ONU determinou redução da pobreza mundial
pela metade até 2015.Para conter recessão,
Bird vai liberar recursos a emergentes.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, reconheceu, nesta sexta-feira (21), que a crise financeira mundial tornará "difícil" que se atinjam as "Metas do Milênio", acordo firmado em 2000 na Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a pobreza mundial.
"O mundo enfrenta o impacto da pobreza", completou, durante um encontro com parlamentares de todo o planeta, organizado pela assembléia nacional do Bird.
Zoellick acrescentou que o contínuo aumento dos preços dos alimentos pôs "mais 100 milhões de pessoas na pobreza" e um número ainda maior na desnutrição.
Em 2000, os países membros da ONU se comprometeram a reduzir a pobreza mundial pela metade até 2015 e a reduzir o número de pessoas desnutridas, assim como a garantir uma melhor assistência médica e um meio ambiente sustentável.
"Alguns países sofreram desvalorizações de suas moedas, o que encareceu suas importações, (...) estamos muito distantes dos recursos" necessários para alcançar esses objetivos", afirmou.
"A angústia e o medo (em razão da crise) podem se transformar em ódio" e "muitos países vivem um momento perigoso", política e socialmente, com o aumento do desemprego, por causa da crise, concluiu o Banco Mundial.
Recursos
Para minimizar os efeitos da crise nos países em desenvolvimento, o Banco Mundial, por meio do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), está disposto a quase triplicar o volume de desembolsos destinados aos chamados países de renda média como o Brasil, afirmou na quarta-feira (19) o economista-chefe da instituição, o chinês Justin Yifu Lin.
De acordo com Lin, o compromisso imediato do Bird é ampliar o volume de empréstimos para cerca de US$ 35 bilhões, ante os desembolsos de US$ 13,5 bilhões registrados no ano passado. Lin assegurou que a política de contrapartidas será mantida.
"De modo a minimizar os impactos dessa crise, o Banco Mundial dará passos concretos para ajudar os países em desenvolvimento", disse. A idéia é que o montante atinja a cifra dos US$ 100 bilhões nos próximos três anos.
(*) com informações da France Presse e da Agência Estado
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