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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Religiosos protestam no Senado contra projeto que torna crime preconceito contra homossexuais

BRASÍLIA - Cerca de 1.500 manifestantes católicos e evangélicos fizeram protestos em frente ao Senado nesta quarta-feira contra a possibilidade de aprovação do projeto que pune atos de discriminação contra homossexuais, já aprovado na Câmara. Com respaldo do senador Magno Malta (PR-ES), parte do grupo entrou na Casa e ocupou as galerias do plenário - vazio e sem sessão - para se manifestar. Malta apresentou um manifesto contra o projeto de lei foi aplaudido pelo grupo. Parte dos manifestantes que ficaram de fora do Senado tentou forçar a entrada, mas foi contida pelos seguranças. (Veja fotos dos protestos)
- Este projeto de lei cria um império homossexual, uma casta diferenciada. Pedem o que não foi dado aos negros, o que não está nos estatutos do Índio, do Idoso, do Deficiente Físico. Privilégios que a criança não tem - observou Malta, que integra a Frente da Família e considera o projeto inconstitucional: - É nojento discriminar. Mas não podemos concordar com um projeto eivado de inconstitucionalidades, que diz que, se você não der um emprego a um homossexual, vai preso, se demitir, vai preso, se discriminar o gesto afetivo, será preso.
O pastor Jorge Fadifarj, do Ministério da Fé, uma das lideranças dos manifestantes, disse que o Congresso está criando um "cidadão especial com mais direitos que os outros" e que "ser homossexual é um comportamento sexual, e não uma questão de minorias". Ele prometeu levar meio milhão de assinaturas contra a proposta. O religioso questionou o resultado da pesquisa do DataSenado, órgão próprio da instituição, que mostrou que 70% da população é a favor da criminalização da homofobia, como é chamado o preconceito contra os homossexuais.
- Isso é mentira, a população não sabe de nada disso -disse.
A relatora do projeto na Comissão de Assuntos Sociais, senadora Fátima Cleide (PT-RO), antecipou parecer favorável à proposta.
- A população desaprova a discriminação contra homossexuais. Infelizmente, alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar pessoas tementes a Deus.
Lei do DF garante a gays mesmos benefícios de casais heterossexuais
A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou projeto de lei complementar que garante aos parceiros homossexuais de funcionários do governo local os mesmos benefícios previdenciários de casais heterossexuais. A nova lei, que deverá ser sancionada nos próximos dias pelo governador José Roberto Arruda (DEM), foi criada para estabelecer novos critérios para a previdência dos servidores. Uma emenda apresentada pela bancada do PT incluiu a extensão dos benefícios às relações homoafetivas estáveis.

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