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sábado, 5 de dezembro de 2009

Desemprego é apontado pelo jovem como o maior problema

A população jovem de Teresina representa 31,5% de seus habitantes. Porcentagem que, em números, corresponde a 273.000 cidadãos que se enquadram na faixa etária de 15 a 29 anos, segundo os dados da secretaria municipal da Juventude de Teresina - Semjuv. As dificuldades que a juventude enfrenta para conseguir um emprego podem refletir no crescimento de algumas das mazelas sociais como o ingresso na criminalidade, início do uso de entorpecentes, aumento na incidência de homicídios praticados por jovens, dentre outros.

Pesquisa divulgada recentemente pelo portal nacional IG revela algumas das aspirações que os jovens brasileiros consideram como mais importantes para suas perspectivas de vida. Um total de 89% dos jovens do país espera obter sucesso profissional. 87% desejam ter um bom emprego. 83% aguardam que no futuro tenham condições de sustentar sua família. E um dado animador. Apesar das dificuldades de ingressar no mercado de trabalho, das crises financeiras que assolam o mundo propiciando o fechamento de várias empresas e indústrias multinacionais, 74% dos jovens brasileiros são otimistas com relação ao futuro.

Mayara Siqueira é um destes jovens com grandes anseios quanto ao futuro. Com 24 anos de idade, ela diz que há quatro meses vem buscando uma oportunidade de emprego, deixando currículos em vários locais do Centro comercial de Teresina, mas, até o momento, não obteve êxito. "Todos os dias travo uma batalha pessoal. Depois que conclui o ensino regular venho buscando um espaço no mercado de trabalho. Acordo às 6h para percorrer o Centro e os shoppings da cidade a fim de achar um cartaz com o aviso: 'Estamos contratando' escritos em letras garrafais", brinca a desempregada diante de uma situação qualificada por ela de 'nada cômoda'.

"Moro com meus pais, e se não fossem eles não sei o que se-ria de mim. Eles me ajudam muito, mas pretendo garantir minha independência o mais cedo possível, porque é ruim ficar em casa sem ter o quer fazer e dependendo de pai e mãe", desabafa.

Situação bem parecida é comentada por Márcio Lopez. Ele cursa o 3º ano do Ensino Médio em uma escola pública, localizada na zoa Norte de Teresina e diz viver um momento de incertezas.

"Com a conclusão do Ensino Médio não sei bem como será o próximo ano. Gostaria muito de conseguir ingressar na universidade, mas estou pouco confiante. Acho que o jeito é ir atrás de um emprego. Pelas experiências de alguns amigos vejo como é difícil ter uma chance de emprego em Teresina, porque a cidade não oferece grandes oportunidades", define o estudante.

DIPLOMA - Ter um diploma de curso superior no Brasil ainda é privilégio de poucos. Ingressar nas universidades continua sendo um dos maiores desejos entre os jovens por ser uma garantia de uma melhor qualificação e ser um diferencial entre as demais pessoas no mercado de trabalho.

Apesar de poucos jovens concluírem o ensino superior, ter um diploma hoje em dia não trás muitas garantias de emprego com o final da graduação. As exigências ficam maiores e, em algumas profissões, a graduação já não é suficiente.

A recém formada em bacharel em Direito Larissa Valente diz que depois que saiu da faculdade busca ingressar na carreira pública, que implica uma rotina de estudos árdua. "Almejo carreiras jurídicas (delegado de polícia, ministério público, defensoria pública, advocacia geral da união) terei que estudar bastante, no mínimo quatro horas diárias para conseguir aprovação num concurso público", exemplifica a bacharel. Ela afirma que diploma não é garantia de emprego fácil e que os estudos continuam por toda a vida.

"Um diploma de graduação não é mais garantia para ninguém. A quantidade de graduados é maior que o número de empregos. Não há vagas para todos. Com o surgimento de inúmeras faculdades particulares, com cursos de graduação a preços acessíveis, aumentou o contingente de graduados no mercado de trabalho, assim as pessoas devem procurar cursos de especialização em suas respectivas áreas, a fim de se diferenciar dos candidatos comuns, ou seja, aqueles que só possuem uma graduação em curso superior", pontuou Larissa Valente.

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