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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Escola municipal teve a melhor nota do Ideb

A Escola Municipal Laurindo de Castro, situada na zona rural de Teresina, conquistou a melhor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Piauí. A escola ficou com 7,7, enquanto a média entre as escolas do município ficou em 5,2, a primeira das capitais nordestina e quinta nacional. A escola atende a 138 alunos, dos ensinos Infantil e Fundamental, com idades de 4 a 13 anos, e funciona no povoado Fazenda Boqueirão, há mais de 30 anos. Essa foi a primeira vez que a escola foi avaliada através do Ideb, mas, antes disso, já se destacava em avaliações realizadas pela Secretaria Municipal de Educação.
"A Escola Laurindo de Castro sempre fica entre as sete melhores da capital, desde que começamos as avaliações, em 1997. Porém, só em 2009 que o Ministério da Educação passou a avaliar as escolas da zona rural e mais uma vez ela foi destaque", afirmou a gerente de ensino Fundamental da Semec, Luisa Moreira.
Em visita à escola, a reportagem encontrou um cenário bem diferente de algumas escolas da rede pública, a começar pela estrutura física do colégio. Seja nas salas de aula, no pátio, na cantina ou na mini-biblioteca, sempre há pelo menos um cartaz que ajuda a tornar o ambiente mais agradável e receptivo.
Nas salas de Educação Infantil, a professora senta junto com os alunos, durante as lições de classe, que são complementadas no "cantinho da leitura". É justamente nesse local que as crianças começam a ter o primeiro contato com o livro.
A diretora Maria Pereira, que está há 14 anos no comando da escola, diz que a boa avaliação é resultado de um trabalho conjunto, que começa antes do aluno entrar na escola. "Do agente de portaria ao diretor, trabalhamos em prol da aprendizagem. Fazemos o possível para recepcionar bem os alunos e isso começa ainda dentro do ônibus", afirma.
Durante o recreio, as crianças ainda são monitoradas por pedagogos, que estimulam o resgate de brincadeiras tradicionais, a exemplo das brincadeiras de rodas. "Além das aulas, realizamos alguns projetos, como oficinas de leitura e gincanas recreativas e educacionais", diz a pedagoga Maria Osana.

Participação da família é um diferencial na escola municipal
A participação dos pais na escola é outro diferencial apontado pela diretora. "Temos uma boa relação com a família. Quando é necessário convocamos os pais e ainda vamos buscá-los em casa. A contribuição deles é muito importante", diz Maria Pereira.
Esse acompanhamento, segundo ela, ultrapassa ainda as barreiras da escola. "Quando uma criança está faltando na escola, o vigia vai até a casa do aluno para saber o que está havendo. Se for um problema de saúde, convocamos alguém do posto de saúde para atendê-la", completa. O resultado disso é uma evasão inexistente e um índice de reprovação bem abaixo do esperado. Na equipe formada por cinco professores, todos têm curso superior e quatro já concluíram cursos de pós-graduação na área. Além disso, eles ainda participam dos cursos de formação continuada oferecidos pela Semec.
"Essa nota pertence ao grupo todo que trabalha aqui e é um incentivo para continuarmos. Aqui também é a nossa família e um pedaço de nossas casas", destacou a diretora.
A gerente de ensino Fundamental de Semec, Luisa Moreira, diz que é muito difícil se conseguir uma nota assim numa avaliação externa. Entre as escolas do município do 1º ao 5º ano, a média alcançada junto ao Ideb foi 5,2, enquanto no segundo segmento, do 6º ao 9º ano, a nota foi 4,8. "Por conta disso, Teresina ficou em quarto lugar entre as capitais do país no primeiro segmento e no segundo ficou em 2º lugar. Sendo que nos dois segmentos Teresina ficou em primeiro lugar entre as capitais do Nordeste", destacou.
O índice leva em consideração a nota obtida na Prova Brasil, que avalia os alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Além disso, o MEC avalia a evasão escolar e o índice de aprovação. Luisa Moreira diz que essa política de aproximar a família da escola já está presente em toda a rede e os resultados são bastante positivos. "Quando é necessário nós chamamos os pais para discutir a freqüência do aluno. Os pais tem que entender que eles são responsáveis por isso. O desempenho do aluno é monitorado", concluiu.

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