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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Financiamentos estão mais caros para venda de casa própria

Crise no mercado obriga setor de construção
e compradores a refazerem os cálculos e adaptarem
os projetos à nova realidade do sistema financeiro.
Quem pretende comprar a casa própria precisa ficar atento. As condições de financiamento mudaram. Os juros estão mais altos e as exigências para fechar o contrato estão maiores.
A crise financeira mundial já começa a repercutir no setor de construção civil. Começa a faltar crédito para novas obras. Alguns bancos já aumentaram as exigências para liberar o financiamento. Os prazos de pagamento também estão diminuindo e os juros, aumentando.
São condomínios com muitas opções de lazer e apartamentos de todos os tamanhos. Nos últimos anos, o brasileiro que sonha com a casa própria viu as ofertas se multiplicarem no horizonte.
Em outubro do ano passado, eram dois lançamentos por dia na cidade de São Paulo. Com prazos mais flexíveis e fartura de linhas de financiamento, o mercado prosperou e as construtoras esperavam fechar 2008 com crescimento de cerca de 30%.
Mas a crise de crédito no mercado internacional obriga o setor de construção e os compradores a refazerem os cálculos e adaptarem os projetos à nova realidade do sistema financeiro. Pegar dinheiro emprestado ficou mais difícil e caro.
“Nós acreditamos no mercado que vai sofrer certa retração. Ou seja, quem está lançando vai parar para pensar para ver a disponibilidade financeira da empresa suporta a construção sem recursos externos”, afirma o especialista em direito imobiliário Márcio Bueno.
Os consumidores que buscaram crédito agora em outubro sentiram o peso no orçamento. Pelo menos, três grandes bancos brasileiros aumentaram a taxa para o financiamento da casa própria. O Bradesco mudou de 9% para 10,5% ao ano a taxa de juros para imóveis até R$ 120 mil. O Banco Itaú reajustou de 9% para 12% o teto dos juros; e o Unibanco, de 11% para 12%.
Na maior variação, a prestação de um imóvel no valor de R$ 100 mil, num financiamento de 180 meses, passa de R$ 1.380 para R$ 1.630, ou seja, mais R$ 250 por mês.
Para José Augusto Vianna, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), esse aumento da taxa é uma medida de proteção dos bancos contra um possível aumento da inadimplência.
“O banco está sendo mais seletivo na escolha de seus clientes. Ao contrário de endurecer a análise de crédito das pessoas, preferiram pegar o atalho, o caminho mais fácil, que é aumentar os juros”, afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Vianna.
A radialista Luciana Di Pilla fechou contrato do apartamento novo em abril. Tinha tudo planejado dentro do orçamento, mas com a variação dos juros, mudou de estratégia.
“Adiantar o maior valor que eu puder pagar até a entrega do imóvel para não me preocupar no momento da entrega do imóvel, que é o momento do financiamento. Agora, com todos esses acontecimentos, é lógico que a gente se preocupa”, comenta a radialista.
“Infelizmente as pessoas que compraram na planta vão ter uma surpresa na hora de assinar o contrato. Evidentemente o valor da prestação não vai ser aquele mesmo do projetado no início, porque as taxas de juros estando mais altas, evidentemente as prestações serão mais altas”, acrescenta o presidente do Creci-SP, José Augusto Vianna.
Em nota, o Bradesco disse que realizou ajuste nas taxas acompanhando a alta da taxa do mercado e que mantém todas as linhas, inclusive a prefixada, abertas. O Banco Itaú disse não ter representante para falar sobre assunto. E i Unibanco não respondeu à solicitação de entrevista.
Para quem está pensando em comprar um imóvel na planta, os especialistas recomendam: visite alguns canteiros de obra da mesma empresa e converse com outros proprietários. Tudo para ter certeza de que a saúde financeira da empresa vai bem.

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