Brasília, 15 ago (EFE).- O argentino Carlos Alberto Quaglia, o
único estrangeiro entre os 38 acusados no julgamento do mensalão, foi excluído
do processo nesta quarta-feira depois que o Supremo Tribunal Federal considerou
que seu direito à defesa foi prejudicado.
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Segundo os
argumentos aceitos pelos magistrados, o acusado mudou de advogado nas fases
iniciais do processo, que começou há quase seis anos, mas isso não foi
devidamente registrado pelo tribunal e o primeiro defensor continuou sendo
citado.
Perante essa ausência, Quaglia foi representado por um advogado
designado pela Defensoria Pública, que hoje pediu que fosse excluído do
julgamento, porque "a defesa foi prejudicada" ao não ter podido
acompanhar de forma devida todos os passos do processo.
O STF, por votação unânime dos 11 magistrados, aceitou as
alegações do defensor público e concordou em excluir seu caso do julgamento,
para remetê-lo então a um juizado inferior.
Quaglia, de nacionalidade argentina e radicado há décadas no
Brasil, era dono de uma casa de câmbio que, segundo a acusação, foi usada em
diversos movimentos financeiros pelo PT, que inclui desde supostos subornos de
deputados e financiamento ilegal de campanhas.
Por suas supostas implicações no assunto, Quaglia foi acusado pela
Procuradoria Geral pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Com a decisão adotada hoje, o processo passa a ter agora 37
acusados, entre os quais estão três ex-ministros do governo do então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-deputados e empresários.
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