Caso Fernanda no Jornal Nacional: PF vai ajudar na investigação de morte de jovem em Teresina (PI)

O corpo da estudante foi encontrado em um prédio

em construção, do Ministério Público Federal, em uma

movimentada avenida de Teresina.

O Ministério da Justiça autorizou a Polícia Federal a entrar na investigação sobre a morte de uma jovem de 19 anos, há dois meses, em Teresina. O pedido foi feito pelo governo do Piauí.

O corpo da estudante de Direito Fernanda Lages foi encontrado em um prédio em construção, do Ministério Público Federal, em uma movimentada avenida de Teresina. Delegados da Comissão estadual de Combate ao Crime Organizado assumiram as investigações. Três pessoas que trabalham na obra e outra de um canteiro vizinho chegaram a ser presas, mas foram soltas depois de cinco dias. O inquérito foi concluído em dois meses, mas a polícia não apontou suspeitos.

“Neste momento, o que nós temos para apresentar é que não há nos autos nada que identifique um autor material, um autor intelectual desse suposto crime”, afirmou o delegado Paulo Nogueira.

Inconformados com o resultado da investigação, parentes e amigos da estudante fizeram uma caminhada nesta quarta-feira (26), que reuniu duas mil pessoas.

“Eu nunca saí da minha casa por manifestação nenhuma, mas hoje eu me senti na obrigação de vir porque eu estou envergonhada dos homens que dizem que são muitos sérios neste lugar. Cadê a seriedade?”, indagou a funcionária pública Maria Telma Lima.

A família exige uma resposta. “A população esperava outra coisa e eles não mostraram nada”, criticou um homem.

O governador do Piauí, Wilson Martins, pediu ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal entre no caso. O governador solicita uma análise do inquérito apresentado pela Polícia Civil. O ministro José Eduardo Cardozo já concordou com o pedido.

“Nós queremos resolver. Em razão disso, nós queremos a participação de todas as instituições que possam estar envolvidas: Ministério Público estadual, Ministério Público federal, a Polícia Federal, enfim, todos os organismos que possam nos ajudar a elucidar essa morte”, concluiu o secretário de Governo Wilson Brandão.