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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Educação: Um em cada quatro jovens está atrasado na escola

No Nordeste, mais de um terço dos alunos sofrem defasagem.
Na região, 48% dos alunos da 8ª série
perderam 2 ou mais anos de estudo.

Um em cada quatro jovens do ensino fundamental tem defasagem igual ou superior a dois anos no ensino. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, 25,7% dos jovens de todo o país sofrem esse atraso na escola. O estudo foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A situação é mais grave no Nordeste, onde 38,8% dos estudantes estão defasados. Em seguida aparece a região Norte, com 35,4% dos alunos com atraso escolar. Em ordem do maior para o menor em atraso escolar seguem o Centro-Oeste (24,4%), o Sudeste (16,3%) e o Sul (16,0%).

Para a gerente de Indicadores Sociais do IBGE, Ana Lúcia Sabóia, um dado que chama a atenção é que, em 2007, 2,1 milhões de crianças de 7 a 14 anos que freqüentavam escola, mas não sabiam ler e escrever. "Isso acontece mesmo com a alta taxa de ensino nessa faixa etária (97,6%)", afirma. Ela diz que o nível de educação está melhorando no país, mas ainda há muito a ser feito.

No país, a 5ª série é a que tem maior percentual de alunos com atraso na idade escolar. Ao todo, 30,8% dos alunos da 5ª série repetiram ou perderam dois ou mais anos de estudo. Depois da 5ª, aparece a 8ª série, como a segunda série com maior percentual de alunos em defasagem: 30,4%. A 1ª série é a que tem o menor percentual de estudantes (18,0%) com ensino atrasado.

No Nordeste, a 8ª série atinge níveis preocupantes: 48% dos estudantes estão atrasados na escola. Ou seja, quase metade dos jovens perdeu dois ou mais anos do ensino fundamental.

Em 1997, o percentual de estudantes com atraso escolar era da ordem de pouco mais de 43%. O percentual caiu a 32,3%, em 2002 e a 25,7% em 2007.

Os resultados de 2007 referem-se somente ao universo dos que estavam no ensino fundamental com duração de oito anos (71,8% dos jovens nessa fase da educação formal). A pesquisa levantou também a informação de que 32,8 milhões de jovens já freqüentam o ensino fundamental com nove anos (aproximadamente 28,2% do total do corpo discente do país).

Desigualdade no ensino superior

Os pesquisadores dizem ainda que, em dez anos, aumentou a desigualdade de acesso de brancos e pretos e pardos ao nível superior. Em 1997, 9,6% dos brancos e 2,2% dos pretos e pardos, de 25 anos ou mais de idade, tinham nível superior completo no Brasil. Em 2007, os percentuais passaram para 13,4% e 4%, respectivamente.

As desigualdades educacionais acabam refletindo nos rendimentos médios dos pretos e pardos, que são sempre menores (em torno de 50%) que os dos brancos. Entre aqueles que têm 12 anos ou mais de estudo, o pagamento-hora dos brancos é 40% maior que o de pretos e pardos.

Em relação ao sexo, aumentou a proporção de mulheres no ensino superior. Entre 1997 e 2007, subiu de 53,6% para 57,1% o percentual de mulheres entre os universários. No mesmo período, o índice relativo aos homens caiu de 46,4% para 42,9%. Apesar do crescimento, Ana Lúcia Sabóia, do IBGE, diz que ainda existe um expressivo número de mulheres que não sabem ler e escrever, tanto no Brasil (7,2 milhões) quanto em outros países da América Latina.

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