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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Técnicos em enfermagem do HUT protestam por reajuste

Os técnicos de enfermagem do Hospital de Urgência de Teresina - HUT aderiram a greve dos servidores municipais, que já dura 8 dias. Insatisfeitos com a proposta de reajuste que o prefeito ofereceu de 7%, os trabalhadores cruzaram os braços na tarde de ontem para reivindicar por melhores salários e condições de trabalho e realizaram uma manifestação em frente ao HUT.
A técnica Cléia Maria Oliveira disse que o salário que os técnicos de enfermagem recebem é de apenas R$ 503,21, inferior ao Salário Mínimo Vigente no País e com o reajuste proposto pelo prefeito ficaria em apenas R$ 538,00 o que, segundo ela, é impossível para manter o trabalhador.
O membro da diretoria do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), Eduardo Maia disse que os profissionais estão realizando uma paralisação de 48 horas, mas se nenhuma resposta for dada aos trabalhadores pela Prefeitura de Teresina, haverá greve por tempo indeterminado. Ontem o centro cirúrgico já estava trabalhando em condições reduzidas porque apenas 30% dos técnicos ainda estavam trabalhando.
Durante a manifestação na porta do hospital, as ambulâncias estavam sendo impedidas de encostar para deixar pacientes. A reivindicação dos técnicos em enfermagem além dos salários se deve também a fato da superlotação e do numero de pacientes que cada técnico tem que auxiliar no atendimento.
Cléia Maria afirmou que ontem mais de 100 pacientes aguardavam no pátio por atendimento e não tem profissionais para atendê-los. A rotina de trabalho no HUT obriga cada técnico atender 15 pacientes e tem dia que são mais de 30. "As nossas condições de trabalho são as piores e nossos chefes estão contra a nossa paralisação e estão nos ameaçando de nos demitir, mas não podemos nos intimidar diante da situação que vivemos", disse a técnica.
Maria Luiza Sousa que estava acompanhando uma paciente se mostrava revoltada com o atendimento do hospital. "A minha sobrinha foi operada e deram alta antes do tempo e a cirurgia ainda estava aberta. Agora ela retornou ao hospital e fica ai no pátio sem atendimento. O desprezo aqui é tão grande é que não existe nenhuma cadeira para o acompanhante sentar", reclama a usuária.
A reportagem do Jornal DIÁRIO DO POVO tentou ouvir a diretoria do Hospital para saber como se encontrava o atendimento devido a paralisação dos técnicos, a assessoria informou que a diretoria não se pronunciar a respeito do movimento de greve, mas que já estavam providenciando técnicos substitutos.

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