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quarta-feira, 11 de março de 2009

ISSO É PIAUÍ!

Existem mais de 70 mil processos em andamento nos dez juizados especiais e anexos de Teresina. A informação é do supervisor geral dos Juizados Especiais, desembargador Valério Chaves. Cada juizado tem dois anexos e em cada juizado tramita aproximadamente 18 mil ações, segundo a juíza do Juizado Especial Desembargador Nildomar Silveira, que funciona na Vila da Paz, Liana Carvalho. Todos os juízes e servidores dos juizados especiais se reunirão para analisar o funcionamento e definir jurisdição de competência para cada um.
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Nonato da Costa Alencar, disse que os juizados são formas mais rápidas de resolver conflitos e dar mais celeridade das lides judiciais, além da proliferação dos juizados leva a Justiça onde está a população. "Isso evita ainda o deslocamento das pessoas para ter acesso à Justiça. Com os juizados temos a certeza da Justiça, antes do conflito buscamos a conciliação", adiantou.
O presidente ainda frisou que na reunião com os magistrados e serventuários ficará definida a competência de atuação de cada um dos dez juizados da capital.
O desembargador Valério Chaves informou que os juizados especiais têm julgado causas até quarenta salários mínimos e os anexos dos juizados julgam causas até vinte salários mínimos. Segundo o magistrado, houve um aumento significativo da demanda e isso tem sobrecarregado os juizados.
"Os juizados estão virtualizados para dar mais celeridade. Os advogados, quando precisarem atuar, estarão cadastrados, pois no juizado especial não precisa de advogado, a não ser quando vai recorrer", comentou o desembargador.
Escola integral abre na base do faz de conta

Jornada de trabalho em escola é de dez horas diárias

Os professores da Unidade Escolar Darci Araújo, na zona Leste de Teresina, se dizem enganados e decepcionados com a implantação do período integral na rede estadual de ensino. Alguns deles já desistiram de dar aulas nos dois turnos e procuram lotação em outras escolas. A situação na unidade não é diferente das demais escolas, onde o período integral foi implantado.

"Estamos trabalhando de forma precária. A reforma só foi feita na fachada. Estamos sem vestuário, sem refeitório, sem cozinha e banheiros adequados. Estamos fazendo nossa parte, mas corremos o risco de perder nossos alunos", afirmou a vice-diretora Gardênia Nogueira.

Segundo ela, os pais ameaçam tirar os filhos da escola, ao constatarem que as condições oferecidas não são aquelas que foram prometidas antes da implantação do projeto. Na escola, há somente dois banheiros - um masculino e outro feminino - para atender 400 alunos que permanecem no local das 7h20 às 17 horas. Ontem, a reportagem acompanhou a rotina dos alunos na hora do almoço. A partir das 11 horas se forma uma fila em frente à cantina, onde a cozinha foi improvisada.

Lá também não há refeitório e os alunos comem nas salas de aula ou sentados no chão do pátio. Uma professora, que não quis seu nome divulgado, afirmou que a comida servida na última segunda-feira, não foi suficiente e a solução encontrada foi improvisar uma farofa de ovo, que foi servida a alguns estudantes e aos professores. "Os professores também ficam o dia todo na escola, mas nestas condições não dá", disse. Além disto, a professora diz que a refeição diária não oferece nutrientes suficientes aos alunos. "Não tem uma salada na comida. Todo dia é só arroz, feijão e um pedaço de carne", diz.

Ainda de acordo com a professora, a jornada de trabalho é de 10 horas, quando o edital determinava 9 horas diárias, incluindo uma hora para almoço. "Já soube de duas colegas que deixaram a escola Pequena Rubim porque se decepcionaram", completou a professora. Outra professora, que também não quis se identificar, disse que as condições físicas da escola não condizem nem com a educação regular, quanto mais com o período integral. "Imaginamos que seria uma outra realidade e hoje estamos nestas condições", diz.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí - Sinte-PI, Odeni da Silva, esteve na U.E Darci Araújo na manhã de ontem. Ela foi chamada pelos professores da escola e lá também pôde constatar as condições físicas do colégio. "Há uma merendeira e duas zeladoras para atender uma escola com 400 alunos. O banheiro só tem um chuveiro e na cozinha não há nem talheres suficientes. Vamos tentar trazer o secretário à escola para ele ver de perto a realidade", disse Odeni Silva.

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