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terça-feira, 22 de abril de 2008

ESTÁ NO O GLOBO - BARBÁRIE: O Caso Isabella

Polícia ouve nesta terça avô paterno e tia de Isabella Publicada em 22/04/2008 às 10h25mO Globo Online
SÃO PAULO - O advogado Antonio Nardoni e Cristiane Nardoni, avô paterno e tia de Isabella Nardoni, 5, prestam depoimento à polícia nesta terça-feira, às 16h30m. Não há informação sobre esquema especial de segurança no 9º Distrito Policial, onde os dois serão ouvidos pela polícia.
O advogado Antonio Nardoni, que tem saído em defesa do filho e da nora, Anna Carolina Jatobá,deverá falar sobre os contatos que fez com Alexandre Nardoni na noite do crime. O advogado questiona a investigação da polícia. O casal estava na casa do pai de Anna Carolina e de lá teria seguido direto para o apartamento na Vila Mazzei, de onde Isabella foi jogada pela janela.
A polícia não descarta a possibilidade de Antonio Nardoni ter falado com o filho antes de Isabella ter sido jogada pela janela.
Tanto o pai quanto a irmã de Alexandre defendem o casal e afirmam que Alexandre e Anna Carolina não cometeram o crime. Antonio Nardoni desmentiu também os vizinhos do casal, que prestaram depoimento na condição de testemunhas, e disseram que os dois brigaram na noite do crime.
- Não houve briga, tenho certeza - disse Nardoni.
Cristiani Nardoni afirmou que seu irmão nunca bateu na Isabella e tampouco Anna Carolina faria isso.
- Tenho certeza que isso não aconteceu. Temos certeza que outra pessoa fez isso, uma pessoa cruel.
A irmã de Alexandre deverá falar à polícia sobre o telefonema que recebeu do pai na noite do crime. Dois funcionários de uma casa noturna procuraram a polícia para dizer que Cristiane recebeu um telefonema e, antes de sair chorando, teria dito algo como "meu irmão fez uma besteira". A jovem
negou que tivesse dito qualquer frase que possa comprometer o irmão e afirmou que havia muito barulho no bar e que duvida que alguém pudesse ter escutado algo. Ela teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça. Na última sexta-feira, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Laudos do Instituto de Criminalística indicam que entre a chegada do carro de Alexandre no edifício London e Isabella ter sido jogada pela janela passaram-se apenas 12 minutos. O laudo dos legistas sobre a morte da menina, que deve ser divulgado oficialmente nesta tarde, deve trazer uma novidade que contraria informações da última sexta-feira: a menina foi asfixiada por três minutos dentro do apartamento, onde chegou machucada e sangrando. Os legistas chegaram a um consenso que ela não sobreviveria à esganadura, mesmo se não tivesse sido jogada pela janela. A polícia acredita que Anna Carolina Jatobá, a madrasta, esganou a menina. O pai de Isabella a jogou pela janela.
Os peritos dizem que é impossível, em 12 minutos, um estranho entrasse no apartamento, esganasse a menina por três minutos, cortasse a tela de proteção da janela, jogasse a menina e fugisse. Não foram achados indícios de arrombamento.
Nesta semana, o pai e a madrasta de Isabella deverão ser chamados para reconstituir o crime. A simulação deve ser feita separadamente. Cada um deles deve simular o que aconteceu naquela noite, depois da chegada ao apartamento. Eles devem repetir que chegaram ao apartamento e alguém havia jogado a menina, anteriormente deixada na cama pelo pai. A polícia espera, na reconstrução das cenas, registrar contradições do casal.
Alexandre e Anna Carolina
negaram em entrevista ao "Fantástico" ter cometido o crime e se dizem injustiçados pela polícia, que os colocou desde o início como principais suspeitos. O tempo todo, um complementou a frase ou o raciocínio do outro. Os dois negaram ter brigado no apartamento, como afirmaram testemunhas, que dizem ter ouvido no térreo do edifício, depois da queda de Isabella, os mesmos palavrões serem proferidos por Anna Carolina.
A revista "Veja" desta semana revelou que Alexandre Nardoni já havia agredido a menina, algumas horas antes do crime, numa festa a que a família compareceu no salão do prédio onde mora a família de Anna Carolina Jatobá, em Guarulhos. Testemunhas que estavam na festa contaram à polícia que Alexandre deu um chacoalhão tão forte em Isabella, por causa de uma malcriação da menina, que chegou a derrubá-la no chão. Ainda nervoso, ele teria se aproximado da filha, bastante chorosa, e dito: - Você vai ver quando chegar em casa.
As câmeras do prédio registraram a imagem de Isabella brincando na festa. Para a polícia, as agressões contra a menina continuaram no carro, no caminho de casa. A polícia encontrou vestígios de sangue no sapato de Anna Carolina e no chinelo de Alexandre.

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