João Gabriel Baptista contestou culpa da Justiça na soltura de presos
O Jornal Cidade Verde desta quinta-feira (18) foi palco de um debate sobre a soltura de presos no Piauí. Durante entrevista do juiz-corregedor João Gabriel Baptista, do Tribunal de Justiça do Piauí - TJ/PI -, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Prado, interferiu por telefone e contestou o papel da Justiça no julgamento de presos com mais de uma ação no Estado. A polêmica foi novamente acendida depois de entrevista do secretário de Segurança, Robert Rios Magalhães, que criticou o mutirão para soltura de presos.
João Gabriel Baptista culpou a legislação brasileira pelo problema. Ele afirmou que existem brechas na lei que permitem com que bandidos sejam soltos por vários motivos, como perda de prazos. Para o juiz-corregedor, os magistrados não podem ser culpados pela situação, que não é exclusiva do Piauí.
Coronel Prado interveio por telefone em seguida e questionou a Justiça quanto a presos que tem três processos ou mais e nunca foram julgados. "E porque não julgam? O policial vai as ruas colocando a própria vida para defender a sociedade. Os bandidos recebem grupos da polícia a bala, são presos e depois estão soltos. Esses processos deveriam ser julgados para manter esses elementos presos", reclamou o comandante da PM.
O juiz-corregedor respondeu afirmando que os magistrados não recebem de imediato a informação de que o acusado tem contra ele um número maior de processos. "Quando recebemos essa informação, tentamos agilizar o mais rápido possível", disse Baptista, acrescentando que Teresina sofreu um problema sério com a falta de juízes e ainda é apenado com o acúmulo de processos em três varas. Para ele, o resultado das mudanças feitas pela Justiça só virá a médio e longo prazo."
A chegada de novos juizes não vai fazer com que eles consigam julgar esses processos imediatamente", completou o juiz-corregedor.
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