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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Maioria dos sindicatos de bancários aceita proposta e encerra greve

Assembleias foram realizadas na noite desta

segunda-feira em todo o país. Funcionários da Caixa rejeitaram

a proposta em Florianópolis e Porto Alegre.

O Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou na noite desta segunda-feira (17) que a maioria dos sindicatos de bancários do país aprovou a nova proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), bem como as específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Com isso, os bancários retornam ao trabalho nesta terça-feira na maior parte do país.

Segundo a Contraf, em assembleias realizadas nesta segunda-feira, as propostas foram aceitas em cidades como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Campinas, Uberaba, Londrina, Criciúma, Blumenau, Teresópolis, Vitória da Conquista e Dourados, Campina Grande, entre outras.

Nas cidades de Florianópolis, Porto Alegre e Chapecó (SC), os funcionários da Caixa rejeitaram a proposta. Em Porto Alegre, os funcionários do Banco do Brasil marcaram uma nova assembleia para esta terça-feira.

Os funcionários do Banrisul, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) continuam paralisados, cobrando avanços nas negociações específicas.

Segundo balanço divulgado pelo comando da greve, às 21h50, 55 sindicatos já tinham informado que aprovaram a proposta e decidiram encerrar a greve. Segundo a Contraf, só nesta terça-feira será possível divulgar um balanço geral. Os resultados já anunciados pelo país podem ser acompanhados no site da Contraf-CUT.

Em São Paulo, parte das agências já abriram as portas nesta segunda-feira. Em cidades como Curitiba e Criciúma o acordo já tinha sido aceito, no domingo.

A greve começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

Reajuste de 9%

O acordo entre a Fenaban e os representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ocorreu na noite de sexta-feira (14). A proposta prevê 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.

Ficou acertado também melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).

"Foi possível arrancar conquistas importantes, como aumento real pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, maior participação nos lucros e avanços nas condições de trabalho e segurança", avaliou, em comunicado Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Derrotamos a visão equivocada de que salário gera inflação", acrescentou.

Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.

Histórico

Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.

Na quinta-feira, 9.254 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados em todo o país, segundo balanço da Contraf. O número equivale a 46,1% dos 20.073 estabelecimentos do país.

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