A compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, operação que foi anunciada nesta quinta-feira (20), equilibra o "jogo" entre os grandes bancos do país, segundo avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele lembrou que, recentemente, o Itaú anunciou sua fusão com o Unibanco e, com isso, criou a maior instituição financeira não só do país, mas também da América Latina. "É bom porque equilibra o jogo entre os grandes bancos brasileiros. Aumenta a competição. É bom que o BB e a Caixa tenham um poder de competição com os grandes bancos brasileiros de modo a beneficiar os correntistas, os que tomam crédito no mercado. Vimos que é importante, em um momento de crise financeira como esse, termos bancos públicos fortes e importantes", disse Mantega.
Segundo ele, a aquisição também fortalece o Banco do Brasil, que passa a contar com mais 300 agências no estado de São Paulo, onde a instituição do governo federal tinha uma "presença pequena".
Questionado se o BB vai buscar recuperar a liderança de maior banco do país, perdida justamente com a fusão do Itaú com o Unibanco, Mantega respondeu que o importante é que a instituição financeira seja "forte".
"Que tenha um volume grande de crédito. [O BB] já tinha ativos de R$ 400 bilhões e, com a Nossa Caixa, vai para mais de R$ 450 bilhões. É um banco respeitável, que está entre os 20 maiores do mundo", afirmou.
Mantega lembrou ainda que o BB está autorizado, por meio da Medida Provisória 443, a fazer outras aquisições. Entretanto, disse que isso ocorrerá se houver "necessidade para ajudar o setor privado".
"Ele [BB] está habilitado a comprar algum banco privado. A MP 443 facilitou. Antes, a compra se daria por meio de troca de ações. Isso não seria mais possível porque o mercado acionário ficou conturbado e os valores patrimoniais ficaram muito defasados. Não teria dado para fazer na modalidade antiga. Mas a MP 443 acabou viabilizando operação", concluiu.
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