BRASÍLIA, 20 Ago (Reuters) - Depois de dias de incertezas até
mesmo entre os ministros da Corte, ficou definida nesta segunda-feira a
sequência com que o Supremo Tribunal Federal julgará a ação penal do chamado
mensalão, em uma proposta de capítulos feita pelo relator do processo, Joaquim
Barbosa.
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A próxima
sessão, na quarta-feira, será reservada para o voto do revisor do processo,
Ricardo Lewandowski, que não tem limite de tempo para apresentar suas
considerações sobre o capítulo três da acusação, que trata sobre supostos
desvios de recursos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil por meio de
contratos com agências de publicidade.
A expectativa é que Lewandowski utilize pelo menos duas sessões,
como fez o relator.
A ordem dos itens avaliados, que seguem os capítulos da denúncia
feita pelo Ministério Público Federal, teve que ser esclarecida por Barbosa a
pedido do presidente da Casa, Carlos Ayres Britto, ao final da sessão desta
segunda, já que os integrantes da corte manifestaram não saber qual o caminho
adotado.
"A divisão por capítulos foi feita em decorrência da minha
preocupação com clareza e compreensão por todos. Tudo tem uma lógica",
disse Barbosa ao final da sessão.
Na sequência ao voto de Lewandowski, os demais nove ministros da
Corte apresentam seus votos sobre o mesmo tema --o suposto desvio de recursos
por meio contratos publicitários das empresas ligadas a Marcos Valério,
considerado o principal operador do suposto esquema.
Barbosa explicou a jornalistas ao final da sessão que começou por
este item por considerar que ele trata da "origem do dinheiro".
"Este é o item maior, mais complicado", disse Barbosa a
jornalistas, avaliando que nos demais capítulos ele deve levar menos tempo
--utilizou duas sessões inteiras para ler seu voto.
Os próximos capítulos a serem avaliados também seguem as divisões
feitas pela denúncia. Após o item três, será avaliado o cinco, que segundo o
próprio relator trata de empréstimos bancários. Depois os ministros voltarão ao
capítulo quatro, sobre evasão de divisas, passando em seguida para os itens
seis, sete e oito.
O último capítulo a ser votado é o item dois, que trata do núcleo
político e formação de quadrilha.
"Há uma lógica interna nisso, é muito mais racional",
disse Barbosa.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com
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