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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Que vergonha! Brasil é o quinto país onde mais se pratica a corrupção

Dos 22 países onde as empresas exportadoras apelam ou não para
corrupção, o Brasil é o quinto mais corrupto, empatado com a Itália.
As empresas da Bélgica e do Canadá são as mais honestas.
No Dia Internacional de Combate à Corrupção, o Brasil apareceu mal em uma lista de países onde é preciso pagar propina para fechar negócios.
O Brasil não ficou nada bem no ranking da organização Transparência Internacional. Na lista dos 22 países onde as empresas exportadoras apelam ou não para corrupção, o Brasil é o quinto mais corrupto, empatado com a Itália. Na outra ponta, as empresas da Bélgica e do Canadá são as mais honestas.
Foram ouvidos 2.742 empresários de várias partes do mundo. A conclusão da pesquisa: os empresários de economias emergentes, da Rússia, da China, do México e da Índia são os que mais subornam.
Para tentar, pelo menos, reduzir um pouco a impunidade e punir quem suborna ou corrompe, a Controladoria-geral da União (CGU) criou a lista das chamadas empresas sujas , punidas por irregularidades em licitações, fraudes fiscais ou no cumprimento de contratos com a administração pública.
“Isso vai impedir que qualquer empresa declarada inidônea por qualquer ente público esconda essa condição, essa penalidade”, afirmou o ministro Jorge Hage, da CGU.
A lista começa com mil empresas, algumas que apareceram muito no noticiário político e policial, como a construtora Gautama, envolvida em pagamentos de propinas e obras superfaturadas. E a Planam, que participou de um esquema de superfaturamento de ambulâncias.
Ainda no encontro, que comemorou o Dia Internacional Contra a Corrupção, foi apresentado um outro jeito de combatê-la. Bons exemplos. A novela ‘A favorita’, da TV Globo, foi premiada. Tem personagens corruptos e honestos denunciando injustiças. “A gente está conseguindo justamente fazer com que as pessoas pensem, com que as pessoas questionem”, explica o ator Carmo de La Vecchia.
“O dia que a gente conscientizar que atos mínimos que nós realizamos na vida são prejudiciais para milhares e milhares de pessoas, quem sabe a gente não comece a melhorar?”, questiona o ator Milton Gonçalves.

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