Pelo quarto dia, a Gaza é bombardeada com ataques aéreos. O número de mortos não pára de subir. Palestinos sofrem com carência de remédios, alimentos e socorro médico.
É guerra e vai ser levada até o fim, segundo o ministro da Defesa de Israel. Os ataques aéreos israelenses à Faixa de Gaza seguem intensos, mas não diminuíram o poder de fogo do grupo terrorista Hamas.
Há quatro dias, o mundo assiste ao aumento da violência, dos dois lados. O número de mortos cresce - entre israelenses e palestinos. São soldados, militantes, civis, crianças e mulheres.
Já são mais de 320 ataques da Forca Aérea Israelense desde o inicio da operação e perto de 370 palestinos mortos.
Na manhã desta terça-feira, os alvos foram mais instalações do governo palestino em poder do Hamas. A Universidade Islâmica de Gaza também voltou a ser atacada.
O número de foguetes palestinos disparados não aumentou, mas o número de israelenses mortos por eles já é maior, em quatro dias de conflito do que em todo o restante de 2008.
Ontem à noite, foram duas mortes, com intervalo de apenas uma hora. Pela primeira vez, uma delas aconteceu em Ashdod, a mais de 30 quilômetros ao norte de Gaza.
Uma mulher morreu quando se dirigia a um abrigo antiaéreo. O outro morto, na noite de segunda-feira, foi um soldado israelense, em uma base militar. No caso do ministro da Industria israelense, foi só um susto, quando um alarme soou.
Enquanto a pressão internacional contra Israel tem aumentado com manifestações de protesto em várias partes do mundo, a movimentação de tropas e a declaração de uma zona militar fechada, junto à fronteira, parecem indicar que uma invasão terrestre é mesmo uma questão de tempo. A operação tende a aumentar o numero de baixas, dos dois lados.
Hoje, já não existe lugar seguro em Gaza. Sem ter para onde correr, os moradores do pequeno território palestino sofrem com a grave carência de remédios e alimentos
Israel permitiu, na segunda-feira, a entrada em Gaza de 120 caminhões de mantimentos, por um único ponto da fronteira. Mas, segundo a ONU, essa ajuda está muito abaixo das necessidades mais urgentes do território palestino, com 1,5 milhões de habitantes.
Mesmo antes dos ataques, desde que Israel apertou o cerco a Gaza, falta eletricidade 16 horas por dia. Por isso, a rede de água e esgotos parou de funcionar.
Os poucos hospitais, que já operavam em situação precária, receberam mais de mil feridos nos últimos três dias. Remédios e mantimentos estão sendo enviados do Irã, da Síria, de Chipre e da Arábia Saudita, mas ainda não chegaram ao Egito, por onde poderão entrar em Gaza.
Na fronteira, ambulâncias recolhem dezenas de palestinos feridos para serem tratados em hospitais egípcios. O secretário geral da ONU pediu um cessar-fogo imediato e disse estar preocupado com o trauma das crianças em Gaza.
Nos Estados Unidos, enquanto a Casa Branca dá apoio total a Israel e bota a culpa pelo conflito nos palestinos, o presidente eleito Barack Obama continua em silêncio. A mídia tem se limitado a reprisar a visita de Obama ao Oriente Médio este ano, quando o então candidato disse que Israel tem o direito de se defender.
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