Além disso, assim como em muitos outros estados dos EUA,
não existe no estado um registro completo das armas em poder de civis
Efe e AFP
O estado de Connecticut, onde nesta sexta-feira um tiroteio em uma escola na cidade de Newtown matou 27 pessoas, entre elas 20 crianças, não exige nenhum tipo de permissão oficial para a posse de rifles ou pistolas, e só requer que o dono seja maior de 21 anos.
Além disso, as leis estatais também não pedem nenhuma permissão especial para a compra de rifles ou escopetas, apenas para a aquisição de pistolas, e, como em muitos outros estados dos Estados Unidos, não existe em Connecticut um registro completo das armas em poder de civis.
A Segunda Emenda da Constituição dos EUA confere aos cidadãos do país o direito de possuir armas de fogo e a Suprema Corte americana sempre deliberou a favor da medida - diante de tentativas de Estados e cidades de limitá-la. Isso contribui para que os EUA sejam o país do mundo em que mais civis possuem armamento.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que entre 270 milhões e 300 milhões de armas de fogo estejam nas mãos dos americanos. Já o levantamento da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), que defende a Segunda Emenda, afirma que mais de 300 milhões de armas estejam nas mãos da população.
Pânico
Em seu primeiro mandato, Barack Obama manteve silêncio sobre a questão. Em setembro de 2008, antes de ser eleito, ele prometeu: "Não vou retirar suas armas". No ano seguinte, ele firmou uma lei que ampliou o direito de portar armas nos parques nacionais do país.
Segundo uma pesquisa Gallup realizada no fim de 2011, 73% dos americanos são contra a proibição das armas de fogo para cidadãos que não integrem forças de segurança ou não possuam autorização específica. A mesma sondagem mostrou que 26% dos cidadãos são favoráveis à proibição do acesso da população a armas de fogo, a menor porcentagem de opiniões contrárias a armamentos já registrada no país. Há 20 anos, 41% dos americanos eram a favor da restrição.
Crítica
"A única maneira de honrar essas crianças mortas é exigir uma regulamentação rígida para as armas, o livre acesso a cuidados psiquiátricos e o fim da violência como programas de política pública", tuitou o documentarista Michael Moore, autor do filme Tiros em Columbine, de 2002, em que o cineasta comprova a facilidade de ter acesso a armas nos EUA discutindo o massacre que deixou 13 mortos em uma escola do Colorado, três anos antes. Moore criticou ainda as declarações do porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, que afirmou que ontem não era o dia para se discutir uma regulamentação da posse de armas de fogo no país (mais informações nesta página). "Quando será o momento, então?", questionou o cineasta.
Fonte: estadao.com.br
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