Goel Ratzon tinha 32 mulheres, com as quais teve 89 filhos.
Testemunhas dizem que ele as tratava como escravas.
Preso pela polícia de Tel Aviv sob suspeita de estuprar e escravizar suas mais de três dezenas de esposas, Goel Ratzon, de 59 anos, vivia como um sultão. O prédio, agora vazio e vigiado pela polícia, era um dos endereços de Ratzon. Espalhadas pelos vários apartamentos do edifício, moravam 17 de suas 32 mulheres e 39 dos 89 filhos que se estima que ele tenha tido com elas. Veja o site do Fantástico Um dos vizinhos diz que conhecia Ratzon e que via frequentemente as mulheres e as crianças circulando pela rua. Ele afirma que não havia brigas, que eram vizinhos normais. Mas concorda que era uma situação absurda.
Imagens feitas pela polícia e por uma emissora de TV mostram o momento em que Goel Ratzon foi preso. Acusado de abuso sexual, ele foi levado à corte de Justiça e está preso por tempo indeterminado. As mulheres prestaram depoimento e foram encaminhadas a abrigos junto com as crianças.
Algumas testemunhas disseram que Goel Ratzon tratava as mulheres como se fossem escravas. Ele nega, mas admite que as obrigava a seguir seus princípios, leis e ordens. E também ganhava dinheiro com isso. Todas as mulheres estão inscritas no Ministério da Segurança Social de Israel como mães solteiras. E, como tal, recebem ajuda financeira do governo. Por isso, no fim de cada mês, Goel Ratzon, que não trabalha, embolsava uma quantia equivalente a R$ 40 mil. Para evitar confusão, ele criou um "livro de regras", com multas para quem desrespeitasse suas leis. Por exemplo, nenhuma mulher podia falar de maneira arrogante com outra, sob pena de ser multada em R$ 1 mil. É o mesmo valor para discussões ou brigas entre elas. Já quem demonstrasse preguiça recebia multa de R$ 100. A vizinha diz que as mulheres eram impedidas de conversar com estranhos, principalmente homens, incluídos aí seus próprios irmãos. Em um documentário da TV israelense, Ratzon aparece dizendo que tem todas as qualidades que uma mulher pode querer e que se considera "perfeito".
Uma das mulheres garante que ele é o messias que todos esperam, só que ainda não se revelou. Todas levam o nome dele tatuado no corpo.
Na época, ele disse que havia 60 crianças no prédio e muitas mais em outros lugares. Foi em 1993 que Ratzon começou a colecionar mulheres, depois de ter uma "revelação" de que deveria servir a Deus desta maneira. Ele só não foi preso antes por poligamia, proibida em Israel, porque não é legalmente casado com as mulheres. Suas "esposas" têm idades variando entre 17 e 50 anos e uma noção perigosa de fidelidade. A jornalista pergunta sobre uma mensagem de texto recebida pelo celular de Goel Ratzon. É de uma das mulheres dizendo que se suicidará, se algo acontecer com ele.
O sultão israelense é visto no filme dizendo que, se for ferido pelo poder público, as mulheres devem se vingar, mesmo que para isso tenham que derramar o próprio sangue. Ao que uma delas responde: “Já disse que estou com você seja na água ou seja no fogo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário