O promotor informou que existem mais de um "figurão"
no PMDB que pode estar envolvido no caso Fernanda.
O promotor Eliardo Cabral, durante entrevista no Jornal do Piauí desta segunda-feira (24), respondeu as críticas do deputado federal Marcelo Castro. Para o promotor, existem mais de um “figurão” do PMDB no Piauí e reafirmou que recebei intimidações do parlamentar.
“O que me espanta é que uma pessoa que não está sendo investigada em nada venha a TV chamar um promotor de mentiroso. Ele fez uma tentativa de obstruir o meu trabalho, me intimidando. Há mais elementos, mas eu me reservo a não dizer”, disse Eliardo.
O promotor relembrou, ainda, sua história no serviço público e comentou suas estatísticas que apontam para o índice de 92% de condenações perante o universo de 232 júris. Ele também informou novos rumos das investigações.
“Estamos investigados informações: sobre história de que um figurão que teria introduzido uma garrafa nos órgãos sexuais de uma menor, sabemos agora que foi uma pilha; sobre a prática de bacanais, há quem comprove é só investigar mais; sobre o ‘apagão’ que Fernanda sofreu antes da queda, foi comprovado que ela tinha alto índice de álcool no sangue, ela não chegou sozinha à obra, levaram ela. Será que com toda aquela pancadaria ela conseguiria reagir? Sobre a hipótese de tráfico de mulheres: nunca acusamos ninguém, havia a possibilidade e ela será investigada; sobre queima de arquivo, temos essa hipótese, estamos esperando o netbook dela porque a perícia disse que pode recuperar imagens apagadas. Eu não estou jogando meu tempo fora. Estou trabalhando”, informou Eliardo.
Ubiraci Rocha defende Eliardo
O promotor Ubiraci Rocha garantiu que o Ministério Público não está fazendo investigação paralela. “Estamos checando pontos que ficaram obscuros na investigação da polícia. Temos a responsabilidade de exaurir todas as possibilidades. Se comprovada que não há participação de um suspeito, que ele seja excluído e outros sejam convocados”, garantiu.
O promotor também explicou porque nem ele, nem Eliardo Cabral, andam apresentando provas para embasar suas falas na imprensa. “Todo processo tem dois momentos: estamos na fase de colheita de provas. Depois faremos a exposição”, esclareceu.
Sobre suspeitos
O Ministério Público trabalha com três perfis de suspeitos. “Um já colheu material genético que foi enviado para a Paraíba, o segundo cedeu material para análise, mas não acreditamos que ele esteve na cena do crime. O terceiro deve ceder DNA ainda nesta semana, que deve ser analisado aqui mesmo em Teresina para que o processo ande mais rápido”, disse Eliardo Cabral.
Desafio de Nazareno Thé
O promotor Eliardo Cabral respondeu ao desafio do advogado do engenheiro Jivago Castro, Nazareno Thé, e topou participar de um debate com o jurista. “Agora, só tenho uma condição: estar com o dossiê que está realizado na Paraíba sobre esse cidadão [Nazareno] quando era delegado naquele Estado”, contou.
Na próxima terça-feira (25), vence o prazo para a conclusão do inquérito policial que investiga a morte da estudante Fernanda Lages.
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