Seja bem vindo(a) ao nosso blog!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

'Sou osso duro de roer', diz ministro do Trabalho sobre denúncias

Reportagem apontou suposto desvio de recursos

no Ministério do Trabalho. Carlos Lupi, do PDT,

quer se reunir com bancada do partido e com Dilma.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (7) que seu cargo está à disposição da presidente Dilma Rousseff, mas que é "osso duro de roer" e vai cobrar apuração das denúncias envolvendo a pasta.

"O cargo está sempre à disposição da presidente. Agora, eu sou osso duro de roer. Eu quero ver até onde vai essa onda de denuncismo. Eu quero que se apure com profundidade e se prenda, cadeia, para o corrupto e para o corruptor", disse Lupi à TV Globo no início da tarde no aeroporto de Brasília ao chegar do Rio, onde passou o fim de semana.

Reportagem publicada neste fim de semana pela revista "Veja" aponta envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. O G1 não conseguiu contato com Anderson Santos.

Carlos Lupi afirmou que quer se reunir com a presidente Dilma para explicar a ela as denúncias envolvendo a pasta. No entanto, não há previsão de o ministro ser recebido por Dilma nesta segunda.

No fim de semana, Lupi afirmou, por meio de sua assessoria, que solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal seja "acionada imediatamente" para apurar as denúncias.

"Pedi ao Ministro da Justiça que, através da Policia Federal, leve as investigações até o fim, e aponte nomes, registros telefônicos e tudo mais que possa ser identificado como prova. (...) Se tem alguém usando a estrutura do ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente enquadrado e responda por isso", afirmou Lupi, em nota divulgada pela assessoria.

Representação

Mais cedo nesta segunda, parlamentares do PDT, partido do ministro, afirmaram que estudam uma representação na Procuradoria Geral da República contra Lupi.

A representação foi discutida nesta manhã pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF), além dos deputados federais Reguffe (PDT-DF) e Miro Teixeira (PDT-RJ). A assessoria do Ministério do Trabalho afirmou que Lupi não vai se manifestar "por enquanto" sobre o assunto.

"Não podemos cair na opção de não analisar. Então, estamos estudando entrar com uma representação na PGR. Eu entendo que a representação tem de ser feita pelo próprio PDT na PGR. Não podemos pré-julgar, mas sabemos que a posição é grave", disse Taques.

O senador disse que conversou com o ministro Carlos Lupi por telefone ainda no final de semana. Segundo ele, Lupi pretende chamar uma reunião com os parlamentares nesta terça para explicar as denúncias de irregularidades envolvendo sua pasta.

Centrais sindicais

Nesta segunda pela manhã, a Força Sindical, presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, e mais quatro centrais sindicais divulgaram nota de apoio a Lupi.

"As centrais sindicais signatárias deste documento manifestam solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que está sendo vítima, assim como o movimento sindical, de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta."

Nenhum comentário:

Postar um comentário