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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Psicólogos acompanham menino internado com agulhas no corpo

Hospital divulgou nota informando que estado de saúde
está estável.Segunda operação deve ser nesta semana,
mas ainda não há definição.
O hospital em Salvador onde está internado o garoto de dois anos com agulhas pelo corpo divulgou nota no fim da tarde desta segunda-feira (21) informando que o estado de saúde dele está estável. Segundo a nota, o menino está sendo acompanhado por psicólogos do hospital. Ele não tem mais febre, respira sem a ajuda de aparelhos e já começou a comer alimentos sólidos.

O menino não pode sair da cama desde que passou pela primeira cirurgia para a retirada de quatro agulhas, na sexta-feira (18). Em companhia da mãe, ele ganhou brinquedos de funcionários do hospital e de pessoas que foram visitar outros pacientes. Os presentes e a televisão da UTI ajudam a distraí-lo enquanto espera pela segunda cirurgia, que deve acontecer nesta semana, mas ainda não tem data definida.

A segunda cirurgia para retirar mais agulhas -desta vez, no abdome, localizadas na bexiga e no intestino-, foi adiada na noite de domingo. “Vamos acompanhar a evolução dele e essa avaliação será feita diariamente. Há uma chance de ele ser operado na quarta-feira, mas ainda precisamos ver até lá como ele se comporta, se tem alguma febre ou evidência de infecção, por exemplo”, disse ao G1 Roque Aras, diretor-médico do Hospital Ana Neri. Nesta segunda, o garoto passou por exames de rotina.

Primeira cirurgia

A equipe médica retirou, na sexta-feira, quatro agulhas do corpo do menino, em uma cirurgia que durou cerca de cinco horas. O procedimento foi considerado bem-sucedido.

Foram retiradas duas agulhas que perfuraram o pulmão esquerdo e outras duas que ameaçavam o coração do menino. Também foi feita uma correção da válvula mitral, atingida por uma das agulhas que ameaçavam o coração.

A equipe médica teve que abrir o tórax da criança, para trabalhar num pulmão e no coração. O sangue foi bombeado com a ajuda de aparelhos. Pinças foram usadas para retirar as agulhas que comprometiam órgãos vitais.

Cinco médicos, ente cirurgiões, cardiologista e pediatras participaram do procedimento cirúrgico.

Ritual

De acordo com a polícia, o padrasto e duas mulheres são suspeitos de enfiar as agulhas no corpo da criança como parte de um ritual religioso. Os três estão presos. Ao Fantástico, o padrasto disse que comprava as agulhas para a suposta amante enfiar no corpo do garoto. Eles seriam orientados por uma religiosa. As duas mulheres negaram envolvimento. A prisão temporária dos suspeitos foi prorrogada por mais cinco dias.

"Colocava um pouquinho de vinho mais forte e água e dava ao menino. Ele bebia e desmaiava. Aí, colocava as agulhas", contou o padrasto. "Fiz isso duas ou três vezes por semana, durante um mês."

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