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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Montadoras pedem ajuda de US$ 34 bi ao governo dos EUA

GM, Ford e Chrysler apresentam plano de viabilidade ao Congresso.
As três maiores montadoras de automóveis dos Estados Unidos - General Motors, Ford e Chrysler -, apresentaram nesta terça-feira (2) ao Congresso americano uma proposta de plano de resgate por parte do governo para evitar que elas entrem em colapso.

No último dia 20 de novembro, os líderes do Senado e da Câmara dos Representantes haviam dado um prazo até 2 de dezembro para que elas apresentassem um plano de viabilidade para que o Congresso pudesse votar uma ajuda governamental às empresas.

No total, o auxílio pedido pelas três montadoras é da ordem de US$ 34 bilhões.

O plano ainda prevê cortes de gastos, a redução nas dívidas das empresas e um maior investimento em energias limpas em troca dos empréstimos.

A Ford e a General Motors inclusive propuseram que os rendimentos anuais de seus diretores-executivos passem a ser de apenas US$ 1 caso o Congresso aprove a ajuda emergencial.

As vendas das três montadoras caíram drasticamente no último mês, na medida em que os consumidores estão gastando menos por causa da crise econômica. A Ford vendeu em novembro 31% menos veículos em relação ao mesmo período de 2007. Já as vendas da GM caíram 41% neste mês e as da Chrysler 47%.
Empréstimos A General Motros pediu ao governo americano um empréstimo de US$ 12 bilhões, com um adicional de US$ 6 bilhões, caso seja necessário. Já a Ford solicitou uma linha de crédito preventiva de US$ 9 bilhões, que afirmou não esperar usar. Por outro lado, a Chrysler pediu um empréstimo de US$ 7 bilhões para sobreviver à crise. Em seu pedido, a GM afirmou que sacaria US$ 4 bilhões do montante ainda neste mês. A GM ainda afirmou em seu plano de viabilidade que continuaria seus esforços para desenvolver veículos que gastem menos combustível, incluindo um investimento de US$ 2,9 bilhões em combustíveis alternativos.

O plano da GM ainda prevê cortes de gastos, redução de dívidas e dos rendimentos de seus executivos e diminuição de postos de trabalho até 2012. Segundo a proposta, o salário anual do CEO da GM, Rick Wagoner, passaria a ser de apenas US$ 1.

A Ford fez uma proposta semelhante, afirmando que, se precisar utilizar o empréstimo emergencial do governo, seu CEO, Alan Mullaly, passaria a receber US$ 1.

A empresa ainda prometeu vender, como parte de seu plano de corte de custos, cinco de seu jatinhos corporativos e alguns de seus negócios, incluindo a montadora sueca Volvo.

"A Ford está solicitando acesso a um empréstimo ponte de US$ 9 bilhões, mas reitera que espera conseguir completar suas reformas sem acessar os fundos, caso o Congresso os aprove", diz um comunicado divulgado pela empresa.

A montadora disse esperar voltar a ser lucrativa em 2011 e prometeu ainda um investimento de US$ 14 bilhões nos próximos sete anos em veículos mais eficientes em termos de combustível.

Dirigindo

Em mais uma manobra para tentar convencer o Congresso a aceitar o plano de resgate, os executivos das três montadoras prometeram não usar jatos particulares para irem a Washington na próxima quinta-feira (4), onde participam de audiências no legislativo.

Os diretores da Ford e da GM, inclusive, prometeram guiar carros de suas companhias de Detroit até a capital dos EUA.

Nas audiências no Congresso, os executivos das montadoras tentarão convencer os parlamentares a votarem o plano ainda na próxima semana.

Analistas, no entanto, afirmam que não está claro se o Congresso votará o plano de resgate ainda nesta legislatura.

A decisão poderia ser adiada até que o novo Congresso americano tome posse, no dia 6 de janeiro.

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