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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Aléxis: “com a crise de alimentos, teresinenses podem morrer de fome”

“Com a crise de alimentos que está ocorrendo no mundo, em Teresina podem morrer milhares de pessoas de fome. Não produzimos nada que nos dê condição de alimentar. Teresina é um município refém da produção de outros lugares”. A afirmação foi feita pelo candidato à prefeitura de Teresina, da Frente de Esquerda Socialista, Aléxis Leite (PSol), em entrevista feita pela Rádio Pioneira de Teresina, em parceria com o portal Acessepiauí.

Segundo o candidato, a zona rural da capital piauiense está “abandonada”, apesar da grande capacidade de produção que possui.

“Se você sair para visitar os assentamentos, você vê que eles estão sem água, tem gente morrendo, e nós temos a maior zona rural de capital do nordeste, uma das zonas rurais com maior capacidade de produzir. Temos também um povo produtivo, mas não temos tecnologia, não temos como colocar essa produção em andamento. É preciso unificar produção, tecnologia, conhecimento, em ações que elevem a nossa gente”.

Temas relacionados ao trânsito e à saúde em Teresina também foram abordados por Aléxis Leite durante a entrevista. Sobre o trânsito, a falta de condições para os ciclistas foi apontada como um problema que pode ser solucionado, através de campanhas educativas.

“Temos um tráfego mal elaborado, sem pensar nos seres humanos. Precisamos admitir que o tráfego deve ter carros, mas precisam ter as bicicletas. Eu moro no bairro Aeroporto há 40 anos. Eu gostaria de ir para a universidade, que é ali pertinho, de bicicleta. Meu pai andou a vida toda de bicicleta, mas só que meu pai é de uma geração anterior, hoje em dia em não me disponho a andar de bicicleta com medo de ser atropelado, não por irresponsabilidade da pessoa que conduz o carro, mas por causa das vias da minha cidade”.

Ele ainda acrescentou o que poderia ser feito. “A gente não vê a prefeitura distribuindo uma coisa simples e barata como um kit para ciclistas, por exemplo. Muitos dos acidentes que ocorrem são porque o ciclista não tem um refletor de luz para que uma pessoa que trafega num carro saiba que ali tem uma pessoa. Isso poderia ser até doado, e depois fazer uma larga campanha sobre isso, a prefeitura fiscalizar também essas bicicletas, impedir que elas trafeguem desse jeito, mas é preciso dar vias adequadas, um conjunto de condições, isso é que eu chamo de participação”, propôs o candidato.

Sobre a saúde, Aléxis Leite lembrou da precariedade no sistema em Teresina, que exige, segundo ele, que as pessoas contratem planos de saúde para poder ter um atendimento de qualidade. O candidato citou o exemplo da presidente do PSol, Edna Nascimento, que está internada em um hospital particular onde a diária custa R$ 3 mil.

“Então ela precisa de plano de saúde. Imagine você ser o professor Aléxis, que até hoje não fez um plano de saúde, você acha que eu estaria como? Eu não tenho plano de saúde e continuo me recusando a fazer, porque eu acho que eu tenho que lutar por um plano de saúde que pertença às pessoas. Mais de 90% dos moradores desse município não têm plano de saúde, isso significa que teriam morte decretada se essas pessoas estivessem sido acidentados com um AVC, coisa que todos nós estamos sujeitos a qualquer momento”.

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