O Exército israelense fala em várias semanas de combate.
Além dos bombardeios com aviões e navios,
Israel prepara uma ofensiva por terra na Faixa de Gaza.
O governo de Israel declarou nesta segunda que os ataques aéreos contra o grupo Hamas, em Gaza, são apenas a primeira de muitas fases da ofensiva militar.
Em quatro dias, o número de palestinos mortos chega a 375 e quatro cidadãos de Israel morreram. A reportagem é do correspondente Alberto Gaspar.
No Mar Mediterrâneo, nesta terça, um navio israelense colidiu com uma lancha que trazia ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Testemunhas disseram que a colisão foi proposital e em águas internacionais.
Autoridades israelenses dizem que fizeram um alerta por rádio para que a embarcação voltasse e negaram que tenham usado força excessiva. Os israelenses permitiram a entrada de ajuda sobre rodas.
Enquanto isso, os intensos bombardeios contra Gaza continuam. Três prédios do governo palestino, controlados pelo Hamas, vieram abaixo. Os feridos lotam os hospitais e o número de palestinos mortos subiu para 375.
O governo de Israel diz que é uma guerra total e, segundo o primeiro-ministro, Ehud Olmert, ainda em seu primeiro estágio. O Exército fala em várias semanas de combate. Além dos bombardeios com aviões e navios, Israel prepara uma ofensiva por terra.
Sobre isso, conversamos com Auda, uma brasileira, que é professora em Gaza. "Eu acho que na terra pelo menos vai ter uma guerra mais justa. Então, qualquer palestino prefere que a guerra aconteça na terra".
O Hamas convocou mil homens para defender o território. Por enquanto, segue disparando foguetes contra Israel. Na cidade de Ashdod, quase 40 quilômetros ao norte de Gaza, um deles causou a morte de uma mulher, atingida num ponto de ônibus por estilhaços.
A cidade de Isderot é uma das mais atingidas pelos foguetes disparados pelos palestinos. E uma colina é um importante ponto de observação. Emissoras de TV do mundo inteiro mantêm câmeras ligadas no local, algumas 24 horas por dia, para registrar os ataques dos dois lados.
Aron, brasileiro e isralense, diz que, mesmo vivendo com a família numa cidade ainda mais próxima de Gaza, não vai se intimidar. “Nós vamos ficar, porque é o que nós temos, é a nossa terra, independente de fator político ou até religioso”.
Há poucos minutos, um foguete Qassan caiu numa área aberta de difícil acesso, mas um morador da redondeza recolheu e nos trouxe alguns pedaços do foguete.
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