RIO - Grandes categorias, como petroleiros, bancários e metalúrgicos, que têm data-base no segundo semestre, se preparam para um embate mais acirrado. Tudo por conta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base para as negociações salariais, que acumula alta de 6,64% nos últimos 12 meses, conforme reportagem de Cássia Almeida e Fabiana Ribeiro, publicada, nesta quinta-feira, pelo jornal O GLOBO.
Desde 2004, a maioria dos acordos salariais está sendo fechada com ganhos acima da inflação. Em 2007, de acordo com o último levantamento do Dieese, 87,7% das negociações ficaram acima da inflação, que girava em torno de 4% ou menos. Os sindicatos dos trabalhadores avisam: não aceitam menos do que conseguiram em 2007, ou seja, ganho real em torno de 2%, mais a inflação acumulada.
Os bancários citam os lucros dos bancos e a expansão do setor para reivindicar nada menos do que ganharam em 2007, mas devem tentar até mais. Além disso, vão pedir reajuste maior para a cesta-alimentação, diante da alta dos alimentos de 14,63% nos últimos 12 meses.
O debate não será fácil. Magnus Apostólico, superintendente de Relações de Trabalho da Federação Nacional dos Bancos, diz que até o repasse total da inflação representará ganho real:
- Estamos trabalhando com inflação entre 6% e 7%. Um percentual acima da expectativa de alta de preços no próximo período de 4,5%.
Já na avaliação de Carlos Reis, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, as negociações podem ficar mais duras no segundo semestre. Até agora, nos acordos fechados em maio e junho, houve reposição integral da inflação, além de ganho real. Houve sindicatos que conseguiram reajuste acima de 11%.
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