Um levantamento feito pelo Tribunal de Justiça em parceria com o Ministério Público e a Defensoria Pública revela que 80 por cento dos 2,8 mil presos do Piauí, não foram levados a julgamento. “É uma das piores situações do país, se não for a pior”, disse o desembargador Edvaldo Moura.
O grande número de presos “temporários”(não julgados) pode provocar um colapso no sistema prisional do Estado, em função da superlotação dos presídios e penitenciárias. “O problema é que falta articulação nos setores que deveriam agir. Com isso, o problema continua se agravando”, lembrou Edvaldo Moura.
Para reverter esse quadro, a intenção do Tribunal de Justiça do Piauí, com o apoio do Conselho Nacional de Justiça, é apreciar pelo menos 800 processos nos próximos dez dias. Os presos estão sendo levados em grupos de 10 ou 15, para um mutirão instalado na sede do juizado especial, na zona Leste de Teresina. São 30 juízes atuando nos julgamentos.
“Nós estamos unidos buscando soluções para esse problema, que preocupa a todos nós do judiciário”, disse o desembargador Edvaldo Moura.
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