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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Os impactos da crise mundial na vida dos piauienses

As obras que dependem de repasse de recursos por emendas ou convênios podem ser afetadas em decorrência da crise econômica. A informação é do deputado federal Júlio César Lima (DEM). “O Governo tem dito que as obras que não são do PAC e da área Social não serão preservadas e devem parar, porque não terá dinheiro. Somente as do PAC e sociais serão preservadas”, disse o parlamentar.
No Piauí as obras de aeroportos, o porto de Luís Correia, a ferrovia de Teresina a Luís Correia, várias estradas, a ponte do Sesquicentenário, o Hospital Universitário, ponte sobre o Rio Parnaíba em Luzilândia, ponte em Uruçuí, tudo isso vai ter cortes e pode parar. “Existem mais obras que não estão no PAC do que as que estão no programa. A maioria destas obras é sustentada pelo repasse de recurso de emenda parlamentar ou convênio. O que vai acontecer é um contingenciamento de recurso, prevendo uma queda na receita da arrecadação”, explicou Júlio César.
Somente as obras do PAC e da área social não terão problemas. Mas as outras obras não têm previsão de recursos, segundo Júlio César. “Não terão repasse, se a crise se agravar. Estas obras ficarão sem dinheiro por causa da diminuição da receita”, explicou.

O parlamentar foi claro ao dizer que as obras foram do PAC podem ser canceladas, porque não terão receita para financiamento. Ele disse que será feito um contingen-ciamento de recursos. As obras citadas já podem ser afetadas a partir deste ano, porque normalmente a liberação de recursos das emendas parlamentares acontece no final do ano.
PMT adota medidas para se adequar à crise
O prefeito Silvio Mendes disse ontem que será necessário adotar medidas econômicas para driblar a recessão e a crise econômica que afeta todo o mundo. O objetivo, diz o prefeito, é reduzir custos, reduzir o ritmo de algumas obras, e adequar melhor as despesas.
Sílvio frisou que a Prefeitura tem equilíbrio financeiro, mas é tênue. “Por conta desta crise econômica vamos ficar no fio da navalha e esta crise vai nos atingir. Temos que ter cautela para manter o equilíbrio da Prefeitura. Não podemos dever nem fazer o que não podemos pagar”, assinalou.
Nesta cautela, Sílvio resolveu adotar medidas necessárias para reduzir despesas e melhorar os gastos públicos. “Vamos reduzir o ritmo de obras e os gastos para manter este equilíbrio. Fazer o que for necessário”, emendou.
Segundo o prefeito, o Brasil vai crescer menos, talvez a metade do que estava previsto. Isso vai ter reflexo na cidade. O Fundo de Participação do Município (FPM) vai cair e as medidas devem ser adotadas antes disso acontecer. “Não vamos administrar o caos. Temos R$ 184 milhões para administrar que nos permitem tocar as obras. Temos um equilíbrio e temos que manter isso. Vamos tomar as medidas antes do problema acontecer de fato”, adiantou.
Sílvio Mendes frisou que os R$ 184 milhões estão disponíveis a longo prazo. Ele informou ainda que a dívida da Prefeitura é de menos de 5% da receita líquida, uma das menores do Brasil. “Nós temos capacidade de empréstimo de R$ 1 bilhão. Fizemos um de menos de R$ 100 milhões e temos tido muita responsabilidade na área fiscal”, adiantou.
Por outro lado, Sílvio disse que a crise econômica valorizou o dinheiro do empréstimo feito ao Banco Mundial para aplicar no projeto Lagoas do Norte. “Ainda temos cinco anos de carência e 25 anos para ser pago”, finalizou. (LC)

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