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sábado, 3 de janeiro de 2009

Contra crise, Obama quer criar 3 milhões de empregos

Presidente eleito dos EUA falou sobre plano
de estímulo econômico.Custo do pacote é estimado
entre US$ 675 bilhões e US$ 775 bilhões.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou neste sábado (3) em um programa de rádio um plano para incentivar a criação de empregos e impulsionar a estagnada economia americana, prioridade máxima para o próximo governo, que assume no dia 20 de janeiro.
Para dar novo fôlego à maior economia do mundo, que tenta se manter de pé em meio ao caos financeiro internacional - provocado, em boa medida, por ela mesma -, Obama disse que "o objetivo número um" de seu plano é a criação de três milhões de empregos, 80% deles no setor privado.
Obama deu poucos detalhes sobre o novo plano, que ainda será divulgado por sua equipe de transição, mas tem custo estimado entre US$ 675 bilhões e US$ 775 bilhões.
"Economistas de todas as convicções políticas concordam que, se não agirmos de maneira rápida e eficaz, assistiremos a uma queda econômica muito mais profunda, que pode levar a uma taxa de desemprego de dois dígitos e afastar cada vez mais o sonho americano", declarou Obama.
"Por isso, precisamos de um plano de recuperação e investimento nos Estados Unidos, que não apenas crie empregos a curto prazo mas também estimule o crescimento e a competitividade a longo prazo", afirmou.
A equipe econômica de Obama vinha discutindo o plano de recuperação da economia há várias semanas. E, segundo o vice-presidente eleito Joe Biden, as negociações já estavam quase concluídas antes do Natal.
Investimentos
"Para que as pessoas voltem a trabalhar hoje e nossa dependência do petróleo estrangeiro seja reduzida amanhã, duplicaremos a produção de energias renováveis e reformaremos edifícios públicos para torná-los energeticamente mais eficientes", indicou o presidente eleito.
Além disso, Obama defendeu "investimentos a longo prazo", como a realização de obras de infra-estrutura, a modernização do sistema de saúde e a construção de instituições de ensino "do século XXI", assim como "um desconto fiscal direto para 95% dos trabalhadores americanos".
"Este plano precisa ser traçado de uma nova maneira - não podemos simplesmente recair no velho hábito de Washington de jogar dinheiro no problema", disse, anunciando "investimentos estratégicos", "vigorosa supervisão e rígida contabilidade" e "responsabilidade fiscal" na aplicação de seu projeto.
Na segunda-feira, Obama se reunirá com líderes do Congresso para finalizar seu multibilionário plano de estímulo econômico, que os democratas esperam ser aprovado no parlamento americano pouco depois da posse do novo presidente.
Democratas e Republicanos
Os democratas, maioria no Congresso, querem que os estímulos à economia incluam redução de impostos para a classe média e gastos do governo em educação, estradas e outras obras de infra-estrutura. Os estados, que estão cada vez mais tendo dificuldades para pagar os custos do sistema de saúde para os pobres, também receberiam dinheiro da União.
Mas os representantes dos republicanos no Capitólio têm alertado que o pacote de recuperação econômica não deveria destinar tanto dinheiro para projetos financiados pelo governo e não deveria ser levado às pressas ao Congresso, sem uma avaliação adequada.
Os republicanos dizem que não vão dar sua chancela a um imenso plano dispendioso.
Com informações da France Presse e da Reuters

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