“Ou o governo adota medidas urgentes para melhorar a qualidade do ensino nas escolas da rede estadual ou será cada vez mais difícil cumprir a lei do piso”. Quem alerta é o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Firmino Filho.
Ele disse que uma das razões para a dificuldade de pagamento do piso nacional, no valor de R$ 1.451,00 aos professores piauienses pelo governo Wilson Martins é a perda de alunos para as escolas municipais e particulares e até para as drogas.
As estatísticas oficiais mostram que de 2008 para cá, incluindo os dois anos finais do governo do hoje senador Wellington Dias, a rede estadual piauiense perdeu mais de cinqüenta mil alunos que optaram por estudar nas escolas dos diversos municípios ou em escolas filantrópicas e particulares. Com a queda no número de alunos há uma correspondente redução do valor repassado pelo Governo Federal para o Estado através do Fundeb, já que o repasse é feito por aluno. Só este ano, em relação a 2011 a perda é da ordem de R$ 100 milhões.
“Por isso é que, agora, o governo se ressente da necessidade de mais dinheiro para fazer frente ao pagamento do piso nacional para a categoria dos professores. E se nada for feito, se a rede estadual continuar perdendo alunos, a tendência é termos, a cada ano, um repasse menor por parte do Governo Federal e, consequentemente, uma dificuldade maior do governo estadual para pagar o piso”, alertou Firmino Filho.
O tucano explicou que entre os motivos que levam os alunos a trocarem as escolas do Estado por outras estão as constantes greves, a falta de atrativos e, sobretudo, a queda na qualidade do ensino. “Basta lembrar que o Piauí ocupa o último lugar na classificação MEC através do ENEM”, lembra o parlamentar.
Firmino Filho acredita que o Governo do Estado vai ter que trabalhar duro para reverter esse quadro e que, para início de conversa, precisa encontrar alternativas para pôr fim à greve dos professores e iniciar as aulas deste ano. Depois, aos poucos e com a adoção de medidas inovadoras, recuperar qualidade do ensino e atrair novos alunos para os seus quadros.
“Ou fazemos isso agora, já, ou estaremos, de forma definitiva, comprometendo não apenas o aprendizado destes alunos que já estão aí como a imagem da escola pública em nosso Estado”, conclui Firmino Filho, que integra a comissão de deputados designada pela Assembleia Legislativa para acompanhar as negociações entre o Governo e os professores com vistas ao fim da greve da categoria.
Fonte: http://180graus.com
COMENTÁRIO (JANETE FREITAS):
É impressionante, como esses políticos quando assumem a função de gestor público ficam "burros", insensíveis e arrogantes. É o caso do ex-prefeito de Teresina Firmino Filho, um dos campeões em pedir ilegalidade de greves e de perseguir servidores(as) sindicalizados(as) e sindicalistas.
Atualmente, ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa do Piauí, como deputado estadual, Firmino Filho é o candidato do PSDB a prefeito de Teresina, talvez seja por esse motivo que esteja falando como se fosse um grande exemplo a ser seguido.
A foto nos lembra uma das maiores tragédias humanas vividas por centenas de servidores(as) municipais em Campanha Salarial, no dia 11 de abril/2002, numa manifestação na frente do antigo prédio da Câmara Municipal, quando do primeiro mandato de Firmino Filho como prefeito dessa cidade. A partir de então, essa data passou a ser lembrada como o "DIA DA INFÂMIA MUNICIPAL".
Profª Janete Freitas caída ao chão, após pisoteamento policial |
Como naquela ocasião, não havia a atual Lei de greve, bastava a categoria deflagrá-la, para o então prefeito pedir, a justiça decretar a ilegalidade e seus assessores acionarem a polícia para reprimir violentamente os movimentos e seus participantes.
Mas ele não parou por aí! Além de pedir a ilegalidade das greves e de mandar reprimir violentamente servidores(as), Firmino Filho atentou diretamente contra a organização sindical, mandando suspender da folha de pagamento o desconto da contribuição associativa e o pagamento dos 07 diretores que se encontravam de licença classista, deixando o SINDSERM sem receita e seus diretores sem salários,
Como diz o cartaz: "Quem bate esquece, mas os servidores têm boa memória."
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