundo afirmaram à polícia vizinhos do prédio em que o casal morou antes de se mudar para o edifício em que Isabella morreu. Anna Carolina, ela própria, não vinha de uma família que se poderia chamar de harmoniosa. O pai, Alexandre Jatobá, responde a nove processos na Justiça (a maioria por não pagamento de dívidas e um por furto de energia). Em duas ocasiões, em 2004 e 2005, a própria Anna Carolina prestou queixa à polícia contra o pai por lesão corporal, injúria e ameaça. Um ex-empregado de uma loja de carros que Jatobá teve em Guarulhos descreve o ex-patrão como "um homem muito nervoso".

Em depoimento à polícia, Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, disse que a filha nunca reclamou de maus-tratos por parte do pai ou da madrasta. Mas falou de dois episódios que sugerem que o casal, ao menos por duas vezes, maltratou seus dois filhos. Ambos teriam sido relatados a ela por Isabella. O primeiro dá conta de que Anna Carolina, em meio a uma discussão com o marido, motivada por ciúme, "jogou sobre a cama" o filho Cauã, de 11 meses, antes de partir para cima de Nardoni, furiosa. A criança teria começado a chorar e Isabella a acudiu. No outro episódio, Nardoni teria suspendido o filho mais velho, Pietro, de 3 anos, no ar e o soltado no chão, como forma de repreendê-lo por ter beliscado Isabella. Ainda que tenha presenciado esses episódios, Isabella não se sentia mal ao lado do pai e da madrasta. Mesmo pessoas ligadas à família de Ana Carolina Oliveira, mãe da menina, concordam que Isabella gostava do pai e da madrasta e afirmam que ela pedia para ser levada à casa deles. Isabella tinha especial afeição por Pietro, que estudava na mesma escola que ela. Dois dias antes de Isabella morrer, a pedido dela, Pietro foi pela primeira vez à casa da irmã. Foi a avó materna da menina, Rosa Maria Cunha de Oliveira, quem contou o episódio a uma amiga. "Rosa disse que a Isa havia ficado muito feliz com a visita do irmãozinho", relata a amiga. Inicialmente, contou Rosa a ela, o pai da menina não queria permitir a visita, mas, diante da insistência de Isabella, concordou com o pedido e Pietro passou o dia na casa da irmã. Lá, sob a supervisão de Rosa, as duas crianças comeram pizza e brincaram. Isso aconteceu na quinta-feira. No sábado, Isabella foi morta. Pelo que foi possível reconstituir do crime até agora, a polícia acredita que Pietro assistiu a boa parte dos episódios que resultaram na morte da irmã. A delegada Renata Pontes, assistente no inquérito que investiga o caso, queria ouvir o menino, mas o Ministério Público foi contrário à idéia. O SILÊNCIO DOS NARDONIO advogado Antonio Nardoni, pai de Alexandre, ao lado da filha Cristiane e uma amiga. Ele disse que entregaria o filho "se ele fosse culpado"

Ao longo do inquérito que investiga o assassinato de Isabella, a delegada Renata acabou ficando próxima de Ana Carolina Oliveira, que lhe telefona todas as noites para saber do andamento das investigações sobre a morte da filha. Nessas ligações, Ana Carolina, que poucas vezes foi vista chorando em público, cai freqüentemente em prantos. Sua mãe, Rosa, contou na semana passada à mesma amiga que chegou a sair de casa um dia desses por não suportar assistir ao sofrimento da filha, que chorava compulsivamente enquanto recolhia objetos de Isabella pela casa. "Ela disse que Ana Carolina apanhava coisa por coisa: até uma presilha da menina que estava caída na garagem", disse a amiga. Rosa contou ainda que se sente aflita pelo fato de Ana Carolina "não se abrir com os pais e os irmãos". "Ela disse que a filha não comenta o que está acontecendo ou o que está sentindo. Fala só de coisas do passado: lembranças de festas de aniversário de Isabella, dos momentos que elas passaram juntas." Ana Carolina, que é bancária, já voltou a trabalhar. Por iniciativa da sua chefia, ela foi temporariamente afastada dos serviços de atendimento ao público e está incumbida de atividades administrativas. Entre 2004 e 2006, a mãe de Isabella estudou na Universidade Nove de Julho, onde se graduou no curso de formação específica em administração de recursos humanos. Durante o curso, além de trabalhar em empresas da área, ela vendia roupas e bijuterias para reforçar o orçamento. No início da manhã de sexta-feira, data em que Isabella completaria 6 anos de idade, Ana Carolina visitou o túmulo da filha pela primeira vez. A polícia tenciona pedir a prisão preventiva de Nardoni e Anna Carolina. Se condenados ao final do processo, a morte de Isabella não será a única e aterradora culpa que carregarão. Eles são pais de duas crianças, cuja vida estará para sempre marcada pelas cenas a que elas – muito provavelmente – assistiram aterrorizadas.

O crime passo a passo Ilustrações Davi Calil

FATO: Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acompanhados dos dois filhos e de Isabella, participaram de uma festa no prédio onde moram os pais de Anna Carolina, em Guarulhos. A comemoração se deu por volta das 21 horas no salão de festas. Em dado momento, Nardoni se enfureceu com o que seria uma má-criação de Isabella. Gritou com ela e lhe deu um safanão. A menina caiu no chão. Ainda nervoso, ele disse à filha chorosa: "Você vai ver quando chegar em casa" EVIDÊNCIA: câmeras do prédio dos pais de Anna Carolina registraram imagens de Isabella brincando na festa. A agressão de Nardoni foi presenciada por convidados que prestaram depoimento à polícia FATO: já no carro, de volta para casa, Nardoni e Anna Carolina começaram a espancar Isabella. A madrasta asfixiou-a a ponto de a menina desmaiar. Quando chegaram ao prédio, Isabella sangrava. O casal embrulhou a menina em uma fralda de pano para evitar que o sangue pingasse no trajeto até o apartamento

EVIDÊNCIA: a convicção de que Isabella já subiu ferida se deve ao fato de a perícia ter detectado marcas de sangue no carro de Nardoni. O DNA do sangue é o mesmo de Isabella. Também foram encontrados no carro fios de cabelo da menina com bulbos. Isso significa que ela teve os cabelos puxados com força. O tamanho das marcas no pescoço de Isabella é compatível com o das mãos de Anna Carolina. A polícia encontrou a fralda que foi usada para envolver a menina lavada e pendurada no varal do apartamento – mas ainda foi possível encontrar vestígios de sangue

. FATO: o casal entrou em casa com Isabella no colo de Nardoni. O sangue começou a pingar já no hall do apartamento EVIDÊNCIA: a perícia detectou marcas de sangue de Isabella em vários lugares: no hall, na entrada do apartamento, no corredor, no quarto da menina e no quarto dos irmãos. Também havia sinais de sangue na sola do sapato de Anna Carolina FATO: Anna Carolina e Nardoni iniciaram uma feroz discussão. Decidiram, então, simular um crime cometido por um suposto invasor. A polícia não encontrou indício nenhum da presença de um terceiro adulto no apartamento EVIDÊNCIA: vizinhos relataram à polícia ter escutado gritos e palavrões proferidos por Anna Carolina

FATO: com uma faca e uma tesoura, Nardoni cortou a tela de proteção do quarto dos meninos. Antes disso, limpou com uma toalha, que depois foi lavada, o sangue que escorria de um corte na testa de Isabella EVIDÊNCIA: a perícia encontrou resíduos de tela na roupa que Nardoni usava naquela noite e vestígios do sangue de Isabella na toalha lavada e pendurada no varal

FATO: Nardoni jogou a filha pela janela EVIDÊNCIA: a perícia concluiu que é do seu chinelo a pegada encontrada no lençol da cama próxima à janela. Ele apoiou um dos pés na cama para lançar a filha. O buraco está a 1,60 metro de altura do chão, altura aproximada de Anna Carolina. A perícia concluiu que só alguém mais alto do que ela, como Nardoni, teria força suficiente para erguer Isabella, que pesava 25 quilos e media 1,13 metro de altura, até o buraco na tela

FATO: assim que Isabella caiu, Anna Carolina telefonou para o pai. Em seguida, Nardoni ligou para o seu e só então desceu para ver a filha caída EVIDÊNCIA: os registros das ligações feitas pelo casal mostraram que não houve tentativa de pedir socorro médico. O resgate foi solicitado por vizinhos

FATO: Anna Carolina desceu em seguida, com seus dois filhos, e começou a gritar que o prédio não tinha segurança. Dirigiu palavrões a todos à sua volta e chamou o marido de "incompetente" EVIDÊNCIA: vizinhos relataram a cena em depoimento à polícia

FATO: os bombeiros chegaram e tentaram reanimar Isabella. A menina foi declarada morta a caminho do hospital

Clique aqui e confira a matéria na íntegra: http://veja.abril.com.br/230408/p_084.shtml

ESTÁ NO ESTADÃO - Reajuste Salarial dos Militares

Militares terão reajuste médio de 47,19%, diz Jobim Fábio Graner - Agência Estado
BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou nesta quarta-feira, 23, que o reajuste médio dos militares, de 47,19%, terá um impacto de R$ 12,3 bilhões na folha de pagamentos de ativos e inativos até 2011. A folha de pagamentos subirá de R$ 27,6 bilhões no ano passado para R$ 31,8 bilhões em 2008, R$ 35 bilhões em 2009, R$ 38,4 bilhões em 2010 e R$ 39,9 bilhões em 2011. Explicou que o reajuste ocorrerá de forma escalonada e será diferenciado conforme as patentes. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá ainda decidir se o aumento dos militares será dado por medida provisória ou projeto de lei em regime de urgência. Pelo anúncio, feito em entrevista coletiva no Ministério da Defesa, os recrutas, que nesta quarta-feira, 23, recebem, em média, R$ 235,20, terão um aumento de 137,8%, passando para uma média de R$ 471,00 imediatamente, retroativa a janeiro último. Em fevereiro de 2009, a remuneração média dessa categoria chegará a R$ 514,90 e em janeiro de 2010 a R$ 559,38. O menor reajuste ocorrerá para os generais oficiais de quatro estrelas, de 35,31% até julho de 2010. Dessa forma, os generais de quatro estrelas, posto mais alto da hierarquia do Exército, terão remuneração média passando de R$ 13,9 mil para R$ 15.000 este ano, chegando a R$ 18,8 mil em julho de 2010. O ministro da Defesa explicou que haverá cinco grupos de reajuste: o primeiro, de soldados e recrutas, com aumento médio de 91,21%; o segundo, de cadetes e alunos, com reajuste médio de 66,43%; o terceiro, de oficiais intermediários e subalternos, com 47,78%: o quarto, de praças (subtenente, primeiro-sargento, taifeiro-mor, entre outros), com 41,72%, em média, e o quinto, oficiais superiores, com 40,91%, e o dos oficiais generais, com 36,31%, em média. Para o primeiro e segundo grupos, de soldados, recrutas e alunos, o reajuste será retroativo a janeiro passado, com novas elevações em fevereiro de 2009 e janeiro de 2010, sempre acima da variação do salário mínimo. As demais categorias, por sua vez, terão reajustes este ano divididos em três parcelas (a primeira imediata, retroativa a janeiro: a segunda em julho e a terceira em outubro e em 2009 e em 2010, em julho).

terça-feira, 22 de abril de 2008

TV RECORD - VÍDEOS JORNALÍSTICOS

Veja aqui vídeos com as últimas notícias, sobre o caso Isabella, divulgadas na record.

http://www.mundorecord.com.br/record.jsp _______________________________

ESTÁ NO O GLOBO - As últimas notícias sobre a morte de Isabella

Reação da defesa leva polícia a suspender divulgação dos laudos sobre morte de Isabella
SÃO PAULO - A intenção dos advogados de defesa de Alexandre Nardoni, 29, e de Anna Carolina Jatobá, 24, de recorrer à Corregedoria da Polícia Civil contra a condução do inquérito que investiga a morte de Isabella Nardoni levou a polícia a suspender a divulgação dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML), marcada para esta terça-feira.
O delegado Aldo Galeano, do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) explicou que apenas nesta terça os laudos estão sendo anexados ao inquérito e que os advogados de defesa deverão ter acesso a eles antes de serem divulgados à imprensa.
A polícia quer evitar um confronto com os advogados de defesa do casal. - Chegou um momento em que a defesa parte para um confronto. E nós agimos eticamente. Não achamos prudente um confronto. Não é salutar para a defesa, não é salutar para a polícia - disse Galeano, acrescentando que o trabalho da polícia é tecnico e responsável.
- A cautela é a melhor arma da polícia - afirmou. Galeano admitiu que os depoimentos de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá, tomados na sexta-feira, foram feitos com base em visitas dos delegados ao local do crime e conversas com os peritos, ainda sem os laudos. Segundo ele, a partir de agora os laudos estarão anexados ao processo para que a defesa possa consultá-los.
O delegado explicou que faltam ainda ser ouvidas quatro pessoas importantes para o andamento do inquérito - dois deles são Cristiane Nardoni e Antonio Nardoni, tia e avô paterno de Isabella, que tiveram o depoimento adiado para esta quarta-feira. Os outros dois são moradores do edifício London, de onde Isabella foi jogada. " A cautela é a melhor arma da polícia "
Galeano confirmou que será feita uma reconstituição do crime antes de o inquérito ser concluído e encaminhado para o Ministério Público, que terá então cinco dias para formalizar à Justiça denúncia contra o casal. A reconstituição e o encerramento do inquérito podem ser feitos ainda esta semana.
A confusão gerou o adiamento também dos depoimentos do advogado Antonio Nardoni e Cristiane Nardoni, avô paterno e tia de Isabella. Os dois seriam ouvidos nesta terça. Como os depoimentos estavam marcados para a mesma hora de divulgação dos laudos, acabaram sendo remarcados para esta quarta-feira, às 16h30.
Galeano negou que Anna Carolina tenha sido agredida durante os oito dias em que ficou presa. Além de ter feito exame de corpo de delito, a madrasta de Isabella chegou a elogiar as presas, que lhe ofereceram bolo.
- Por cautela, ela ficou em cela isolada, mas poderia ter ficado em cela conjunta, assumindo o ônus do sistema carcerário. Avô e tia de Isabella depõem nesta quarta
O advogado Antonio Nardoni, que tem saído em defesa do filho e da nora, Anna Carolina Jatobá,deverá falar sobre os contatos que fez com Alexandre Nardoni na noite do crime. O advogado questiona a investigação da polícia. O casal estava na casa do pai de Anna Carolina e de lá teria seguido direto para o apartamento na Vila Mazzei, de onde Isabella foi jogada pela janela.
A polícia não descarta a possibilidade de Antonio Nardoni ter falado com o filho antes de Isabella ter sido jogada pela janela.
Tanto o pai quanto a irmã de Alexandre defendem o casal e afirmam que Alexandre e Anna Carolina não cometeram o crime. Antonio Nardoni desmentiu também os vizinhos do casal, que prestaram depoimento na condição de testemunhas, e disseram que os dois brigaram na noite do crime. - Não houve briga, tenho certeza - disse Nardoni.
Cristiani Nardoni afirmou que seu irmão nunca bateu na Isabella e tampouco Anna Carolina faria isso. - Tenho certeza que isso não aconteceu. Temos certeza que outra pessoa fez isso, uma pessoa cruel.
A irmã de Alexandre deverá falar à polícia sobre o telefonema que recebeu do pai na noite do crime. Dois funcionários de uma casa noturna procuraram a polícia para dizer que Cristiane recebeu um telefonema e, antes de sair chorando, teria dito algo como "meu irmão fez uma besteira". A jovem negou que tivesse dito qualquer frase que possa comprometer o irmão e afirmou que havia muito barulho no bar e que duvida que alguém pudesse ter escutado algo. Ela teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça.

ESTÁ NO O GLOBO - BARBÁRIE: O Caso Isabella

Polícia ouve nesta terça avô paterno e tia de Isabella Publicada em 22/04/2008 às 10h25mO Globo Online
SÃO PAULO - O advogado Antonio Nardoni e Cristiane Nardoni, avô paterno e tia de Isabella Nardoni, 5, prestam depoimento à polícia nesta terça-feira, às 16h30m. Não há informação sobre esquema especial de segurança no 9º Distrito Policial, onde os dois serão ouvidos pela polícia.
O advogado Antonio Nardoni, que tem saído em defesa do filho e da nora, Anna Carolina Jatobá,deverá falar sobre os contatos que fez com Alexandre Nardoni na noite do crime. O advogado questiona a investigação da polícia. O casal estava na casa do pai de Anna Carolina e de lá teria seguido direto para o apartamento na Vila Mazzei, de onde Isabella foi jogada pela janela.
A polícia não descarta a possibilidade de Antonio Nardoni ter falado com o filho antes de Isabella ter sido jogada pela janela.
Tanto o pai quanto a irmã de Alexandre defendem o casal e afirmam que Alexandre e Anna Carolina não cometeram o crime. Antonio Nardoni desmentiu também os vizinhos do casal, que prestaram depoimento na condição de testemunhas, e disseram que os dois brigaram na noite do crime.
- Não houve briga, tenho certeza - disse Nardoni.
Cristiani Nardoni afirmou que seu irmão nunca bateu na Isabella e tampouco Anna Carolina faria isso.
- Tenho certeza que isso não aconteceu. Temos certeza que outra pessoa fez isso, uma pessoa cruel.
A irmã de Alexandre deverá falar à polícia sobre o telefonema que recebeu do pai na noite do crime. Dois funcionários de uma casa noturna procuraram a polícia para dizer que Cristiane recebeu um telefonema e, antes de sair chorando, teria dito algo como "meu irmão fez uma besteira". A jovem
negou que tivesse dito qualquer frase que possa comprometer o irmão e afirmou que havia muito barulho no bar e que duvida que alguém pudesse ter escutado algo. Ela teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça. Na última sexta-feira, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Laudos do Instituto de Criminalística indicam que entre a chegada do carro de Alexandre no edifício London e Isabella ter sido jogada pela janela passaram-se apenas 12 minutos. O laudo dos legistas sobre a morte da menina, que deve ser divulgado oficialmente nesta tarde, deve trazer uma novidade que contraria informações da última sexta-feira: a menina foi asfixiada por três minutos dentro do apartamento, onde chegou machucada e sangrando. Os legistas chegaram a um consenso que ela não sobreviveria à esganadura, mesmo se não tivesse sido jogada pela janela. A polícia acredita que Anna Carolina Jatobá, a madrasta, esganou a menina. O pai de Isabella a jogou pela janela.
Os peritos dizem que é impossível, em 12 minutos, um estranho entrasse no apartamento, esganasse a menina por três minutos, cortasse a tela de proteção da janela, jogasse a menina e fugisse. Não foram achados indícios de arrombamento.
Nesta semana, o pai e a madrasta de Isabella deverão ser chamados para reconstituir o crime. A simulação deve ser feita separadamente. Cada um deles deve simular o que aconteceu naquela noite, depois da chegada ao apartamento. Eles devem repetir que chegaram ao apartamento e alguém havia jogado a menina, anteriormente deixada na cama pelo pai. A polícia espera, na reconstrução das cenas, registrar contradições do casal.
Alexandre e Anna Carolina
negaram em entrevista ao "Fantástico" ter cometido o crime e se dizem injustiçados pela polícia, que os colocou desde o início como principais suspeitos. O tempo todo, um complementou a frase ou o raciocínio do outro. Os dois negaram ter brigado no apartamento, como afirmaram testemunhas, que dizem ter ouvido no térreo do edifício, depois da queda de Isabella, os mesmos palavrões serem proferidos por Anna Carolina.
A revista "Veja" desta semana revelou que Alexandre Nardoni já havia agredido a menina, algumas horas antes do crime, numa festa a que a família compareceu no salão do prédio onde mora a família de Anna Carolina Jatobá, em Guarulhos. Testemunhas que estavam na festa contaram à polícia que Alexandre deu um chacoalhão tão forte em Isabella, por causa de uma malcriação da menina, que chegou a derrubá-la no chão. Ainda nervoso, ele teria se aproximado da filha, bastante chorosa, e dito: - Você vai ver quando chegar em casa.
As câmeras do prédio registraram a imagem de Isabella brincando na festa. Para a polícia, as agressões contra a menina continuaram no carro, no caminho de casa. A polícia encontrou vestígios de sangue no sapato de Anna Carolina e no chinelo de Alexandre.