RIO - Professores brasileiros das séries iniciais de ensino fundamental, a antiga escola primária, ainda usam métodos de ensino primários e pouco diversificados, abusando de aulas em que os estudantes se limitam a copiar textos do quadro-negro, mostra matéria publicada nesta quinta-feira no jornal O Globo. A constatação é de um estudo lançado mundialmente na quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com base em pesquisa realizada em 11 países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, a Argentina e o Chile.
O estudo "Uma visão dentro das escolas primárias", do Instituto de Estatística da Unesco, entrevistou diretores e professores. No Brasil, segundo a pesquisa, 40% dos alunos de séries iniciais têm, na maioria das vezes, aulas em que copiam conteúdos. Quase 20% aprendem recitando tabelas e fórmulas e 10%, repetindo frases.
O uso excessivo do quadro-negro fez o Brasil ser citado como um dos países que se utilizam de "métodos mecânicos" de ensino, em detrimento de aulas mais focadas na capacidade de compreensão. Só três países asiáticos e o Paraguai registram índice maior de uso da lousa. Outro problema é a falta de professores ao trabalho, o que prejudica 17% dos alunos brasileiros. Outros 11% convivem com atrasos freqüentes dos docentes. No conjunto dos países, os professores reclamam dos baixos salários e da falta de prestígio da profissão.
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