Os professores da rede municipal de educação sentaram em mais uma rodada de negociação com a Prefeitura Municipal de Teresina. A reunião começou por volta das 16h desta segunda-feira (16) e se estendeu até o início da noite. Na negociação, as partes não chegaram a um acordo, mas já há um entendimento maior em relação ao principal ponto de reivindicação dos professores, o pagamento do piso nacional da educação. A greve, que já dura 70 dias, compromete o ano letivo das escolas da rede municipal de ensino.
A garantia da realização da reunião foi dada pelo Palácio da Cidade aos professores, como condição para que eles desocupassem a sede da Secretaria Municipal de Educação (Semec). O prédio ficou sob o comando dos grevistas por mais de 30h desde a última sexta-feira (13), quando foi tomada por um grupo de professores grevistas.
Uma comissão de dez professores se reuniu com o secretário municipal de governo, Paulo César Vilarinho; o secretário de administração, José Fortes e a promotora de justiça Leida Diniz, que negocia o fim do impasse entre professores e Prefeitura.
O presidente do Sindserm (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina), Francisco Sinésio, considerou positivo o resultado da reunião: "Pela primeira vez começamos a ter um entendimento em relação ao nosso principal ponto de discussão (o piso nacional). O secretário de governo confirmou que é possível sim o pagamento do piso, bastando utilizar os recursos do Fundeb (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica)".
Em virtude da ausência o prefeito Elmano Férrer, os membros da comissão de negociação marcaram outra reunião para quarta-feira (18), onde pretendem dar um fim definitivo para o impasse.
Nesta terça-feira (17), o Sindserm realizará mais uma assembléia para avaliar a possibilidade do fim da greve. A reunião será as 9h no Teatro de Arena.
Os professores reivindicam o pagamento do Piso Nacional da Educação, estabelecido pela lei federal n° 11.738. Segundo o sindicato, seria necessário um reajuste de 22,2% para que os vencimentos possam atingir o piso. No entanto, a Câmara Municipal aprovou, no último dia 4, a proposta da Prefeitura que concede o reajuste de 6,22% aos professores.
Fonte: portalodia.com
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