O registro da apresentação de 100 mg do antiinflamatório Prexige (Lumiracoxibe), do Laboratório Novartis, foi cassado ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a proibição do medicamento foi estendida a todo País. A apresentação de 400 mg ficará suspensa por 90 dias. No relatório para justificar a decisão, o governo federal atualizou o número de supostas vítimas da medicação no Brasil: o total de reações adversas apontadas chegou a 1.265. Entre os efeitos colaterais graves estão hemorragias, hepatites, pancreatite e doenças cardiovasculares.
As notificações superam em 51,8% o balanço anunciado até agora, que contabilizava 609 ocorrências. Na última sexta-feira, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS) já havia interditado o produto. A decisão da agência ocorre quase um ano depois das agências internacionais proibirem o medicamento. Desde agosto do ano passado, países da União Européia, o Canadá e a Argentina vetaram a comercialização do Prexige.
A proibição do produto ocorre após o País acumular 35% dos 3.585 casos de efeitos adversos notificados em todo mundo. Até ontem, o Brasil era uma das sete nações que ainda mantinham a vigência da autorização do Prexige. Ao todo, 36 países proibiram a venda por causa dos riscos.
Em nota, a Anvisa justificou que só não seguiu a postura internacional para a interdição porque o perfil das vítimas estrangeiras era diferente dos brasileiros. Desde então, providências como alteração da bula e restrição dos pacientes foram tomadas, mas a notificação de reações adversas não cessou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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