"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano (...) decorrente de sua violação." (Constituição Brasileira - Art. 5º, X)
Na frente do Aeroporto Internacional do Recife, o outdoor lembra que ninguém foi condenado pelo acidente que matou 154 pessoas, entre elas oito pernambucanos.
Uma missa foi celebrada em memória das vítimas. A cerimônia foi marcada pela saudade e pela angústia de não saber quem foram os responsáveis pela queda do avião que bateu no jato de uma empresa americana de táxi aéreo. O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Ministério da Defesa, ainda não foi concluído.
“A Gol está falando que recolheram todos os destroços da Amazônia. Mas o que a gente está vendo são os índios reclamando que tem vários destroços lá contaminando o meio ambiente”, afirma Anne Rickli, parente de uma vítima.
Os parentes dos pernambucanos que estavam no vôo 1907 da Gol recorreram à Justiça dos Estados Unidos, acreditando que o julgamento seria mais rápido. Mas até agora ninguém foi condenado. Um juiz americano disse que não cabe à corte norte-americana condenar ninguém por um acidente que aconteceu no território brasileiro.
Enquanto recorrem da decisão do juiz americano, quatro famílias decidiram processar a Gol. “Ela tinha que levar de um ponto ao outro os passageiros que estavam sendo transportados. Como aconteceu o acidente no transcurso, ela tem que ser responsável e pagar essas indenizações”, declara o advogado Alexandre Uchoa.
O Cenipa informou que o relatório só deve ser concluído no fim do ano. O documento está sendo revisado no exterior. Já a Gol comunicou que das 91 famílias que procuraram a companhia, 76 já fecharam acordos. Ao todo, 107 pessoas receberam indenização.
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