A oferta de empréstimo consignado para servidores municipais foi suspensa no final do ano passado, quando foi identificada a cobrança de juros abusivos no valor da prestação descontada no contracheque dos servidores. No entanto, até o final deste mês o sistema de empréstimo será reativado e mais de 8 mil servidores devem aderir.
"Como trabalhávamos com um sistema manual não tínhamos como fiscalizar. Agora tudo será feito pela internet e estamos implantando um software que possibilita um controle maior sobre o serviço", explicou o secretário executivo da Secretaria Municipal de Administração, Francisco Canindé.
Através do novo sistema, o servidor terá acesso a uma tabela dos bancos e financeiras aptos a realizar o empréstimo, bem como do juro que será cobrado.
"Foi estabelecido um juro máximo de 2,5%", disse.
No momento, explica o secretário, as instituições financeiras estão analisando os termos do contrato.
"Já recebemos mais de vinte solicitações de instituições interessadas. Para os bancos, é muito vantajoso, pois o risco é bem menor e a inadimplência não existe, já que o débito é descontado em folha".
Além de estabelecer o valor máximo do juro, o contrato levado às instituições financeiras determina que elas tenham algum escritório em Teresina.
"O servidor também sai ganhando. Se ele tivesse que tirar um empréstimo no banco com certeza seria cobrada uma taxa de juro maior. No empréstimo consignado, os bancos nem consultam Serviço de Proteção ao Crédito- SPC e Serasa", disse o secretário.
A parcela do empréstimo não pode ultrapassar 30% do salário líquido do servidor e o débito poderá ser pago em até 60 meses. Os servidores interessados irão receber uma senha para entrar no sistema e solicitar o empréstimo.
"Quem não tem acesso à internet poderá fazê-lo aqui na Secretaria de Administração, pois teremos profissionais para orientá-los", diz Canindé.
Todos os custos com a manutenção do sistema serão de responsabilidade dos bancos e financeiras credenciados.
O valor que será pago por cada instituição será definido pelo número de empréstimos feitos junto a ela.
O secretário diz que a procura é muito grande e que se houve uma demora na reimplantação do sistema foi com o intuito de "preservar a condição financeira do servidor".
Muitos ainda estão pagando o empréstimo feito anteriormente e não estão impedidos de fazer um novo empréstimo, desde que a prestação não ultrapasse os 30% sob o valor do salário.
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