Representantes
do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm)
estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira (16), com os secretários
municipais de Administração, José Fortes, de Governo, Paulo César Vilarinho, a
secretária executiva de Comunicação Social, Cristiane Sekeff e com a promotora
Leida Diniz, para discutirem o entendimento acerca das reivindicações dos
servidores municipais da educação, que estão em greve há cerca de 70 dias. De
acordo com o presidente do Sindserm, Sinésio Soares, o secretário de Governo
sinalizou com a possibilidade de o governo municipal cumprir o piso nacional do
magistério de R$ 1.451, com o emprego dos recursos do Fundeb.
Representantes do Sindserm realizaram assembleia após reunião com o governo |
Sinésio
Soares contou que a comissão que foi constituída para a negociação com o
governo esperava a presença do prefeito Elmano Férrer, mas o gestor não pôde
participar da reunião, pois estava viajando. “Discutimos alguns pontos que
ainda não foram colocados em reuniões passadas, mas o ponto principal, que é o
motivo maior dessa greve de 70 dias , só pode ser resolvida quando o prefeito
resolver também cumprir a Lei Federal Nº 11.738, que estabelece o piso salarial
profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação
básica”, informou.
O
presidente do Sindserm disse que a reunião apontou para uma possível solução
dos impasses entre governo municipal e sindicato. “Pelo tom da conversa do
secretário de Governo, acreditamos que é possível chegarmos a um entendimento.
O secretário afirmou, e temos isso gravado, que para cumprir a lei basta a
prefeitura utilizar o dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação)”, revelou
Sinésio.
A promotora
de Justiça Leida Maria de Oliveira Diniz, que também esteve presente na
reunião, afirmou que o posicionamento do Ministério Público do Estado do Piauí
é pelo efetivo cumprimento da Lei Federal Nº 11.738, que estabeleceu o piso
salarial profissional do magistério e que elevou o piso para R$ 1.451. “Nós
entendemos que o piso é um vencimento básico. O Supremo Tribunal Federal já
deferiu uma decisão em que estabelece que o piso salarial haverá de ser
calculado sobre o vencimento básico, não incluindo portanto as vantagens
pecuniárias eventualmente recebidas por qualquer servidor”, esclarece.
Promotora Leida Diniz afirma que o pagamento do piso é uma obrigação e tem que ser cumprida |
Ainda de acordo com a promotora, o pagamento do piso é uma obrigação
legal,que devem ser cumpridos por Estados e municípios. “O não cumprimento
dessa lei deverá acarretar sanções, multas ou outras penalidades. O ano letivo
não pode ser prejudicado, pois a educação é um serviço essencial, que não pode
sofrer problemas de continuidade e é dever do Estado cuidar para que isso não
ocorra. Sendo assim, deixar de fornecer educação é ato de improbidade”,
conclui. Na próxima quarta-feira (18), às 16h, os representantes do Sindserm
voltarão a se reunir com o poder público municipal, dessa vez com o prefeito
Elmano Férrer. Nesta ocasião, a promotora Leida Diniz também estará mediando o
encontro.
Fonte: portalaz.com
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