Julgamento será no dia 22, às 13h.
Casal é acusado de matar Isabella, de 5 anos.
Foi divulgada na noite desta terça-feira (15) a data do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar Isabella, de 5 anos, no dia 29 de março de 2008. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o juiz Mauricio Fossen, do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, marcou o júri para o próximo dia 22 de março, às 13h.
O magistrado relata na decisão que “todas as perícias complementares solicitadas foram realizadas, assim como seja permitido o acesso das partes às provas que integram o processo”.
Caso
Isabella Nardoni morreu após ter sofrido esganadura e ter caído da janela do sexto andar de um apartamento na Zona Norte da capital, na noite de 29 de março de 2008. Para a Promotoria, a madrasta agrediu a criança, que tinha 5 anos na época, e o pai a jogou do quarto até o chão.
O motivo apontado pelo Ministério Público é uma discussão. Alexandre e Anna Carolina negam que tenham matado Isabella. Eles afirmaram à época que um desconhecido entrou no quarto da menina e a matou. Essa pessoa nunca foi encontrada pela polícia. Recentemente, os defensores do casal cogitaram a possibilidade de ter ocorrido até mesmo um acidente doméstico com a garota: Isabella poderia ter caído sozinha da janela.
O advogado de defesa dos Nardoni, Roberto Podval, afirmou ao G1 que até as 20h30 desta terça-feira ainda não tinha sido notificado oficialmente da decisão do juiz Mauricio Fossen.
De acordo com Podval, algumas questões ainda precisam ser resolvidas até o julgamento, como a realização de um novo teste de DNA e que isso é prioridade. O advogado do casal disse que a amostra que o Ministério Público afirma ter sido colhida dos acusados de matar Isabella, e que está no Instituto de Criminalística (IC), não é sangue, mas sim urina.
“Nosso foco não é adiar [o julgamento], mas que sejam feitas essas diligências [o novo teste]”, afirmou Podval.
Ele protocolou um pedido para a realização de novos testes de DNA. Na quarta (9), o Instituto de Criminalística divulgou o resultado do exame de DNA que comprovou que o material genético que está guardado no instituto desde 2008 pertence mesmo ao casal.
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