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quarta-feira, 27 de maio de 2009

'Elas cantam Roberto': 20 cantoras brasileiras interpretam canções em homenagem aos 50 anos de carreira do Rei.

O espetáculo foi gravado pela TV Globo
e será exibido pela emissora no próximo domingo (31).
Futuramente, o especial dará origem, ainda, a um CD e a um DVD.

O Teatro Municipal de São Paulo, com toda a sua imponência, tornou-se pequeno na noite de terça-feira (26), quando 20 das maiores cantoras brasileiras da atualidade se reuniram para o show “Elas cantam Roberto”, em homenagem aos 50 anos de carreira do Rei. Mirando suas câmeras e celulares em busca do melhor ângulo – mesmo que de alguns setores só fosse possível enxergar um terço do palco, ou até menos – cerca de 1.500 pessoas presenciaram artistas dos mais diferentes estilos, do axé ao rock, interpretarem as canções de Roberto Carlos.

O espetáculo foi gravado pela TV Globo e será exibido pela emissora no próximo domingo (31). Futuramente, o especial dará origem, ainda, a um CD e a um DVD. Talvez por conta disso a apresentação tenha ocorrido num clima um tanto frio, sem comunicação das “divas” com o público. Nem mesmo Hebe Camargo, que foi a primeira a subir ao palco, falou com a plateia. A artista, no entanto, fez os fãs voltarem à era do rádio com sua interpretação de “Você não sabe”, de Roberto e Erasmo Carlos.

Ivete Sangalo foi quem quebrou o protocolo e arrancou risadas durante sua participação no show. Depois de cantar a clássisca “Os seus botões”, a baiana aproveitou o intervalo antes da faixa “Olha” para entreter o público com piadas. “Era para eu ficar quieta, mas eu não consigo”, disparou, enquanto a equipe de produção fazia ajustes no palco. “Estou bonita? O que é que vocês acham?”, provocava, para deleite dos fãs. “Robertão é massa. Eu adoro!”

O tão esperado momento lindo aconteceu mesmo quando finalmente Roberto Carlos apareceu para os últimos números. Foi só cantar os primeiros versos de “Emoções” para que a plateia se desmanchasse em gritos de “você merece”. A apoteose se deu quando todas as cantoras retornaram para o ato final, entoando “Como é grande o meu amor por você”, uma de cada vez, ao pé do ouvido do Rei. Os pedidos de bis foram atendidos, e o grupo voltou ao palco para cantar “É preciso saber viver”.

Embora nenhuma das cantoras consiga substituir a presença do próprio Roberto Carlos, o espetáculo vale como mosaico de sua obra, tão eclética e universal que pode ser interpretada dos mais diferentes jeitos, e com os arranjos mais inusitados.

Se Fernanda Abreu mostrou uma versão suingada de “Todos estão surdos”, a atriz Marília Pêra fez uma interpretação dramática de “120, 130, 150 Km por hora”. Marina Lima tocou guitarra e transformou “Como dois e dois”, de Caetano Veloso, em um rock. Já Sandy soltou a voz adocicada em “As canções que você fez pra mim”. Mart’nália fez um samba em “Só você não sabe”; ao passo que Adriana Calcanhotto dispensou a orquestra para apresentar, sozinha ao violão, a faixa “Do fundo do meu coração”.

O espetáculo teve ainda Alcione (“Sua estupidez”), Fafá de Belém (“Desabafo”), Daniela Mercury (“Se você pensa”), Celine Imbert ("A distância"), Wanderléa (“Você vai ser o meu escândalo”), Rosemary (“Nossa canção”), Paula Toller (“As curvas da estrada de Santos”), Cláudia Leitte (“Falando sério”), Luiza e Zizi Possi (“Canzone per te” e “Proposta”), Nana Caymmi ("Não se esqueça de mim"), e Ana Carolina ("Força estranha").

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Relatório denuncia abuso sexual infantil na Irlanda

Da década de 30 até o fechamento das instituições,
mais de dois mil meninos e meninas foram violentados,
espancados e humilhados por padres e freiras que dirigiam
orfanatos, reformatórios e escolas.
Na Irlanda, uma comissão independente divulgou um relatório chocante. Durante 60 anos, milhares de crianças sofreram abusos em instituições religiosas do país.
Da década de 30 até o fechamento das instituições, nos anos 90, mais de dois mil meninos e meninas foram violentados, espancados e humilhados por padres e freiras que dirigiam orfanatos, reformatórios e escolas.
As crianças denunciaram os abusos para integrantes da Igreja e inspetores do governo, mas nada foi feito. Apesar disso, nenhum padre ou freira será incriminado porque a Justiça ordenou que nenhum nome real fosse incluído no relatório.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Farra das passagens

A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, declara que notícia distribuída pelo site “congresso em foco” a seu respeito, em “farra das passagens aéreas”, onde coloca todos na vala comum em desrespeito ao dinheiro público. No afã de obter sucesso, joga lama em todos. Para ser honesto e fazer o bom jornalismo, como quer se mostrar, o site deveria divulgar a sua fonte e para quem o serve, quando veicula este tipo de “fato” onde predomina o modismo, criar factóides para circular em desacreditados jornais de circulação nacional.

"Não faço parte de nenhum dos bandos políticos de Alagoas e Brasília que fazem orgias, políticas e sexuais, com dinheiro público roubado."
Declaração.

“Tenho a minha CONSCIÊNCIA ABSOLUTAMENTE TRANQUILA, pois TUDO que foi feito durante o meu HONRADO Mandato de Senadora está TOTALMENTE de acordo com a Legalidade Institucional vigente. NUNCA fiz nenhuma Ilegalidade ou Imoralidade na minha vida Pública ou Privada. Repito NUNCA! NÃO faço parte de nenhum dos Bandos Políticos de Alagoas e Brasília que fazem orgias, políticas e sexuais, com dinheiro público roubado. NUNCA patrocinei passagens aéreas para Marginais que viajam para articular o Propinódromo da Roubalheira do Eixo Alagoas/Brasília.

USEI as passagens TOTALMENTE de acordo com o que estabelecia a Legislação Vigente. Repito TOTALMENTE de acordo com a Legislação vigente! SE eu gostasse de safadeza política eu teria uma Aposentadoria Parlamentar de R$ 8 mil reais, e abri mão sem pestanejar por não reconhecer legalidade no fato. NUNCA usei o Plano de Saúde de Ex-Senadora como tenho direito exatamente por não reconhecer legalidade no fato. “E para encerrar, Desafio o Jornal que deu manchete com o meu nome a publicar como foram utilizadas TODAS as passagens de TODOS os Deputados Federais e SENADORES de Alagoas
.”
Heloísa Helena
Presidente Nacional do PSOL

sábado, 9 de maio de 2009

Segundo domingo de maio: "O Dia das Mães"

A origem desse dia
A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.

"Não criei o dia das mães para ter lucro"

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio.

Mães!

Mãe branca, mãe preta, mãe amarela

Mãe loura, morena ou ruiva Mãe caseira ou cigana itinerante Mãe de todas as raças, de todas as cores Mãe que mendiga, mãe que trabalha Mãe que freqüenta alta sociedade Mãe que é mãe a todo momentoSem importar condição social Mãe é só uma palavra que soa Como favos de mel dentro da boca. Mãe guerreira, mãe preciosaMãe zelosa, preocupada Mãe cozinheira, lavadeira, até lixeiraMãe empresária, industriaria, comerciaria Mãe dona de casa, madame ou empregada Mãe que luta com todas as garras Mãe que batalha por um bem-estar Por querer muito para o seu filho ou filha Que sempre tenha em seu mundoMomentos de muita paz e amor Com um crescimento interior Que o faça um alguém nesta vida. Mãe biológica, mãe adotiva Mãe que reza, que abençoa Mãe que perde noites de sono Mãe que ensina a ler e escrever Mãe que nos mostra o que é a vida E o caminho certo a percorrer Mãe que é Pai em sua ausência, Pai que é Mãe em tempo integral Como o substituto adequadoSem ter medo de ser piegas Mas por necessidade primordial De chegar enfim ao final da estrada, Ver seu rebento crescido, vitorioso Como um grande ser humano real. Mãe que sempre incentivaA lutar, vencer, crescer Como gente, ser humanoSem pisar no semelhante Procurar ser alguém importante Acreditar em Deus, ter fé Mãe que só pensa no que é melhor Mãe que acarinha, que acalanta Mãe que bronqueia na hora certa Mostrando um caminho para seguir Mãe que está sempre presente Em todas as horas Mesmo que a distância se faça sentir. Mãe é mãe não importa onde esteja Não importa o que sejaNada tira o seu valor. E por você mãe presente, onipotente Que se orgulha por ser mãe, Por correr atrás do tempo Tentando suavizar suas marcas Por você que é mãe ausente Mãe que existe só na lembrança Que partiu tão de repente Deixando no ar só a saudade Eu te faço esta homenagem. Mãe de todo dia, ano por anoMãe, Mamãe, Mãezinha Mammy do meu, do seu coração Este é o nome mais lindo Suave, sonoro, abençoado Por Maria, rainha de todas as Mães. Que Deus guarda com todo carinho Bem no meio da palma de sua mão.

Autor Desconhecido

"Enchentes serão cada vez maiores", diz especialista

O professor especialista em Recursos Hídricos da Universidade Federal do Piauí revela que não há como fazer um projeto que permita a solução definitiva para o problema das enchentes em Teresina. Segundo ele, além da capital ser vulnerável por estar entre dois rios, o Parnaíba e o Poti, "nenhum projeto pode prever os fenômenos da natureza que ocasionam as chuvas e as cheias nos rios", afirma o especialista. Entre as ações que podem ser tomadas para amenizar o problema, Manoel Coelho cita a criação de um centro de monitoramento que possa sistematizar todos os dados sobre as chuvas no Estado e a relação com o rio Poti, que segundo o professor é o que ocasiona maiores problemas ao Piauí. "O rio Parnaíba já possui um sistema de monitoramento mais eficiente que o Poti", afirma. Para amenizar e dar maior segurança a Teresina no caso das cheias do Poti o professor afirma que seria necessário se fazer o barramento do rio, que é a construção de barragens, pelo menos 4, segundo ele.

Diário do Povo - O que se pode fazer para solucionar o problema das enchentes em Teresina e no Piauí?

Manoel Coelho - Primeiro é preciso deixar esclarecido que não existe projeto de solução definitiva para este problema. Nós estamos falando de um fenômeno da natureza, não trabalhamos com dados definitivos sobre isso, pois mesmo com pesquisa e projetos não existe esta possibilidade. É errado afirmar que se fazem projetos definitivos para o problema das enchentes em Teresina. O rio Poti é imprevisível neste sentido. No caso do rio Parnaíba já se tem mais dados e informações sobre a sua situação, mas mesmo assim, como eu já disse a natureza é imprevisível. Pode chover muito no período que se esperar que chova e também pode não ocorrer.

DP - Que projetos poderiam solucionar ou amenizar o problema?
M.C - O mais eficaz deles seria o barramento do rio Poti, mas trata-se de um projeto grandioso. Um projeto que envolveria muitas outras áreas e tem um impacto sócio econômico muito grande, então não é o projeto mais viável. Envolve além do Poti todos os seus afluentes.

DP - Quantas barragens seriam necessárias para que as cidades do Piauí não sofram mais enchentes?
M.C - Pelo menos três a quatro barragens ao longo do rio. O impacto desta cons-trução seria, imenso. Um projeto dessa plenitude envolve desapropriação de populações ribeirinhas, alagamento de áreas habitadas, tem um impacto ambiental muito grande demanda grande volume de recursos.
D.P - Seria um projeto comparável a transposição do rio São Francisco?
M.C - Em tamanho e recursos não, mas nas complicações sociais e nas polêmicas que seriam gerada sim, podemos comparar a transposição do São Francisco. Pa-ra se ter uma idéia teria que ser realizada audiência pública em todas as cidades envolvidas, todas as cidades por onde o rio Poti passa, no Piauí e no Ceará. A questão da preservação ambiental de patrimônios, sítios históricos existentes ao logo no trajeto do rio. Uma pesquisa muito grande, envolvendo técnicos de diversas áreas. Por isso podemos comparar o projeto de barra-mento do Poti com o da transposição do São Francisco.

DP- Quais os principais erros no que diz respeito à ocupação das áreas ribeirinhas em Teresina?
M.C - O mais grave de todos e mais recente são as construções nas áreas dos shoppings. Aquilo jamais deveria ter sido feito. É uma área totalmente vulnerável porque a tendência do rio é voltar ao seu leito natural é voltar e ocupar o lugar que foi seu. Ali não deveriam existir prédios nem residências. Esse é um erro cometido pelas falta de um plano diretor de ocupação do solo, e a sua obediência. Vemos que até mesmo órgãos como a Caixa Econômica e Cohab construíram imóveis em áreas de risco. Este é um dos erros mais graves que podemos citar em Teresina. Tem-se que respeitar a situação das bacias e das microbacias hidrográficas em Teresina e não construir residências nestas áreas. Ali na área do shopping deveria ter sido construído campos de futebol por exemplo, jamais residências ou prédios comerciais. A região da avenida Raul Lopez é totalmente vulnerável e as perspectivas para daqui há 15 ou 20 anos não são boas neste sentido.

DP - Existem no Piauí técnicos capacitados para fazer este gerenciamento? Os gestores públicos já procuraram ajuda de pesquisadores aqui na Universidade para elaborar projetos neste sentido?
M.C - O Piauí tem sim uma massa critica muito boa. Na Secretaria de Meio Ambiente do Estado temos ótimos técnicos, na Codevasf. O que nos falta é um órgãos que possa centralizar e gerenciar todos os dados, todas as pesquisas que temos em torno do tema. Seria necessários a criação de uma unidade gestores que pudesse avaliar a validade técnica dos dados sobre as cheias, as chuvas, a ocupação das margem, enfim tudo que diz respeito ao Poti. Para se elaborar projetos con fiáveis é necessário um período mínimo de 30 anos de coleta e avaliação deste tipo de dados. Infelizmente nos não temos um órgão como este. Temos os pesquisadores os técnicos capacidades mas falta gestão dos dados. Este órgão ficaria responsável pelo intercambio entre os profissionais responsáveis pelas pesquisas. A falta de gestão e sistematização destes dados dificulta muito mais o trabalho da Defesa Civil do Estado que não pode trabalhar com mais segurança na previsão dos problemas. Teríamos que ter um sistema de telemetria ao longo do rio, para monitorar e gerir os dados. Com um sistema como este por exemplo em Prata do Piauí, poderíamos prever a inundação e os locais atingidos com uma antecedência de cinco horas.
DP - Com relação à capital que medidas imediatas devem ser tomadas?
M.C - Para o problema da falta de escoamento da água das chuvas eu diria que de imediato deve-se fazer as obras de galerias nas avenidas Homero Castelo Branco e na avenida Kennedy. São pontos críticos que só serão resolvidos com a construção de galerias para o escoamento da água que acumula da chuva. Aqui em Teresina o sistema de galerias é totalmente falho. Só existem galerias aqui naquela região do HGV. A construção destas galerias é obra de um custo elevado, mas é uma obra rápida e que tem um beneficio que compensa o investimento. E são obras que não precisam de desapropriação como é o caso das barragens. Além das galerias diminuir drasticamente a ocupação de lotes. Com o grande número de construção por lote o solo fica sem capacidade de absorção e acumula a água. O crescimento desorganizado da cidade também é um fator determinante. E as cidades de todo o Piauí caminham para o mesmo problema porque não se faz e não se o plano de ocupação do solo a tendência é que as enchentes sejam cada ves maiores com consequências mais graves.

DP - A falta de preservação ambiental também tem impacto nas enchentes?
M.C - Totalmente e grandes impactos. A ocupação da calha do rio, o desmatamento das suas margens tudo isso ajuda a aumentar o perigo da enchente. O histórico do rio Poti mostra que em intervalos de 10 anos temos enchentes. Com a falta de preservação ambiental a tendência é de que as tragédias sejam ma-iores. No Estado de Santa Catarina a última enchente poderia ter sido pior. Acontece que lá eles já tomaram medidas preventivas como esta que citei. Eles tem uma política de gestão dos recursos hídricos mais antiga, tem um sistema de telemetria mais eficiente. E lá também a ocupação do solo teve que ser controlada.

Chuvas já causaram 44 mortes em oito estados

Número de desabrigados em 11 estados chega a 126 mil.
Ceará registra o maior número de municípios atingidos, 72 ao todo.
Os desastres provocados por fortes chuvas e enchentes que atingem o país já deixaram 126.376 pessoas desabrigadas, aquelas que tiveram de deixar suas casas e dependem de abrigos públicos, e 57.249 desalojadas, ou seja, estão hospedadas com amigos ou familiares. Os números foram divulgados, nesta sexta-feira (8), pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec).

Segundo a Sedec, 44 pessoas morreram por causa dos desastres em oito estados: Ceará (12), Maranhão (9), Paraíba (2), Pernambuco (1), Bahia (7), Alagoas (4), Amazonas (8) e Santa Catarina (1). As informações foram enviadas à Sedec pelas defesas civis estaduais.

Os danos causados pelo excesso de chuva atingiram 320 municípios em 11 estados: Ceará, Maranhão, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Alagoas, Amazonas, Pará, Pernambuco e Santa Catarina. Nesses estados, 911.469 pessoas foram afetadas.

No Nordeste, o Ceará, atualmente, é o estado que tem o maior número de municípios atingidos (72), seguidos pelo Maranhão (68), Piauí (37), Paraíba (22), Rio Grande do Norte (15), Bahia (11), Pernambuco (7) e Alagoas (3). São 235.874 cearenses vitimados de alguma forma pelas enchentes, enxurradas e desabamentos, destes, 43.832 estão desabrigados ou desalojados. No Maranhão, a população afetada chega a 181.590 pessoas, com 34.597 desalojados e 24.246 desabrigados. Na Bahia, são 4.972 desalojados e 1.732 desabrigados. No Piauí e no Rio Grande do Norte, a chuva afetou a vida de 65.695 e 44.808 pessoas, respectivamente.

Na Região Norte, o Amazonas é o estado com o maior número de municípios atingidos, 47, com 46.242 pessoas desalojadas e 10.196 desabrigadas. No Pará são 28 municípios atingidos e 25.985 pessoas afetadas direta ou indiretamente pela chuva.

Em Santa Catarina, os danos causados pela chuva atingiram 10 municípios e uma população de 3.550 pessoas.

A Sedec informou que foram enviados para as vítimas das chuvas cestas de alimentos, material de limpeza e kits de abrigamento. Foram disponibilizadas 129.150 cestas de alimentos, de 23 quilos cada, compostas por arroz, feijão, açúcar, óleo, leite em pó, farinha de mandioca e macarrão. Um total de 1,4 milhão de itens como colchões, cobertores, travesseiros, fronhas, lençóis, filtros, lonas e mosquiteiros foram enviados às regiões onde a chuva fez estragos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Enchentes: o retrato do descaso político

Teresina em estado de calamidade pública
Shopping Riverside completamente alagado
Para quem está acostumado a apreciar a imponência e o glamour dos shoppings de Teresina, passar por aquela região agora é ter a sensação de que nada somos.
As imagens acima revelam a situação calamitosa na qual se encontra o shopping Riverside. Localizado em área nobre, sua arquitetura arrojada ofusca-se em meio à lama e ao lixo oriundos da enchente do rio Poty.
Por essas imagens, podemos avaliar como se encontra a periferia de Teresina. Que Deus tenha piedade de nós!

Lula quer levantamento de prejuízos causados por enchentes

Ele se reuniu com prefeitos de cidades atingidas
por chuvas no Piauí. O Presidente afirmou que prefeitos
devem apresentar projetos ao governo.
Em encontro com prefeitos de municípios atingidos pela chuva no Piauí e com o governador do estado, Wellington Dias (PT), nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que seja feito um levantamento preciso dos prejuízos causados pelas enchentes em todas as áreas, como educação, saúde, habitação e estradas. Ele garantiu que não faltarão cestas básicas e assistência na área de saúde.
“Posso dizer com a minha experiência de seis anos e pouco na Presidência: o que vai facilitar a liberação de recursos não é emergência, é o projeto. É o projeto que faz com que o dinheiro possa fluir com mais facilidade”, disse, reforçando o pedido por várias vezes durante o discurso.

Antes do encontro, o presidente visitou desabrigados no estado. Em seguida, ele iria para o Maranhão, onde deveria sobrevoar áreas atingidas pela chuva.

Lula fez o alerta de que é preciso que os prefeitos e governadores cumpram exigências para terem recursos liberados. “Vocês estão lembrados da última enchente que deu no São Francisco, já faz uns cinco anos. Até hoje, tem cidade que não conseguiu dinheiro porque na hora que o ministro libera uma parte do dinheiro, a segunda parte só pode ser liberada com a prestação de contas da primeira. Se não prestou contas, não tem como liberar”, disse.
Segundo ele, o governador do Piauí deverá se reunir com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, na próxima semana, em Brasília.
Mais casas
Lula disse que a prioridade nesse momento é retirar as pessoas de áreas de risco e cuidar da saúde e da alimentação da população atingida. Ele reconheceu, no entanto, que é muito difícil remover as pessoas das casas. Por isso, segundo o presidente, os governos devem aproveitar o momento para construir casas.
“Temos que aproveitar essa enchente, pegar o local onde a água subiu mais forte, onde as casas estão totalmente cobertas, temos que tirar aquelas casas de lá, temos que abandonar aquelas casas e fazer outras para as pessoas. Mas a gente não pode tirar [as pessoas das casas] sem apresentar as novas porque as pessoas ficam desconfiando. O que as pessoas pensam: ‘eu vou sair da minha casinha que enche de água e vou pra onde?’”, ponderou.
Segundo ele, mesmo com a queda na arrecadação, o governo federal não deixará de dar socorro aos estados e municípios. “Não é por causa de R$ 5 milhão, não é por causa de R$ 10 milhão, de R$ 20 milhão, que a gente não vai ajudar esse povo a melhorar o sofrimento deles. Nós somos pobres, mas nem tanto (sic)”, disse.

UFPI e UESPI suspendem aulas por 72 horas em Teresina e no Interior

Uespi só funciona a parte administrativa.
Cefet, Ceut também decretaram suspensão das aulas.
As universidades Estadual e Federal do Piauí suspenderam as aulas dos campi por 72 horas a partir desta terça-feira(05), devido aos transtornos causados pelas chuvas.

A Universidade Federal do Piauí (Ufpi) suspendeu as aulas no campus Petrônio Portela, no bairro Ininga.
Já a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) vai funcionar o serviço administrativo, mas não haverá aulas nos campi de Teresina, União, Piracuruca, Barras, Luzilândia e Esperantina, que estão alagadas.
Também não haverá aulas nas escolas estaduais de Ensino Médio nos 19 municípios que decretaram situação de emergência.
A Faculdade Ceut e Instituto Federal (Cefet) também suspenderam as aulas por 48 horas.
Órgãos públicos
No Tribunal de Justiça está havendo expediente normal até às 13h30, mas o ponto de entrada foi liberado. Na Defensoria Pública, onde a água estava na porta ontem, não está funcionando.

Calamidade Pública em Teresina: Prefeito decreta ponto facultativo nas repartições municipais

Sílvio Mendes pede que os servidores municipais
ajudem as famílias alagadas através das SDUs.
O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, decretou ponto facultativo nas repartições públicas municipais. Ele pede para os funcionários que puderem ajudar se dirijam para as Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs). “Gostaríamos de pedir para os servidores que puderem reforçar as assistências nas SDU's aos alagados que se dirijam para a superintendência mais próxima de sua casa”.

A situação da cidade ficou caótica depois que o rio Poti transbordou e atingiu as avenidas Raul Lopes e a avenida Marechal Castelo Branco. Muito congestionamento nas pontes da Primavera, da Frei Serafim e do Tancredo Neves.
Na zona rural de Teresina existe algumas famílias ilhadas, que estão sendo cadastradas para que se for preciso, o transporte será feito de helicóptero, segundo o prefeito Sílvio Mendes.