Centenas de professores que atuam da rede pública Municipal e Estadual de ensino estiverem reunidos em assembleia no Teatro de Arena, Centro de Teresina, durante a manhã de ontem. O ano letivo nas escolas estaduais e municipais ainda não começou plenamente por conta de protestos e da greve dos docentes, que reivindicam o cumprimento do piso nacional, que prevê reajuste de 22% e eleva o salário dos professores para R$ 1.450.
Na rede estadual, onde a greve entra no quinto dia, uma reunião aconteceu ontem para tentar pôr fim à paralisação dos professores. Participaram do encontro os secretários estaduais de Fazenda, Administração, Educação e Planejamento. Porém, os professores não acataram a proposta oferecida e a greve continua. "Va-mos continuar parados porque apenas uma minoria seria contemplada com o que foi ofer-tado e queremos que o piso seja para toda a categoria", informou Odeni Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).
A proposta do governo era que o piso salarial de R$ 1.450 valesse apenas para os professores das classes 'A' e 'B'. Uma nova reunião entre o Governo do Estado e os grevistas ficou marcada para a próxima terça-feira (6). Na segunda-feira, os professores vão realizar uma nova assembleia unificada no Teatro de Arena e prometem novos protestos.
Segundo estimativas do Sinte, 23 mil professores atuam na rede estadual e a adesão à greve se aproxima dos 90%. O reajuste de 22% sobre o piso salarial da categoria é a principal reivindicação dos professores, que atualmente recebem o equivalente a R$ 1.187.
MUNICÍPIO - Na Rede Municipal de Ensino, o impasse continua. Professores e o secretário municipal de Educação, Paulo Machado, trocam acusações e ainda não há data marcada para uma nova reunião de negociação acontecer. A greve já dura 25 dias e uma decisão judicial decretou esta semana, a proibição de atos e manifestações nas escolas e nos prédios onde funcionam a Semec.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais - Sindserm, Sinésio Soares, um ofício solicitando uma reunião entre o prefeito Elmano Férrer e os grevistas foi protocolado ontem, no Palácio da Cidade. "O secretário (Paulo Machado) se recusa a nos receber e esquece que apenas reagimos às agressões da polícia", destaca Sinésio, referindo-se à última terça-feira (28), quando um protesto dos grevistas em frente à sede da Semec interditou ruas e terminou em pancadaria com policiais. De acordo com os grevistas, a paralisação atinge a maior parte das escolas do município. Na manhã de ontem, após a assembleia unificada com os grevistas da rede estadual, os professores do município protestaram, em frente à Prefeitura de Teresina. Após isso, eles seguiram em passeata até a praça da Liberdade, chegando a interromper o tráfego de veículos durante alguns momentos em ruas importantes do Centro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário