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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Desorganização, picuinhas e queimações marcam a primeira Assembleia Geral/ 2012 do SINDSERM


Servidores(as) municipais deflagram greve nas escolas da PMT
Foto: Blog  SINDSERM - THE

Ao contrário do ano passado, a diretoria do SINDSERM iniciou o mês de fevereiro convocando servidores(as) municipais para uma Assembleia Geral, a fim de discutir e referendar a deflagração da greve na educação municipal, aprovada em 18 de novembro.
Em 2011, a primeira assembléia aconteceu somente no dia 28 de fevereiro. O mês de março passou em branco. E a segunda assembleia ocorreu em 11 de abril, sendo que a deflagração da greve se deu apenas em 28/04.
Aparentemente, houve uma mudança considerável na condução da luta. Mas, na essência, nada mudou: a inércia, a inoperância, a incompetência, a falta de humildade e o personalismo da atual diretoria continuam travando encaminhamentos necessários às demandas da base. 
Quem esteve presente na assembleia da segunda-feira (06.02), teve a oportunidade de registrar a desorganização, a falta de objetividade, as picuinhas e a desunião das facções partidárias que dirigem o Sindicato. E, como sempre, especulações e publicidade em cima de denúncias vazias.
De concreto mesmo, só a deflagração de uma greve a ser construída “nas coxas”; a escolha de uma "comissão" de negociação e muitas queixas de servidores(as) acerca da falta de divulgação. Depoimentos dão conta de que em muitos locais de trabalho, não chegou qualquer material do Sindicato, convocando-os para a assembléia.
É lastimável o despreparo dos nossos representantes tanto para organizar e conduzir a luta como para lidar com as diferenças, principalmente, no campo das ideias. O autoritarismo e a arrogância tem gerado um clima desagradável e desrespeitoso para com quem lá comparece.
Solidarizo-me particularmente com o Professor Pachêco, que tem sido alvo de ataques e queimações gratuitas por parte de alguns diretores despreparados do SINDSERM que se sentem ameaçados com sua presença e o tratam como inimigo. Ele tem pago um preço muito alto por ter sido competente, dedicado, democrático e coerente durante os seis anos que presidiu nosso Sindicato.
Na assembléia da segunda feira foi destratado e acusado de inimigo da categoria, pelo simples fato de ter apresentado uma proposta diferente, mas não contrária à da diretoria. Vejam:
PROPOSTA Nº 01 (apresentada pelo Professor Pachêco): GREVE DO MAGISTÉRIO - envolvendo apenas professores(as) e pedagogos(as)
Os seguintes pontos de pauta seriam o eixo das reivindicações:
1.    Reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional, aplicando 22,23% de reajuste para todas as classes e níveis e retroativo ao mês de janeiro;
2.    Cumprimento do horário pedagógico estabelecido na lei federal 11.738, que estabelece que apenas 2/3 da carga horária devem ser cumpridos em sala de aula;
3.    Realização das eleições para a direção de todas as escolas e CMEIS.
PROPOSTA Nº 02 (apresentada pela direção do sindicato): GREVE DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL - envolvendo todo o pessoal que lotado na SEMEC (sede e escolas). Dentre os pontos de pauta de reivindicações destacam-se:
"1. Realização eleições para a direção de todas as escolas e CMEIS, uma vez que o prefeito pretende colocar seus cabos eleitorais para dirigir os estabelecimentos de ensino , acabando com eleições que existem desde 1986;
2. Cumprimento da Lei federal 11.738, pagando o Piso Salarial Profissional Nacional, aplicando 22% de reajuste para todas as classes e níveis, além do cumprimento do horário pedagógico estabelecido nesta mesma lei, segundo a qual apenas 2/3 da carga horária deve ser cumprido em sala de aula;
3. Pagamento de todas as horas- aula excedentes trabalhadas em sala de aula, quando deveriam estar sendo ocupadas com horário pedagógico (extra-classe);
4. Implantação do auxílio-transporte em pecúnia (dinheiro) em substituição ao cartão de crédito credishop. imposto arbitrariamente aos servidores municipais;
5. Fim das remoções ilegais e do assédio moral;
6. Reformulação do PCCS do magistério, contemplando a legislação federal e  as modificações que garantam a redução de carga horária, vinculação da GID a 100%, escalonamento percentual entre classes e níveis, afastamento integral remunerado para cursar pós-graduação, titulação a 15%, 30% e 50% para especialização, mestrado e doutorado, respectivamente, dentre várias outras reivindicações." (transcrito do blog Sindserm - THE)
A proposta apresentada pelo colega Pachêco - GREVE DO MAGISTÉRIO MUNICIPAL - sem dúvida, a mais viável para a categoria e para uma diretoria responsável e preocupada em alcançar êxito na luta, infelizmente, foi descartada.
A segunda proposta GREVE DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL foi aprovada, porém, trata-se de uma incoerência muito grande, uma vez que hoje, na PMT a quantidade de servidores(as) terceirizados(as) é enorme, em todos os setores. Nas escolas, por exemplo, com exceção do pessoal do magistério, quase todo o pessoal é terceirizado: do Agente de Portaria ao Auxiliar de Secretaria. Dentre os poucos efetivos ainda existentes, grande parte é vigia - que não pode "grevar", pois trabalha em regime de plantão. É oportuno destacar que desde 1991, não foi mais admitido servidor administrativo para o quadro efetivo.
Todos à ASSEMBLEIA ESPECÍFICA DA EDUCAÇÃO, 
nesta quinta-feira (09/02), às 8 horas da manhã, na frente da SEMEC.

Janete Freitas - professora e ex-diretora do SINDSERM

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