O deputado afirmou que a medida excluiria servidores que ganham menos e
os que estão diretamente envolvidos no combate à doença.
A declaração
foi feita em entrevista à Rádio Bandeirantes. O deputado afirmou que a medida
excluiria servidores que ganham menos e os que estão diretamente envolvidos no
combate à doença.
Maia defendeu que Legislativo, Executivo e Judiciário avaliem a
alternativa nos próximos dias e tomem uma decisão sobre o tema. Segundo o
presidente da Câmara, os salários pagos a servidores dos três Poderes são da
ordem de R$ 200 bilhões por ano.
"Têm salários mais baixos, têm salários mais altos, acima da média
dos 10% que ganham mais no Brasil. Então eu acho que a gente consegue uma
economia, se você olhar uns R$ 18 bilhões por mês, se você tirar 15% a 20%,
você vai ter uma economia de três meses que ajuda", afirmou. Conforme os
dados citados pelo deputado, isso geraria uma economia mensal que poderia
chegar a R$ 3,6 bilhões.
O presidente da Câmara ressaltou que o volume de recursos necessários
para o combate ao coronavírus é muito superior -em entrevista na segunda, disse
que poderia chegar a R$ 400 bilhões. "Mas tem certas horas que não é só o
valor, é o simbolismo dado daqueles que têm uma proteção maior e que estão
colaborando com a sociedade brasileira."
Na entrevista, ele também falou sobre as votações que devem ocorrer na
Câmara e que envolvem medidas para contornar a crise sanitária.
De acordo com ele, a votação, remota, deve incluir itens como a PEC
(Proposta de Emenda à Constituição) que segrega o Orçamento fiscal do Orçamento
de ações voltadas ao combate da pandemia.
"Muitas crises, as pessoas vêm com soluções que são para curto
prazo e elas se estendem para sempre, beneficiando setores A, B e C que fizeram
uma pressão maior naquele momento", disse. "A gente precisa segregar
para ter certeza que o orçamento do próximo ano não estará contaminado pelas
despesas que estão sendo criadas neste momento para o enfrentamento da
crise."
Na pauta também está um projeto na área social, de auxílio de R$ 200 a
trabalhadores informais. "Estamos avaliando se o valor é esse ou se vamos
trabalhar com alguma contraproposta. Estamos terminando esse texto hoje".
Maia quer votar ainda projetos de telemedicina e a flexibilização de
ações demandadas por médicos.
O presidente da Câmara também avalia ser possível votar até sexta-feira
(27) o chamado Plano Mansueto, pacote de socorro financeiro da União vinculado
a medidas de ajuste fiscal.
"Acho que o estado precisa estar preparado para garantir esses primeiros
meses, 60 dias. Não há outro caminho e o Parlamento vêm dando as condições que
o governo precisa. O estado de calamidade foi aprovado muito rápido, e isso
abre um espaço para que o governo possa gastar", disse.
Fonte: Folhapress
https://www.portalodia.com/noticias/brasil/coronavirus-maia-defende-corte-de-ate-20-no-salarios-de-servidores-375475.html
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