Depois de passar mais de um ano parada, a obra do Centro de Internação Provisória (Ceip) foi retomada e a previsão para a entrega é agosto deste ano. A obra, situada na avenida Joaquim Nelson, na zona Sudeste de Teresina, começou em 2007 e deveria ter sido concluída no ano seguinte. O centro vai abrigar até 60 jovens infratores que só permanecerão no local por no máximo 45 dias. Atualmente, o Ceip funciona de modo precário, ao lado do Centro Educacional Masculino (CEM), que também necessita de uma nova sede que atenda aos padrões impostos pelo Sistema Nacional de Atendimento Sócio-educativo - Sinase.
"Atualmente, o Ceip atende 22 adolescentes, mas a demanda é bem maior. O novo Ceip será o primeiro a atender às normas estabelecidas pelo Sinase. Pelo menos 80% da obra já foi concluída e o crono-grama está sendo cumprido", afirmou a diretora de Atendimento Sócio-educativo da Sasc (Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania), Cícera Andrade.
A obra foi retomada em fevereiro desse ano e até o momento há 62 operários trabalhando no local. Pelo menos três construtoras já passaram pela construção, sendo que a terceira é a responsável pela conclusão.
No espaço estão sendo construídas 16 residências para abrigar os adolescentes, além de quadra de esporte, sala de reunião pedagógica e centro acadêmico. Os recursos foram liberados através de uma parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos. "A princípio seria construído um centro menor, mas a medida que foram conseguidos mais recursos o projeto passou por algumas adequações", disse. A construção do Ceip está orçada em R$ 5 milhões. A Sasc renovou o contrato com a construtora até outubro, para evitar que haja mais uma paralisação na obra.
O espaço que sedia atualmente o Ceip, de acordo com Cícera Andrade, vai passar por algumas adaptações. A diretora afirmou ainda que, além da reforma que está acontecendo atualmente no CEM, está prevista também a construção de uma nova sede, que deve ser situada no quilômetro 26 da BR-316. O CEM funciona atualmente numa área residencial da zona Norte e várias tentativas de fugas já foram registradas no local. O novo centro deverá ter capacidade para atender até 80 adolescentes. No CEM, os jovens infratores podem permanecer até três anos. "A cada seis meses é enviado ao juiz um relatório sobre o comportamento do jovem interno", destaca.
O perfil desses jovens revela que a maioria é dependente químico, é de classe baixa, está fora da escola e geralmente vive com a mãe ou com a avó. Atualmente, só há 13 adolescentes no CEM, pois eles foram transferidos para outros locais por conta da reforma, prevista para ser concluída também em agosto.
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