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quinta-feira, 23 de junho de 2011

270 milhões de pessoas no mundo usaram drogas ilícitas em 2009

O Escritório das Nações Unidas para Crime e Drogas (Unodc) divulgou nesta quinta-feira (23) o Relatório Mundial sobre Drogas 2011, com dados sobre a produção, consumo e tráfico de drogas em todo o mundo.

A organização estima que, em 2009, entre 149 e 272 milhões de pessoas – cerca de 6% da população entre 14 e 65 anos – consumiram algum tipo de droga ilícita ao menos uma vez no ano, em todo o mundo. A quantidade de usuários de drogas, isto é, pessoas que consomem substâncias ilícitas regularmente, está entre 15 milhões e 39 milhões de pessoas no mundo. A maconha é, de longe, a droga mais consumida em todo o mundo. A organização estima que entre 125 e 203 milhões de pessoas no mundo consumiram a substância em 2009. A quantidade de cocaína e heroína consumida no mundo se manteve estável, mas o Unodc relata o aumento do uso de drogas sintéticas e o uso não medicinal de remédios.

O relatório não tem dados suficientes para estimar a quantidade de drogas produzidas, mas relata aumento na produção de ópio, e queda de 18% na produção de cocaína, principalmente na Colômbia. Segundo o relatório, o combate ao narcotráfico também cresceu. Entre 1998 e 2009, as apreensões de maconha, cocaína e heroína praticamente dobraram, e as apreensões de anfetaminas triplicaram.

O estudo identificou que a América do Norte, em particular os Estados Unidos, continua sendo o maior mercado de drogas do mundo. O principal problema da região é a cocaína: 37% dos usuários da substância no mundo vivem na América do Norte.

Brasil

Na América Latina, o Brasil é o principal mercado de cocaína, com cerca de 900 mil usuários da substância – 33% do consumo da droga na região. O país continua sendo um dos principais países de trânsito da cocaína que ruma para a Europa e os Estados Unidos.

A quantidade de apreensões de cocaína cresceu bastante no país, de 8 milhões de toneladas em 2004 para 24 milhões em 2009. Além disso, a quantidade de apreensões na Europa em que o Brasil estava envolvido passou de 25, em 2005, para 260 em 2009. O país também se tornou etapa de trânsito para a cocaína que entra na África.

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