Ele se reuniu com prefeitos de cidades atingidas
por chuvas no Piauí. O Presidente afirmou que prefeitos
devem apresentar projetos ao governo.
Em encontro com prefeitos de municípios atingidos pela chuva no Piauí e com o governador do estado, Wellington Dias (PT), nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que seja feito um levantamento preciso dos prejuízos causados pelas enchentes em todas as áreas, como educação, saúde, habitação e estradas. Ele garantiu que não faltarão cestas básicas e assistência na área de saúde.
“Posso dizer com a minha experiência de seis anos e pouco na Presidência: o que vai facilitar a liberação de recursos não é emergência, é o projeto. É o projeto que faz com que o dinheiro possa fluir com mais facilidade”, disse, reforçando o pedido por várias vezes durante o discurso.
Antes do encontro, o presidente visitou desabrigados no estado. Em seguida, ele iria para o Maranhão, onde deveria sobrevoar áreas atingidas pela chuva.
Lula fez o alerta de que é preciso que os prefeitos e governadores cumpram exigências para terem recursos liberados. “Vocês estão lembrados da última enchente que deu no São Francisco, já faz uns cinco anos. Até hoje, tem cidade que não conseguiu dinheiro porque na hora que o ministro libera uma parte do dinheiro, a segunda parte só pode ser liberada com a prestação de contas da primeira. Se não prestou contas, não tem como liberar”, disse.
Segundo ele, o governador do Piauí deverá se reunir com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, na próxima semana, em Brasília.
Mais casas
Lula disse que a prioridade nesse momento é retirar as pessoas de áreas de risco e cuidar da saúde e da alimentação da população atingida. Ele reconheceu, no entanto, que é muito difícil remover as pessoas das casas. Por isso, segundo o presidente, os governos devem aproveitar o momento para construir casas.
“Temos que aproveitar essa enchente, pegar o local onde a água subiu mais forte, onde as casas estão totalmente cobertas, temos que tirar aquelas casas de lá, temos que abandonar aquelas casas e fazer outras para as pessoas. Mas a gente não pode tirar [as pessoas das casas] sem apresentar as novas porque as pessoas ficam desconfiando. O que as pessoas pensam: ‘eu vou sair da minha casinha que enche de água e vou pra onde?’”, ponderou.
Segundo ele, mesmo com a queda na arrecadação, o governo federal não deixará de dar socorro aos estados e municípios. “Não é por causa de R$ 5 milhão, não é por causa de R$ 10 milhão, de R$ 20 milhão, que a gente não vai ajudar esse povo a melhorar o sofrimento deles. Nós somos pobres, mas nem tanto (sic)”, disse.
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