No domingo que marca o fim das Olimpíadas, vôlei perde para os EUA,
e Bernardinho deixa as lágrimas caírem em público pela primeira vez
No último dia das Olimpíadas, Bernardinho chorou. Diante das câmeras, chorou como jamais tinha feito em público.
A reação do técnico diz tudo sobre a final do vôlei masculino. A derrota para os Estados Unidos encerra, com a prata amarga, um ciclo vitorioso de oito anos. O desfecho em Pequim não apaga os tempos de glória, mas passa longe do que o torcedor esperava.
O clima, a partir de agora, é de recomeço. Com o segundo lugar no vôlei, o Brasil se despede dos Jogos com três ouros, quatro pratas e oito bronzes. No total, as 15 medalhas superam o desempenho da delegação em Atenas-2004 e igualam a melhor marca do país, de Atlanta-1996.
Na disputa entre China e Estados Unidos, os donos da festa levaram a melhor. Foram 51 ouros chineses contra apenas 36 dos americanos, que no entanto vencem a contagem geral de medalhas por 110 a 100. Quem completa o “pódio” é a Rússia, com 23 ouros e 72 no total. Depois dos chineses, quem mais cresceu em relação a Atenas foi a Grã-Bretanha, que pulou de nove para 19 ouros. O Japão, por sua vez, despencou de 16 para nove. Em 23º lugar, o Brasil ficou à frente de dois rivais históricos: Cuba, em 28º, e Argentina, em 35º. Os cubanos, por sinal, encerraram as Olimpíadas com mais uma decepção. Tradicional no boxe, a ilha não conquistou nenhum ouro nos ringues – foram quatro em Atenas. A China, quem diria, ganhou dois e, com isso, cravou a marca de 100 medalhas.
Enfim, a redenção dos astros da NBA
Um dos ouros mais festejados de Pequim saiu da quadra de basquete. Com uma partida digna de uma final olímpica, os Estados Unidos bateram a Espanha e voltaram a ocupar o topo do mundo. Kobe Bryant, uma das grandes figuras dos Jogos, colocou o time nas costas no quarto período e assegurou a tão sonhada vitória da redenção.
A Rússia fez bonito na ginástica rítmica e foi ao alto do pódio na final por equipes. Na última grande prova do atletismo, um recorde olímpico de 24 anos foi quebrado por um garoto de 21. Samuel Wansiru resistiu ao calor e venceu a maratona. Recebeu sua medalha mais tarde, no Ninho do Pássaro, durante a cerimônia de encerramento.
Na prática, as Olimpíadas tinham acabado três horas antes. Às 17h09m no horário local (6h09m no Brasil), a França bateu a Islândia e ficou com o título do handebol masculino. Era o fim de um evento que, durante 19 dias, exibiu ao mundo fenômenos do esporte. Michael Phelps, Usain Bolt e Yelena Isinbayeva passaram muito longe dos concorrentes. Comandaram uma chuva de recordes e tornaram a festa inesquecível.
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