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quarta-feira, 25 de maio de 2011

AGORA VALE TUDO!

Meio Norte – Como o senhor responde às acusações de que estaria desmontando a educação em Teresina?
José Ribamar Torres – Acho o espaço nos meios de comunicação sagrado porque forma opinião e não pode ser usado para divulgação de informações falsas. Não posso usar este espaço para fazer defesa porque acho que os veículos de comunicação devem ser usados para formar a opinião pública de forma verdadeira. Vou usar para informar a sociedade, os professores, pedagogos, administradores, que são aqueles a quem devemos satisfação. A Constituição brasileira diz que a pessoa tem a liberdade de se expressar, mas não diz que tem que dizer a verdade. A verdade faz parte da personalidade e se forma na família. É uma construção de valores. Eu acho que os que escreveram que a educação está sendo desmontada deram um tiro no pé porque tudo o que está escrito no artigo vai contra a administração passada. Nós completamos apenas um ano. Vamos falar do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do MEC (Ministério da Educação e Cultura), que avalia o rendimento das escolas. Teresina foi bem avaliada, mas não significa que todas as escolas atingiram a meta, mais de 20 escolas não atingiram a meta do MEC, o que nós temos do IDEB é a média do que as escolas renderam. A média encobre as muitas escolas que obtiveram notas baixas por falta da qualidade de ensino.
MN – Como o senhor analisa os resultados do IDEB das escolas de Teresina?
JRT – Eu também faço parte do resultado do IDEB das escolas de Teresina, eu também faço parte da avaliação das escolas. Eu elaborei o Plano Decenal de Educação de Teresina, eu elaborei o Plano de Capacitação de Gestores, dei aula em todas as turmas de capacitação de gestores e dei aulas em todas as turmas de graduação para a formação de professores em convênio com a Universidade Federal do Piauí. A minha participação nesse IDEB foi direta, quero apenas dizer que o IDEB não é construção de gestores, gestores dão apoio, o IDEB é construção de quem está dentro da escola, como os professores que mesmo em situações precárias constroem os resultados. Essa avaliação é do Ensino Fundamental.
MN – Como é que ficou o resultado da avaliação do Ensino Infantil?
JRT – O MEC, Banco Mundial e a Fundação Carlos Chagas também realizaram uma avaliação do Ensino Infantil e Teresina tirou um pouco além da nota 2, ficou entre as três piores do país. Essa pesquisa foi encomendada pelo MEC. Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em Teresina as crianças de zero a cinco anos de idade são 56 mil e as que têm de dois a três anos representam a metade deste total. Na administração anterior, apenas 12% das crianças de dois a três anos estavam em salas de aulas. Sobre a nota baixa, eu fui receber em São Paulo em maio do ano passado, mas não divulgamos esse resultado porque o nosso compromisso é com a educação. O prefeito Elmano Férrer, ao saber desses dados, especificou que a educação era prioridade absoluta. Todos os projetos que a Semec tinha, nenhum foi encerrado, todos nós renovamos, estamos aperfeiçoando, demos continuidade. O que é bom não pertence a uma pessoa, pertence ao coletivo e quem faz este resultado é quem está dentro da escola. É bom que gestores, professores, funcionários fossem ouvidos porque todos os dados são ao contrário e sabem que não foram excluídos. Os principais gestores que saíram são comissionados normais. Toda administração tem sua equipe. Nós promovemos concursos e todos os professores foram chamados. Convocamos os 720 professores aprovados no concurso e estamos chamando os classificados. Valorizamos os concursos. Dos aprovados em concurso em 2009, convocamos 190 no ano passado e 161 neste ano. Fizemos concurso para 368 professores e convocamos os aprovados e classificados.
MN – Como o senhor analisa a acusação de que houve perseguição?
JRT – Não houve perseguição. A maioria dos cargos hoje são aqueles que já vinham. Inclusive nas escolas. Todos que saíram foram determinação do Ministério Público, que mandou encerrar em dezembro. Então a gente precisa dar essa informação. Em 18 anos de administração, os gestores anteriores deram zero de reajuste salarial em 1999 e 2001.
MN – O senhor foi acusado de não se apresentar ao trabalho na Semec. Como o senhor vê isso?
JRT – Atendo no meu expediente normal na Semec, atendo escolas e a comunidade. Terça-feira e sexta-feira visito as escolas para acompanhar obras e conversar com professores, quarta-feira é o dia de atender a comunidade, as associações e na quinta atendo os gerentes e no sábado eu vou às reuniões nas escolas. As coisas do meu interesse só interessam a mim. Quem pode dizer sobre atendimento é quem está lá. Todos os dias eu atendo dezenas de pessoas. Isso é uma forma de atingir um trabalho para tirar o melhor resultado. Não existe nenhum indício que o rendimento das escolas vai ser menor. Ao contrário, tudo indica que vai ser maior. Inclusive a avaliação de qualidade feita em novembro do ano passado já revelou resultado melhor do que era antes e o IDEB com certeza vai ser melhor. Em relação aos diretores, nenhum foi nomeado pelo prefeito, foram prorrogados os mandatos, a eleição teve de se ajustar a determinação do Superior Tribunal Federal, que especificou normas e que o tipo de eleição de antes não pode mais ser realizado e a Câmara Municipal já fez esta parte. Tem que acrescentar currículo e plano de trabalho. Nós temos escolas, que nunca tiveram eleição, agora toda escola mesmo que tenha uma sala de aula, vai ter eleição. São correções normais do processo. Todos os diretores vão ser escolhidos. Na administração anterior, 50% das 302 escolas públicas municipais não tiveram seus diretores escolhidos pelos professores, servidores, alunos e pela comunidade. Eram gestores terceirizados, eram professores sem concurso público. 50% dos diretores da administração anterior não foram escolhidos em eleições diretas nas escolas. Nós estamos realizando concurso para admitir professores e s e r v i d o r e s dentro da lei, aprovados em concurso, vamos realizar eleições para todos os diretores e o professor vai ganhar o piso nacional.

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