Indicador registrou alta de 1,09% em outubro.
Alta foi puxada pelos preços por atacado, aponta FGV.
A inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta pelo segundo mês consecutivo em outubro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (6). A variação ficou em 1,09% no mês, ante 0,36% em setembro. A taxa é a maior desde julho, quando ficou em 1,12%.
Entre os componentes do IGP-DI, a maior influência de alta na passagem de setembro para outubro veio dos preços por atacado, que subiram, em média, 1,36%, ante 0,44% no mês anterior.
No corte por origem, os produtos agropecuários voltaram a registrar deflação, de 0,02%, retração menor que os 0,46% da pesquisa anterior. Já os produtos industriais subiram 1,86%, mais do dobro dos 0,77% de setembro.
Entre as matérias-primas brutas, os destaques de alta vieram de minério de ferro (de 5,02% para 16,11%), leite in natura (de -10,34% para -4,97%) e bovinos (de -1,03% para -0,01%).
Consumidor e construção
Os preços também registraram alta para o consumidor, de 0,47% em média, ante deflação de 0,09% em setembro. A maior contribuição para a aceleração do índice partiu do grupo alimentação, cuja taxa passou de -0,97% para 0,83%. Destaque para os avanços registrados pelas taxas de hortaliças e legumes (de -7,88% para -2,13%), carnes bovinas (de 0,71% para 3,97), laticínios (de -3,22% para -0,21%) e arroz e feijão (de -2,88% para 3,17%).
Também tiveram alta as taxas dos grupos habitação (de 0,24% para 0,42%), saúde e cuidados pessoais (de 0,19% para 0,42%), vestuário (de 0,58% para 0,88%) e educação, leitura e recreação (de 0,11% para 0,17%). Apenas os grupos despesas diversas (de 1,02% para -0,14%) e transportes (de 0,10% para 0,08%) registraram decréscimos em suas taxas de variação.
Terceiro componente do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em outubro, taxa de variação de 0,77%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,95%. O grupo materiais apresentou desaceleração, passando de 1,78%, em setembro, para 1,47%, em outubro. O grupo mão-de-obra também teve sua taxa reduzida, de 0,27% para 0,12%. Em sentido contrário, o grupo serviços avançou de 0,23% para 0,64%.
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