Exibindo faixas denunciando a injustiça praticada pelos petistas e a difícil situação que têm enfrentado, os servidores demitidos pelo Governador Wellington Dias ocuparam a Avenida Frei Serafim, nesta segunda-feira, para protestar.
Oriundas de vários municípios e coordenadas pelo SINDESPI (Sindicato dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Saúde do estado do Piauí), as delegações representam os 419 servidores demitidos em todo o Estado no mês passado pelo governo petista e seus aliados.
A justificativa da equipe do governador é a de que existe um processo judicial impetrado pela Procuradoria Regional do Trabalho, onde constam decisões da Justiça determinando o afastamento destes servidores.
Mas, de fato, não há sentença transitada em julgado e ainda é possível protelar a execução dessas decisões, bem como encontrar alternativas que amenizem essa situação. A verdade é que o governo sempre quis por no olho da rua esses servidores, tendo encontrado resistência no Sindicato da categoria e na própria sociedade. As decisões judiciais acabam servindo de pretexto.
Nem sempre, direito e justiça andam juntos. No caso em questão, trata-se de servidores que, embora tenham ingressado no serviço público sem o desejado concurso público, encontram-se prestando serviço há quase duas décadas. O poder Judiciário e a PRT, que pressionam pelas demissões, não garantem sequer o pagamento administrativo das verbas rescisórias que a própria justiça já reconhece em seus julgados. Para conseguir, por exemplo, o pagamento do FGTS e o recolhimento do INSS esses servidores ainda terão que bater à porta da Justiça através de outro processo que poderá se arrastar por uma década.
Para o presidente do SINDESPI, Bartolomeu Gaspar, o pedágio “é apenas uma forma de denunciar a situação de miséria para a qual foram empurradas centenas de famílias”.
Nas faixas, o Sindicato comparou atitudes do governo, como a reforma administrativa que recentemente criou mais de 200 cargos que foram distribuídos entre os alidados, com as demissões; além de denunciar a contradição entre o discurso governista de inclusão social.
A situação deprimente na qual se encontram pais e mães de famílias que, da noite para o dia, perderam seus empregos e salários, sensibilizou milhares de pessoas que transitavam pela avenida Frei Serafim durante a realização dos pedágios e fizeram suas doações aos manifestantes.
O protesto se repetirá por toda essa semana, nos horários de "pico" nos cruzamentos da avenida Frei Serafim.
Registramos aqui o nosso questionamento: Que governo é esse que, em vez de gerar emprego e fazer inclusão social, explora, oprime e demite trabalhadores?
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